Experimentamos um período de muitas mudanças no âmbito da saúde suplementar no Brasil, desde a lei 9656/98 foram 15 anos de um sem número de ajustes, regras, melhorias, inovações, inclusive no que tange ao patrocínio, ou seja, ao custeio dos serviços. Parece que existe muita criatividade quando o bolso é alheio.
No cenário empresarial, aonde existem toda sorte de contratos, desde os mais abrangentes, custeados 100% pelas empresas, até os mais restritos, verticalizados e com alta contribuição dos usuários. Contratos co-participativos, bem amarrados e sustentáveis no longo prazo, contratos com modelos inteligentes de meritocracia, que bonificam os bons usuários, e direcionam necessidades especiais a ícones da medicina para uma melhor efetividade do tratamento. Até contratos aonde nenhuma ingerência existe e que são regidos pela regra financeira, um ano aqui e outro lá, reajustes e duras negociações.
A maior probabilidade para os próximos anos é talvez, sem demérito dos estatísticos, aumento de custos, inclusão de novas coberturas, menos empresas comercializando planos individuais, mais consolidação do setor, necessidade de novas ferramentas e um possível embate entre agência e operadoras pela qualidade dos serviços.
A maior ferramenta para minimizar os dissabores deste que pode ser um dos maiores riscos financeiros das empresas que oferecem o benefício saúde a seus colaboradores, é o uso correto das informações para desenvolver uma politica mais adequada para cada negócio e uma comunicação eficaz.
Vislumbramos oportunidades de contratação de Seguro do Seguro (stop loss), entendemos o que os sindicatos podem contribuir nas negociações e quais as moedas de troca, olhamos o comportamento em detrimento da necessidade, forma clara de contribuir com margem, avaliamos prestadores de serviço coerentes do ponto de vista de controle de custos, não basta ter possibilidade de repasse de reajustes, tem que perseguir o mesmo objetivo de otimizar cada centavo.
Afinal, falamos de vidas, saúde, longevidade e não podemos deixar de lembrar que ao mesmo tempo que nos orgulhamos dos benefícios colhidos com esta tecnologia, temos também que saber quem e como vamos sustentar estas conquistas.
Como consultores na área de saúde, é nosso dever alertar e tornar transparente a perspectiva real e quais os meios de resguardar os direitos e a forma de sustento deste que é o benefício mais importante oferecido pelas empresas.
Sobre o Autor:
Giorgio Antunes é Sócio e Diretor Geral da 4Health
site: www.4healthconsultoria.com.br