O final de ano se anuncia e traz com ele momentos de retrospectiva que nos fazem refletir.
A maior parte de nós gostaria de ter feito mais em 2014. Alcançado mais, superado mais metas, sentido mais a necessidade do cliente e conquistado mais e melhores resultados. Entender porque e quanto saímos fora dos trilhos que planejamos seguir no início desse ano e o que faltou para realizarmos mais.
Digo sempre que o sucesso de nossas realizações não é construído sobre uma linha reta, linear e suave, mas sim em um caminho feito de muitas imperfeições e desvios. E essa construção só vai para frente com um combustível: os desafios. Melhor ainda, os bons desafios.
Tenho certeza de que foram nos momentos de maior desafio que a sua competência e concentração foram fortalecidos, que seus maiores esforços foram reunidos e sua disposição, força e coragem foram postos a prova. Nos momentos de dúvidas e medo durante sua jornada em 2014, foi possível ter a oportunidade de surpreender a você mesmo, ultrapassando seus limites mentais e físicos e empenhando-se com total criatividade e consciência na meta proposta.
Foi aí que a mudança real e o crescimento aconteceram e, provavelmente, você se sentiu mais vivo e comprometido do que nunca.
Ouço muitos gestores de empresas descontentes com as metas no final de ano, afinal, trabalharam tanto ao longo desses doze meses…
Nesse momento faço questão de sempre lembrá-los que talvez o problema seja a falsa impressão de que a equipe está inspirada para o trabalho enquanto, na verdade, está apenas ocupada. Ser ocupado não é o mesmo que ser desafiado. Os profissionais querem sentir mais energia na vida e o modo mais correto para que isso aconteça é reunir suas energias para desafios reais.
É importante entender que sem desafios que nos deixe envolvidos, ligados e realizados, cada novo ano será apenas mais um ano.
Desafios não são objetivos. Um objetivo pode ser um item em uma lista de afazeres. Nada no estabelecimento de um objetivo exige quase tudo de você. Um desafio, por outro lado, inspira imediatamente pensamentos a respeito do caminho que vamos encontrar. Tem a ver com dar algo a mais de si mesmo.
Um desafio enriquecedor é essencial para a sua mente, pois permite que você divida as suas experiências e conquistas com seus familiares e equipe. Torna-se uma atividade satisfatória, pois você quer falar sobre o que fez e celebrar com as pessoas. Cria-se um motivo inspirador e duradouro.
Mas como criar bons desafios para mim mesmo?
Em primeiro lugar, tenha total atenção e concentração no momento de listar suas tarefas para 2015. Mantenha a sua presença mental e física para que não seja entendido como um monte de trabalho sem significado. Deve ser importante para você sentir-se parte desse momento, dessa atividade. E mesmo que não tiver, estabeleça prazos, senão você não se comprometerá.
Em segundo lugar, sempre exija um pouco mais de você. Essa regrinha o tirará de sua zona de conforto, aumentando seus esforços e capacidades. Os bons desafios fazem com que nos comprometamos totalmente e cresçamos. Liste seus desafios e, a cada um deles, atribua uma oportunidade de subir um pouco mais suas exigências. Não precisa dar enormes saltos para não se sobrecarregar e desistir. Questione-se o que você pode fazer a mais do comum que gerará um resultado mais expressivo, até que isso vire algo comum e não mais impossível.
Em terceiro lugar avalie o seu progresso. Essa habilidade vai informar como você está indo. É surpreendente como poucas pessoas param para avaliar o andamento de seus desafios. Ao ver os resultados, você gera uma nova onda de motivação além da inspiração inicial. Isso evita a desistência por falta de vontade. Inclua pontos de checagem no seu projeto.
Durante o processo, confie na sua recompensa. Você precisa ter a sensação de que vai chegar lá. Assim como as pessoas que correm uma maratona sabem que terão uma linha de chegada, o desafio precisa apontar isso para você. Ter uma linha de chegada em mente e a crença de uma recompensa são fortalecedores para enfrentar qualquer desafio. Essa visão lhe fornecerá um sentido e senso de comprometimento. É importante você sentir que completou algo.
E para terminar compartilhe a experiência e o que conquistou. Bater as metas do ano pode ter sido algo maravilhoso. Fazer isso e então se virar para abraçar alguém e reconhecer a experiência e conquista com essa pessoa é extraordinariamente mais satisfatório. Nós temos essa necessidade social de desesperadamente contar para alguém que conseguimos. E ao compartilhar esses momentos felizes, certamente você sentira como se eles fossem multiplicados.
Para esse novo ano, estabeleça desafios reais, que tenham grande importância para você, que forcem seus limites e o torne um ser humano mais forte e melhor. Divirta-se e compartilhe o processo com a sua equipe. Observe o modo como tem se desafiado e escolha enfrentar os bons desafios em 2015.
Quem sabe seus desafios incríveis sejam concentrar esforços para melhorar a capacidade de ouvir seu cliente, talvez a empatia, o perdão, a aceitação, um trabalho em equipe melhor, as trocas com os parceiros ou quem sabe melhorar a sua capacidade de amar quem está por perto? O fundamental é que eles façam parte do seu novo ano.
Um excelente ano novo e feliz novos desafios.
Sobre o autor:
Gustavo Pizzolotto é referência em Negociação em Vendas. Há mais de quinze anos, utilizando um método próprio chamado Supernegociadores, ensina cada vendedor a extrair o máximo de suas vendas, seja nos lucros ou na satisfação. Através de palestras, cursos ou seminários, Gustavo diz que é possível transformar qualquer vendedor comum em um vendedor de sucesso. Basta saber como!
site: www.supernegociadores.com.br