Grafologia Como Ferramenta de Apoio em T&D

Inês Cozzo: "As vantagens da Grafologia em relação a outros métodos são: a facilidade de aplicação".

Uma das definições da Grafologia é “o estudo da letra com a finalidade de interpretar o caráter e a personalidade” e seu uso é bastante comum na Seleção de Pessoal e na Orientação Vocacional. Mas como ela pode ser útil à área de Treinamento & Desenvolvimento?

Inês Cozzo Olivares

A grafia representa, segundo Frederico Kosin, a personalidade original e verdadeira do seu autor, não só pelo conteúdo mas pelo modo como é escrita. Ela é a expressão dos instintos, afetos, emoções e da inteligência.

Escrever é um dos atos mais importantes do ser humano. Foi projetando seu dia-a-dia, seus medos e anseios nas paredes das cavernas que o Homem começou a se expressar, exteriorizando sua personalidade.

A Grafologia é muito mais profunda do que comumente se imagina. Por exemplo, considera-se a letra um corpo no espaço e não uma superfície plana, porque ela tem três dimensões, ou seja, altura, largura e profundidade, a última representada pela pressão aplicada no papel e que é realmente mensurável com instrumentos adequados.

Ela surgiu em 1622 com Camilo Baldo de Bologna médico e professor italiano, mas apenas em 1871 ganhou maior rigor científico através da obra do Abade Jean Hippolite Michon, em Paris, e foi seu aluno, Jean Jaques Crépieux-Jamin que elevou a Grafologia a ciência de observação utilizável em estudos psicológicos da personalidade em 1930. Na verdade, ainda hoje é aplicada a classificação que ele criou procurando destacar as particularidades de cada grafismo com base em sete gêneros: forma, dimensão, direção, pressão, velocidade, continuidade e disposição.

À partir de 1930, foi introduzida a Psicanálise e o simbolismo do espaço gráfico na interpretação da escrita recorrendo-se às teorias de Jung e de Freud.

É a Psicóloga e Grafóloga Maria Lúcia Mandruzato, diretora da MLM Performance Empresarial que conta sobre a história da Grafologia no Brasil: “A primeira pessoa de que se tem notícia que tomou contato com a Grafologia aqui no Brasil foi o médico baiano Costa Pinto em 1900. Ele desenvolveu uma tese de doutorado sobre “Grafologia e Medicina Legal” que até hoje está disponível em bibliotecas. Já os responsáveis pela introdução da Grafologia nas empresas foram os laboratórios farmacêuticos, as multinacionais européias que vieram para o Brasil aproximadamente em 1970 e que tinham como política a utilização da Grafologia nos processos de seleção de pessoal. Como não existiam grafólogos aqui no Brasil elas mandavam para a Matriz fazer a análise.”

Paralelamente a isso, começaram a haver intercâmbios tanto de pessoas que vinham da Europa, após a 2a guerra mundial, inclusive imigrantes e que conheciam o assunto como também alguns brasileiros que começaram a ir para lá e tomar contato com a Grafologia. “No Brasil,” diz Maria Lucia, “a primeira pessoa que teve contato com o assunto foi o Dr. Júlio Gouveia médico psiquiatra. Na minha percepção, eu noto que por volta de 1986 foi que começou a haver um maior interesse das empresas de um modo geral aqui no Brasil.”

Segundo Maria Lúcia, A fundamentação teórica da Grafologia se baseia na premissa de que a escrita nasce no cérebro. “Ela é estimulada no “palladium”, passa por toda a parte de neurônios e tem a ajuda dos músculos, então ela é fruto de neurônios e músculos, por isso a escrita leva a pessoa a se projetar plenamente a nível emocional, psicológico, fisiológico e estético.”

“Se parte do princípio também de que a partir do momento que a pessoa foi alfabetizada ela passa a escrever de forma inconsciente e a linguagem do inconsciente é o símbolo. Então, À medida que a pessoa está escrevendo, ela está colocando, simbolicamente sua forma de ser e de agir, seu potencial (latente ou não), suas frustrações e desejos, suas ambições, como ela age e reage no dia-a dia, etc.”

Existe uma correlação, segundo Maria Lúcia, entre testes como o Palográfico, o PMK, o Zulliger e o Wartegg e a Grafologia embora estes sejam menos abrangentes em relação à ela por que fornecem apenas traços especificamente ligados à personalidade enquanto a Grafologia é mais do que um teste projetivo. ” Através da análise grafológica é possível identificar aspectos intelectuais, que tipo de raciocínio a pessoa usa mais: o intuitivo ou o lógico e também habilidades que a pessoa possa ter: Fluência verbal, memória para números, visual, perceptiva, habilidades para aprender novos idiomas, habilidade manual, atenção concentrada, entre outras.”

