O plano é importante, a situação atual também, mas o que conta mesmo é a direção para onde estamos nos movendo. Além do mais, lembre-se, feito é melhor que perfeito, portanto, embora lhe pareça difícil, continue caminhando.
Já são duas semanas sem crachá, sem renda fixa e sem vaga de garagem. A primeira foi mais difícil e dolorida. A segunda, nem tanto. Na primeira semana, você ainda se questiona se vai dar certo, o que falta, por que os clientes não te procuram ou que loucura é essa. Na segunda, você vai fazendo contatos, define melhor a agenda, fecha tudo que consegue pela frente enquanto ainda não tem a certeza de para onde vai o seu negócio.
Alguns amigos são bem incisivos: – cara, você é louco! Tem certeza de que vai trocar a velha segurança pelo risco na independência? Você trabalha numa das maiores empresas de consultoria do sul do país, já pensou nisso?
Preferi não contar ainda para minha mãe, senão, ela entra em desespero. Mãe é mãe. Se contar, já sei o que ela vai dizer: – filho, mais vale um pássaro na mão do que dois voando. É o modelo mental da sua época, não da minha, mas muita gente ainda pensa assim. E não é maldade, é o jeito de pensar e isso faz toda diferença.
Por outro lado, onde quer que eu vá, a somatória de palavras de incentivos positivos é muito superior à de falta de incentivo. São poucos aqueles que não acreditam em mim ou na minha vontade de fazer as coisas acontecerem. Isso também faz muita diferença, ainda mais quando você está começando.
Essa semana foi fantástica. Várias sessões de Coaching, ao vivo e por Skype, agendamento de reuniões para a semana seguinte, treinamento in company, alinhamento estratégico com várias lideranças, pesquisa e preparação de material para MBA, escrita de artigos para sites e revistas, além da elaboração e envio de propostas para clientes. Onde vai dar tudo isso? O trabalho dirá.
O importante é não perder o foco. Quando se começa alguma coisa, deve-se tomar cuidado com o foco nos resultados. A máxima de Jack Trout e Al Ries ainda me consome: quem quer ser tudo para todos acaba não sendo nada. Contudo, num primeiro momento, a pressão financeira sempre fala mais alto. Ninguém muda trinta anos de história da noite para o dia.
Das vinte e quatro atividades definidas para a semana, consegui realizar vinte. Confesso que relaxei um pouco, mas o prazo ainda conta a meu favor. Isso não significa que eu tenha relaxado, entretanto, prazo é prazo e não se deve brincar. Meta é meta.
Cada vez mais me convenço de que todo homem é um empreendedor de si mesmo. O ser humano é capaz de realizar coisas que nem ele mesmo acredita. Quando há vocação, formação e saúde física e mental para realizar algo grandioso, o que nos falta, na maioria das vezes, é atitude.
Ao abraçar uma causa, seja um realizador por natureza. Isso será a maior vantagem competitiva do seu negócio. Alguns pensam, mas não executam, outros executam, mas não pensam. O plano é importante, a sobrevivência também, mas o que conta mesmo é a direção para onde estamos nos movendo. Além do mais, lembre-se, feito é melhor que perfeito.
Pense nisso e empreenda mais e melhor!
Sobre o autor:
Jerônimo Mendes: Administrador, Coach, Escritor e Palestrante, apaixonado por Empreendedorismo, Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local pela UNIFAE/Curitiba-PR. Autor de Oh, Mundo Cãoporativo! (Qualitymark), Benditas Muletas (Vozes) e Manual do Empreendedor (Atlas).