Além das promessas normais para o ano novo como fazer um curso, frequentar uma academia, mudar de casa ou mesmo comprar um imóvel, pensar na carreira sem dúvida é uma importante questão para refletirmos nesta época do ano. Se este é o caso, algumas questões precisam ser avaliadas cuidadosamente: O que exatamente estamos procurando: mais dinheiro, reconhecimento ou qualidade de vida? Queremos ser um guru visionário ou liderar pessoas? O que estamos fazendo hoje que realmente nos dá prazer? Há muitas coisas que não gostamos em nosso trabalho? Nosso trabalho agrega valor para a empresa?
Nossa carreira é um portfólio de experiências. Precisamos ter certeza de que estas experiências nos tornam únicos, muito bons no que fazemos. Temos que fazer diferença no ambiente – ou “agregar valor no camarote”, de acordo com um piada que rolou nas midias há pouco tempo. Vale a pergunta: será que estamos usando todo o nosso conhecimento ou nos sentimos subutilizados? Também precisamos nos perguntar quais são nossos valores. Quais são nossos objetivos de carreira, pois existem fatores tangíveis (localização geográfica, remuneração, cargo, perfil da empresa, vínculo empregatício) e intangíveis (cultura da empresa, estilo gerencial, tipo de ch efe, ambiente organizacional, clima de trabalho, etc.).
É imprescindível avaliar cuidadosamente qual tipo de atividade queremos realizar: há pessoas que gostam de fazer parte de uma equipe formal, outros preferem trabalhar como consultores e outros preferem gerir seu próprio negócio. Nos três casos precisamos considerar os aspectos favoráveis e desfavoráveis.
Na opção de trabalho formal, por exemplo, um aspecto positivo seria contar com um rendimento fixo, que garante uma situação econômica estável. Uma ameaça, por exemplo, seria trabalhar numa empresa onde inglês seja um requerimento obrigatório e você não é proficiente no idioma ou haver um excesso de profissionais no mercado com seu perfil, de novo voltamos à questão do diferencial. Se você quer ser um consultor, um dos aspectos favoráveis é a estratégia de terceirização de várias áreas nas empresas e você, de posse de uma rede de contatos, pode ter muito sucesso neste caminho, porém, analisando o outro lado da moeda é preciso ter um excelente conhecimento na área escolhida: espera-se que um consultor esteja atualizado em sua área de atuação, leia-se cursos e certificações – um investimento contínuo na carreira. Também é preciso pensar no aspecto da negociação: como promover (e cobrar adequadamente) seu serviço? Como ter fôlego financeiro para digamos, 12 ou 18 meses?
Se você opta por ter um negócio próprio, ter autonomia é ótimo, você pode ser dono de um business onde o nível de sofisticação seja um belo diferencial em relação à concorrência, mas como você se vê no aspecto comercial ou na gestão de pessoas? Pense neste cenário: como é ser hóspede de uma pousada numa praia maravilhosa durante o verão e ser dono desta pousada, durante o inverno, por exemplo? Como contratar e reter seus funcionários? Como saber gerenciar os pontos fracos e fortes de sua atividade?
Estas são apenas algumas questões que devemos analisar quando ou se decidirmos mudar de carreira, mas o cenário parece propício para mudanças, porque você quer crescer e fazer algo que gosta e estes objetivos representam os melhores motivos para sair deste lugar e começar o ano fazendo algo diferente e muito gratificante. Com diria Confucio, escolha uma atividade que você ama e você não vai precisar trabalhar nem um dia da sua vida! Seja feliz agora!
Sobre a autora:
Gladis Costa, Gerente de Marketing e Comunicação da PTC para a América Latina. A PTC é líder no segmento de soluções para o gerenciamento do ciclo de vida do produto. Em março de 2009 criou o grupo “Mulheres de Negócios”, maior rede feminina de negócios do portal LinkedIn com mais de 4600 associadas. É colunista em vários sites onde publica artigos sobre marketing, serviços, comportamento, carreira e cultura. É formada em Letras pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo, Comunicação Social e especialização em Tecnologia e Negócios pela PUC-SP. Em 2005 lançou seu primeiro livro de crônicas, “O homem que entendia as Mulheres”.