Confira algumas dicas para empresas que querem investir no voluntariado corporativo
O Dia Internacional do Voluntário, em 05 de dezembro, é uma data já bastante comemorada no terceiro setor, mas que ainda passa despercebida em muitas empresas. Para o consultor e produtor cultural Antoine Kolokathis, fundador da Direção Cultura, porém, esse quadro precisa ser invertido. “O voluntariado corporativo tem feito a diferença dentro e fora das empresas, com benefícios para todos os envolvidos e para a sociedade em geral, por isso a data merece um espaço cada vez maior também dentro das corporações”, defende ele, especialista em leis de incentivo, consultoria e no desenvolvimento de projetos culturais, sociais e esportivos em parceria com empresas, artistas, ONGs e órgãos públicos.
Segundo Antoine, que atua na área há 19 anos, adotar práticas de responsabilidade social é cada vez mais simples. “Apesar do tema ainda gerar muitas dúvidas, as leis de incentivo já estão consolidadas no país há muitos anos, e a implantação de projetos culturais, esportivos e de responsabilidade social também pode ser executada sem o uso dos incentivos fiscais. O mercado conta hoje com muitos profissionais e consultores experientes e confiáveis com os quais se pode obter orientação e acompanhamento”, explica ele.
A melhora do clima organizacional é um dos primeiros reflexos nas empresas que aderem a programas de voluntariado corporativo. “A implantação de programas estruturados para apoiar e incentivar a prática do trabalho voluntário entre os colaboradores, além do benefício imediato da ação executada, é um caminho que naturalmente ajuda o funcionário a vestir a camisa da empresa”, comenta Antoine.
Outro reflexo positivo é na retenção de talentos. “Bons profissionais, especialmente da nova geração, são engajados e buscam empresas com as quais se identifiquem. Querem trabalhar em organizações pelas quais sintam orgulho e admiração. Empresas que têm cultura de ações de responsabilidade, que mostram preocupação com o meio ambiente e práticas inclusivas estão entre as preferidas. Assim como a empresa que não tem um propósito está com os dias contados, aquelas que não incorporarem as práticas da responsabilidade social terão grandes dificuldades em atrair e reter talentos, especialmente os da geração millenials”, esclarece.
Antoine Kolokathis dá cinco dicas para empresas que querem iniciar ou aprimorar ações de apoio ao voluntariado dentro das empresas:
- Seja verdadeiro. “Implantar um programa de voluntariado corporativo deve ser uma ação sincera na busca pela transformação social, do contrário, ela será somente um discurso e dificilmente esta causa será abraçada pela equipe”, comenta Antoine Kolokathis.
- Busque apoio em projetos já reconhecidos e com experiência. Em Campinas, por exemplo, projetos culturais como a Associação Griots – Os Contadores de Histórias capacitam voluntários para contar histórias a crianças hospitalizadas e idosos em abrigos. “Buscar este tipo de parceria pode ser uma opção interessante para os primeiros passos”.
- Pense no longo prazo. Ações de responsabilidade social que são contínuas e duradouras cativam melhor os funcionários, têm resultados mais concretos e, por isso, conferem mais credibilidade à imagem da empresa também.
- Olhe para a comunidade do entorno. É importante dialogar positivamente com os moradores da região onde a empresa está situada. Se ela não é bem vista nem mesmo no seu bairro ou na sua comunidade, como querer ser admirada pelos clientes? Com o uso adequado de leis de incentivo, é possível desenvolver projetos específicos em determinadas cidades, bairros e regiões. “Na nossa prática, temos como exemplos os projetos Oficinas Culturais, Curtas de Animação, Oficinas de Música Caipira e Rede de Núcleos, que levam o ensino de diversas modalidades artísticas e esportivas gratuitamente a comunidades de baixa renda nas proximidades das empresas patrocinadoras”, comenta Kolokathis.
- Veja se é possível envolver as famílias. Os projetos culturais ou esportivos desenvolvidos através das leis de incentivo sempre devem ser abertos ao público em geral, mas, com um planejamento e orientação adequados, é possível criar atividades que, ao mesmo tempo, possam ser frequentadas por colaboradores e seus familiares. Assim, todos saem satisfeitos
Sobre a Direção Cultura
Há 19 anos, a Direção Cultura presta consultoria e desenvolve projetos culturais, sociais e esportivos em parceria com empresas, artistas, ONGs e órgãos públicos. Aliados a ações de responsabilidade social, educação, meio ambiente e cidadania, desenvolve projetos que alcançam diversos públicos e promovem o desenvolvimento com resultados efetivos e transparentes.