É importante lembrar que cada característica de personalidade revelada na letra é somente um indício e não pode ser considerada isoladamente ou como representando a soma total da personalidade que está sendo analisada. Um sinal ocasional pode, por exemplo, ser exatamente isto: uma ocasional tendência para uma característica particular. Cada sinal gráfico não pode ser avaliado de maneira fixa, estável, porque é resultante de um conjunto complexo de tendências, devendo ser avaliado em relação às dominantes da grafia.

O trabalho do(a) grafólogo(a) divide-se em duas atividades principais: Procurar encontrar, por observações minuciosas, as expressões gráficas involuntárias que acompanham o ato de escrever nas diferenças da forma normal e escolar e apurar a significação das expressões individuais na grafia.

Um(a) grafólogo(a) consciente terá também em mente que a análise deve ser circunstancial, isto é, ela reflete sempre as circunstâncias de vida pela qual a pessoa está passando por ocasião da escrita e isso deve ser considerado sendo possível fazê-lo por que a Grafologia permite identificar o que é traço constitucional e o que é traço de caráter adquirido durante o processo de socialização e que tem influência do meio. Por exemplo, é possível identificar se a pessoa está com uma fadiga momentânea ou se ela é realmente depressiva.

Em termos de aplicações, a Grafologia, pode ser utilizada nas seguintes áreas: Na criminologia para identificar falsificações, é onde, aliás, ela é mais usada; para tratamento psicoterápico com o objetivo de diagnosticar problemas e fazer acompanhamentos; na Medicina também como ferramenta de diagnóstico e acompanhamento pós-operatório uma vez que a escrita projeta aspectos fisiológicos; Algumas empresas têm utilizado para verificar a idoneidade do solicitante para liberação de crédito; para orientação matrimonial na verificação de compatibilidades e afinidades; como Grafoterapia buscando promover mudanças interiores utilizando-se a auto-sugestão como recurso; para orientação vocacional; e em Recursos Humanos. E aqui nos interessa aprofundar um pouco mais a aplicabilidade da Grafologia.

Sua aplicação no Sub-sistema de Recrutamento & Seleção de Pessoal já é vastamente conhecida. Embora pouco se tenha explorado sua utilização no Acompanhamento de Plano de Carreira, por exemplo, verificando as reais habilidades gerenciais ou de qualquer outra espécie antes de decidir-se pela promoção e/ou transferência de funcionários. Para fazer um planejamento de carreira é necessário identificar-se o potencial latente de cada funcionário e a Grafologia permite que isso seja averiguado.

Utiliza-se também para fazer correções de desvio de desempenho. “São aqueles casos”, explica Maria Lúcia, “onde a pessoa tem excelente competência técnica mas apresenta desvios no comportamento gerencial e na hora da Avaliação de Desempenho isto acaba aparecendo. Comumente a empresa não quer dispor dessa pessoa então deseja verificar que desvio é esse, que tipo de traço é esse. Esse desvio pode ser alterado? De que forma se pode corrigi-lo?”

Outra forma importante é que as empresas têm percebido que se o funcionário busca um trabalho de auto-conhecimento ele tem maiores possibilidades de se desenvolver. E a Grafologia permite um excelente trabalho de auto-conhecimento.

Em identificação de necessidades de treinamento, aplicando a Grafologia num Grupo de gerentes ou funcionários de um modo geral, pode-se obter um perfil dos pontos fortes e fracos daquele grupo, direcionando-os para os devidos treinamentos de reforço e capitalização dos aspectos positivos até para retificação dos aspectos negativos, ou direcioná-los ainda, para treinamentos comportamentais específicos que se apliquem na correção dos pontos fracos.

Maria Lúcia chama a atenção para o fato de que “a Grafologia vem sendo sub-utilizada na medida em que culturalmente quem mais a utiliza é realmente a Seleção que faz o laudo e acaba por arquivá-lo de modo que ele deixa de ser utilizado pelos demais sub-sistemas de Recursos Humanos como fonte de informações valiosas para toda a forma de acompanhamento de um funcionário, isto é, a informação não circula em todas as áreas da empresa, porque, inclusive, existe ainda uma visão meio estanque das coisas…”

Ainda sobre as aplicações em Treinamento & Desenvolvimento, a Grafologia informa qual é o estilo predominante num determinado corpo gerencial, por exemplo se há uma predominância do autoritarismo ou se de um estilo mais aberto e participativo que permita a formação de melhores times de trabalho, ou ainda se num determinado grupo existe espírito de cooperação ou se prevalece o espírito de competição.

