Neste artigo vamos conhecer um pouco de um treinamento sui-generis que surpreende e impacta sem deixar pedra sobre pedra: o PIN FA, a arte milenar da guerra, direcionadas aos negócios e às pessoas. Antes de mais nada é preciso entender Guerra no contexto daquela época: O último recurso disponível para recuperar a harmonia perdida.
Há 2.500 anos, os negócios na china eram impulsionados pela guerra. No mesmo período lá viveu um mestre de estratégia chamado Sun Tzu, que conseguia sintetizar de forma magistral uma série de conceitos práticos sobre a alta estratégia em seu “Sun Tzu PIN FA” documento que registra todo o pensamento dele sobre o assunto.
Em 1995, nasceu, em Barra do Piraí (RJ), um treinamento que decodificou esses ensinamentos, impressionantemente atuais e afinados com os novos paradigmas da moderna administração Humanista, trazendo para as organizações, através de metáforas e analogias, questões como: planejamento, liderança, desenvolvimento de equipes, comunicação, criatividade, desenvolvimento estratégico, relacionamento inter e intrapessoal, motivação, sinergia, predisposição para mudanças, coragem de correr riscos, inovação e sensibilidade para a questão da qualidade, não como atributo do produto ou aspecto do serviço, mas como uma atitude interna de quem a executa. Há 5 anos, Augusto Pascoli, agrônomo, proprietário e administrador do Hotel Fazenda do Arvoredo, onde os “aparelhos” estão montados para o curso, mostrou a força e eficácia do programa, na formação de valores éticos e morais em crianças e adolescentes. Os “aparelhos” que foram arquitetados por ele, combinam tecnologia e know-how do homem integrados a fenômenos e recursos da própria natureza.
Como atleta de modalidades múltiplas, Pascoli sabe – porque viveu isso, tendo sido praticante apaixonado dos chamados esportes radicais – que a adrenalina liberada durante a prática de determinadas atividades, quando combinada com os conceitos e valores certos, promovem conscientização e valiosas revisões comportamentais e atitudinais. Vale citar que Pascoli é, também, adepto praticante do Taoísmo, filosofia de profundos e intensos valores humanos. E, como administrador de sua própria empresa, percebeu que envolvem a condução de negócios e pessoas que visam sucesso e grandes realizações.
A filosofia desse treinamento consiste no saber como um ato de criação. Ele é conduzido dentro de um ambiente que propicia o desenvolvimento da criatividade, do espírito em equipe e de decisões estratégicas. Para está prática são utilizados exercícios de mudança de procedimentos intelectuais, isto é, da forma de pensar.
Os filósofos, principalmente a partir de Platão, mudaram seu procedimento intelectual, permitindo-lhes saborear a vida de forma diferenciada: sabor – sábio – saber.
Ely Pomodoro Cabral, consultor internacional com larga margem de experiência em T&D, e parceiro de Pascoli no desenvolvimento e formatação do PIN FA para a ótica organizacional, diz: “Durante minha formação em engenharia, percebi que o conceito de educação nos cursos regulares (faculdade, mestrado, etc.) reproduz o conhecimento, limitando a busca de solução de problemas. A proposta do Alta Estratégia – PIN FA é a de metodologia camp training , que trata a educação e a resolução de problemas, baseado na liberdade de pensamentos e fundamentado em conhecimentos simples e sintéticos, mas que expressam uma verdade milenar.”
Marcelo Adriani da Silva , administrador de empresas, também com grande e intensa experiência em T&D, é, além de co-responsável pela formatação do programa para empresas, parceiro de Pascoli na representação do treinamento no mercado. Segundo ele, cinco são os pontos básicos exercitados durante o treinamento pelos participantes:
- Posicionamento e objetivo: definir onde se está e onde se quer chegar.
- Determinação e disciplina: expressar sentimento de luta e crença na vitória, utilizando a disciplina para conseguir o domínio das técnicas e acreditar no que se faz, mantendo constância de esforços no empreendimento.
- Administração de recursos e oportunidades: equilíbrio entre os desafios e os recursos necessários para enfrentá-los, tirando o máximo de cada recurso pelo potencial das oportunidades.
- Informação e comunicação: a primeira representa o conhecimento e a segunda, a capacidade de trabalhar intelectualmente com esse conhecimento, pois não basta ter conhecimento; há que se saber o que fazer com ele.
- Movimentação e flexibilidade: deslocamento e forma como ele se processa, se adaptando constantemente à realidade.
O processo de definição da estratégia do PIN FA, segundo Carlos Lima, estrategista e professor titular da Sociedade Taoista do Brasil, requer as seguintes fases:
- Conceito: analisar a realidade dos fatos sem preceitos e preconceitos.
- Percepção: síntese dos fatos ou a interiorização da realidade.
- Decisão: escolha do caminho a seguir.
- Ação: uso do que for necessário e útil para alcançar o objetivo da estratégia.
- Adaptação: flexibilidade de continuamente interagir com a realidade mutante.
