Vivemos a era da distração. O excesso de informação disponível, a facilidade de acesso, os smartphones e as redes sociais, tudo nos tira a atenção, nos distrai, leva nosso pensamento para longe daquilo que estamos fazendo e devemos fazer. Não conseguimos ter foco!
Nossa mente vagueia de uma informação para outra, de uma foto para outra, de um vídeo para outro, de uma mensagem instantânea para outra e aí nos damos conta de que o tempo passou e não fizemos o que deveríamos fazer ou cometemos dezenas de erros pela falta de atenção e concentração em nossa tarefa essencial. Há autores que dizem que durante o nosso trabalho, em mais de 50% do tempo, nossos pensamentos viajam para lugares distantes.
Preocupados com esse desafio, empresas e pessoas têm procurado formas de reeducar a nossa atenção. Há empresas como a Google, por exemplo que oferecem cursos de “mindfulness” (uma forma de exercício de meditação para se concentrar naquilo que está fazendo). Há mesmo universidades famosas como Harvard, MIT, INSEAD, nos Estados Unidos e Europa que já oferecem cursos que ensinam como se concentrar e dar total atenção ao momento presente. Esses cursos ensinam desde como controlar a respiração até exercícios simples de meditação dos monges orientais e ocidentais como os beneditinos, por exemplo. Mosteiros têm se voltado a ensinar pessoas a prestar atenção ao que estejam fazendo, às pessoas com quem estejam conversando, às leituras que estejam fazendo, etc. A verdade é uma só: é preciso reaprender a atenção, a concentração, o foco.
Muitos jovens e adultos se tornaram viciados nas redes sociais e passam o tempo todo reportando, postando, twitando, o que estão fazendo, mas não se sentem realmente presentes onde estão. São repórteres de sua vida sem vive-la com intensidade e foco. Conheço pessoas que não conseguem passar mais de alguns minutos sem checar sua caixa de mensagens, suas páginas nas redes e vivem num mundo da mais alta distração. É preciso reeducar a atenção!
E é preciso reeducar a atenção ao outro, à outra pessoa. Estamos correndo o risco de perder a capacidade de conversar presencialmente. Entro numa lanchonete e vejo vários jovens, todos com seus smartphones na mão “conversando” com pessoas que não estão à sua frente. Vejo almoços de família em que todos se voltam para seus celulares e se despedem sem praticamente conversar. Nas empresas as pessoas estão perdendo a capacidade de se dirigir ao outro e falar. Muitos problemas poderiam ser resolvidos com uma simples troca de opinião verbal, ao vivo, frente a frente em vez de dezenas de mensagem que entulham caixas postais e geram desinformação.
Faça um propósito de prestar atenção no que esteja fazendo e nas pessoas com quem esteja conversando. Reeduque a sua atenção e você terá mais motivação e muito mais sucesso, pois aprenderá o valor da atenção e do foco.
Pense nisso. Sucesso!
Sobre o autor:
Prof. Luiz Marins: Antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior, o Prof. Marins tem 25 livros (também disponível em vários países da América Latina e Europa) e mais de 300 vídeos e DVDs publicados; Empresário de sucesso nos ramos de agronegócio, educação, comunicação e marketing. Seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência no Brasil. Segundo a imprensa especializada e consultorias, o Prof. Marins está entre os mais requisitados palestrantes do país.
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