Nesses anos dedicados ao desenvolvimento de líderes e empresas, tenho acompanhando situações que antes mal ouvíamos falar, mas que hoje parecem fantasmas dentro das organizações. Umas delas – e talvez a mais alarmante – é a rotatividade, ou seja, o giro de demissões e admissões de uma empresa. Os índices dessa prática – também conhecida como turnover – tem me espantado.
Segundo pesquisa conduzida pela DBM Consultoria (consultoria especializada na gestão do capital humano), com 770 profissionais de 12 áreas distintas, 45% dos entrevistados manifestaram a intenção de mudar de empresa em até três anos. Grande parte dos profissionais entrevistados considera de três a cinco anos o tempo ideal para permanecer em uma empresa. Apenas 10% dos colaboradores com idade superior a 63 anos julgam este intervalo adequado, índice que aumenta para 63,34% entre os executivos na faixa de 21 a 27 anos.
As ofertas de trabalho cresceram de forma avassaladora. Profissionais de algumas áreas são disputadíssimos pelas empresas. E no meio dessa “caça aos talentos”, venho percebendo a deficiência das organizações em criar estratégias para reter os bons profissionais, mas por outro lado, vejo uma total falta de comprometimento dos profissionais com as empresas e, principalmente, com as suas carreiras.
E sabe qual a chave do comprometimento? Ver sentido no que se faz! Qual é o seu propósito de vida? O que você realmente quer fazer? Onde o seu trabalho pode te levar daqui a 5, 10 anos? Será que eu preciso mesmo buscar essa resposta em outra empresa? Se eu me esforçar, não conquisto tudo que quero onde estou? Quando você descobrir essas respostas, passa a se comprometer com seu trabalho, pois tudo começa a fazer sentido, e como consequência, os resultados aparecerão – para você e para a sua empresa. Não adianta pular de emprego em emprego, se o que você faz não tem sentido nem para você, como quer buscar esse sentido do lado de fora?
Coragem, responsabilidade, preparo e planejamento são competências fundamentais para decidir o que você quer de verdade! E ao decidir, comprometa-se com as suas decisões. A responsabilidade pelos resultados é sua. Não adianta só exigir, também é preciso fazer a sua parte. Entregue-se ao seu trabalho! Utilize todo seu potencial! A realização e o sucesso estão em um só lugar: dentro de você!
Agora com essas dicas, prepare-se para ser o profissional que as empresas querem, e se esforce paraser o profissional que as empresas precisam!
Sobre o autor:
Alexandre Prates é especialista em liderança, desenvolvimento humano e performance organizacional. É também Master Coach, palestrante e autor do livro “A Reinvenção do Profissional – Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro” e da metodologia de coaching “Inteligência Potencial”.
site: www.institutoca.com.br
Na minha visão…. e como profissional de Recursos Humanos…. o maior desafio de RH…é a retenção de talentos !. E o estado de ” estar feliz ” tem uma importante ligação para a permanencia dos talentos na organização.
Já a ROTATIVIDADE interna me parece bom. O colaborador tem a oportunidade de estar ampliando seu conhecimento na organização, provável não seja o sentido ao tema, mas é de suma importância remanejar pessoas para conhece-las em outras funções.
Texto importante! O que se ver é grupos de profissionais sem destino e alvo. Estes querem resultado mal planejado em curto prazo, estes não tem metas e objetivos. A aventura é até correta quando se sabe o que quer, pois permanecer em uma empresa 3 a 5 anos e não ver nem um horizonte de melhora e crescimento não é nada bom. Porém antes de mais nada este colaborador precisa estar realmente pautado de capacitação diversas para ser enxergado no meio da multidão.
O texto oportuno do Prates nos remete à importância e necessidade de orientação e aconselhamento aos nossos profissionais nos momentos de “chutar o balde” porque está endividado, para sacar o Fundo, para voltar para sua região de origem, etc…..Com isso, dá-lhe rotatividade, que custa muito às organizações. A Liderança precisa ter uma reserva de argumentação convincente para amortecer o ímpeto dessas decisões, esclarecendo o colaborador quanto aos riscos de se aventurar em nova jornada, muitas vezes trocando o certo pelo duvidoso, sendo que seu desligamento quase nunca é a solução adequada para seus problemas.