Além da Alta Estratégia descrita por Sun Tzu ser de fácil compreensão em razão de sua simplicidade, ela é extremamente prática e precisa em sua aplicação, já que se baseia na síntese da realidade.
Na verdade os chamados Camp Training não são novidade para o mercado. Mas a história do PIN FA me envolveu pessoalmente e me impressionou pela forma pela forma como aconteceu.
Com o treinamento já pronto e validado pela receptividade e sucesso no mercado, Pascoli e Silva se propuseram a aplicar suas possibilidades e agregaram novos conceitos e metodologias de ensino avançado ao programa, como jogos cooperativos, neurolingüística, biodança, ampliação das percepções e recuperação do reflexo, jogos e dinâmicas de grupo, entre outras, tornando o PIN FA um dos treinamentos mais completos de que eu tenho tido notícias nestes últimos anos de pesquisa no mercado nacional para a REVISTA T&D e a ABTD.
Portanto, o PIN FA, efetivamente leva os executivos a encontrarem um importante diferencial para sua atuação profissional, de forma a garantir uma melhor performance e produtividade para os seus negócios. Tudo se inicia com a fixação dos conceitos sobre estratégia, que é, na verdade, saber organizar em partes executáveis a busca do equilíbrio, do sucesso e das vitórias finais.
Esses conhecimentos serão tanto mais eficazes quanto maior a possibilidade de agregar valores humanitários aos exercícios. Daí o apoio da natureza, como cenário para a realização do aprendizado, estimulando as manifestações de prazer e ludicidade, sem esquecer de ser produtivo e eficaz na busca de resultados.
Ao final de cada atividade ocorrem três níveis de análise: individual, em equipe e analogia com o desenvolvimento pessoal de profissional de cada participante do grupo.
“Os exercícios são realizados dentro de um ambiente de total segurança,” explica Ronald Carvalho, professor de Educação Física e fisioterapêuta responsável pelo acompanhamento dos grupos em campo. “O risco é zero, sendo considerado um efeito aparente e visual, necessário para a eficácia da metodologia.”
Já no início, os participantes são levados a um mundo de metáforas e analogias, em que eles próprios vão abrir a porta para o seu mundo pessoal e profissional. Os participantes trabalham reforçando os conceitos sobre cada um dos cinco pontos básicos. O resultado é que, no decorrer das atividades, que se desenvolvem em campo aberto, lagos, açudes e montanhas, há uma possibilidade real de questionar e melhorar pontos fortes, individualmente e em grupo, através das avaliações e do sistema de feedback .
O trabalho foi validado por participantes de empresas como: Mills, xerox, Citibank, Valesul, Warner Lambert, Rio Sul, Losango, Schering, CEB, Interamericana, Pena Branca(Pizza Hut), Transmed, Worthington, All Med e ABRH entre outras.
Como acho importante o que vou contar sobre o PIN FA para demostrar melhor as qualidades deste Camp Training, peço licença(pela primeira vez) aos leitores para “falar” na primeira pessoa.
Em agosto passado, quando fui convidada como representante da ABTD e da T&D a participar deste treinamento para avaliá-lo como matéria potencial e possível trabalho a ser apresentado aos associados. Não concordei com parte do que vi e, no terceiro dia, informei que não iria mais continuar, relatando aos responsáveis pelo curso minhas razões.
Não é novidade para quem acompanha a sessão Abordagens alternativas vivenciais como sendo a mais eficaz e eficiente metodologia de treinamento e desenvolvimento do potencial humano, sempre dentro de certos parâmetros, dos quais o principal é estar harmonizada com a filosofia dos jogos cooperativos. De qualquer forma, estimular a competição é um dos meios mais eficientes de desagregar pessoas.
Para minha surpresa, os idealizadores do programa, além de ouvirem com a máxima atenção e respeito minhas colocações, disseram que gostariam de saber mais sobre jogos cooperativos, neurolingüística, biodança e uma série de outras fundamentações teóricas que mencionei. Pois eles vieram para São Paulo na mesma semana para participar de uma aula para ver essas teorias colocadas em prática e agregá-las ao programa, com a mais honesta postura de humildade e modéstia que eu já presenciei em pessoas que já estão tendo sucesso!
Hoje, o PIN FA trabalha os conceitos mencionados, através de atividades brilhantemente arquitetadas, se flexibiliza e adapta constantemente com facilitadores que verdadeiramente são os que treinam os participantes para serem: aprendizes permanentes, criativos, humanos e competentes no mais autêntico estilo Kaizen de busca permanente de qualidade.
Sobre a autora:
Inês Cozzo Olivares é Diretora e sócia-fundadora da TAI Consultoria (desde 1994); Consultora, escritora e Palestrante Internacional (desde 1997); Psicóloga (1986); Autora do Livro “bordagens Alternativas em T&D”; Autora do Livro “Neuroaprendizagem e Inteligência Emocional”; Criadora e organizadora do GEN – Grupo de estudos de Neuroaprendizagem com ênfase em NeuroBusiness (desde 2006).
site: www.taiconsultoria.com.br
e-mail: ines.cozzo@taiconsultoria.com.br