Pode-se também identificar o Clima Organizacional através de estudos grafológicos, percebendo se há grupos de pessoas não-transparentes, dissimuladas e com tendências a provocar intrigas, porque começa-se a perceber a fundo como cada pessoa age no âmbito profissional.

As vantagens da Grafologia em relação a outros métodos são: a facilidade de aplicação. Para fazer a análise tudo de que se precisa é de uma caneta e uma folha de papel com mais ou menos 20 a 25 linhas escritas mais a assinatura no final da redação, enquanto no testes tradicionais são necessários formulários específicos; a pessoa não precisa estar presente para que a análise seja feita. Uma pessoa, na filial de uma empresa pode orientar o analisando na confecção da redação e depois enviá-la para a matriz onde será elaborado o laudo por um técnico habilitado sendo devolvido para as devidas necessidades e providências, como, aliás, faziam as multinacionais que se instalaram no Brasil. Nos testes convencionais há a necessidade de um aplicador especializado cronometrando, pontuando, etc.

O tempo é outra vantagem. Tanto o de duração da aplicação, ou seja da redação, quanto da avaliação da escrita. Uma pessoa leva em torno de 30 a 40 minutos para escrever o texto necessário e mais ou menos 2 horas para avaliá-lo em profundidade dependendo, é claro, da habilidade e da familiaridade do técnico com a “ferramenta”. Para a aplicação de uma bateria de testes convencionais são necessárias quase 3 horas apenas na aplicação, sem levar em conta o tempo de avaliação, para ter o mesmo nível de informações que a Grafologia oferece nestes 30 a 40 minutos.

Pode-se aproveitar plenamente a redação, direcionando o tema de modo que tanto a forma, estudo grafológico, quanto o conteúdo possam ser avaliados.

Ainda existem preconceitos em torno da utilização da Grafologia a despeito do fato de termos empresas do porte da ITEC (joint venture IBM-Itaú), Merck Indústrias Químicas, SESI, Carborundun (multinacional americana), Grupo Pão-de-Açucar, Credicard, Lactea Aparelhos Científicos e Eletrônicos, entre outras, obtendo excelentes resultados. Entretanto, como tudo que vem de encontro ao Paradigma Holistico, é apenas uma questão de tempo…

Sobre a autora:

Inês Cozzo Olivares é Diretora e sócia-fundadora da TAI Consultoria (desde 1994); Consultora, escritora e Palestrante Internacional (desde 1997); Psicóloga (1986); Autora do Livro “Abordagens Alternativas em T&D”; Autora do Livro ”Neuroaprendizagem e Inteligência Emocional”; Criadora e organizadora do GEN – Grupo de estudos de Neuroaprendizagem com ênfase em NeuroBusiness (desde 2006).

site: www.taiconsultoria.com.br

e-mail: ines.cozzo@taiconsultoria.com.br

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10 Respostas para "Grafologia Como Ferramenta de Apoio em T&D"

  1. Em conversa com o editor da revista, concordamos que a melhor administração para os comentários aos artigos aqui postados é que este espaço seja utilizado para obter mais informações sobre o teor do artigo, ou seja, saber o que o mercado está fazendo. Nossa proposta, nesta sessão, não é questionar a validade disso nem fazer apologia ao seu uso.

    Por favor entendam que questionar o valor dos meios que utilizamos é tão importante quanto saber de sua existência. A única questão aqui é que saber precisa vir antes de manifestar-se contra e este pretende ser um espaço informativo; de conhecimento e obtenção de dados. Primeira etapa da (neuro)aprendizagem.

    Assim sendo, os comentários que surgirem nesse sentido, serão instantaneamente publicados e terãoo suas dúvidas respondidas. Os demais comentários serão redirecionados ao autor(a) para troca direta.

    Gratos por sua compreensão.

    Paz e felicidade e que seus planos estejam em constante realização.

    Inês Cozzo Olivares
    ines.cozzo@taiconsultoria.com.br
    11 9942-4146

  2. Psicólogo Marcelo Morandi · Editar

    Daniela confirma o que eu disse. Nós psicólogos podemos usá-la sim, apenas não podemos gerar laudos psicológicos embasados apenas nessa ferramenta.

  3. Psicólogo Marcelo Morandi · Editar

    Parabéns Daniela Olivares. Colocações muito pertinentes. São de discussões assim que precisamos. Belo exemplo. Esse relato mostra realmente que a Grafologia sofre com credibilidade e confiança de acordo com a área onde ela está presente.

  4. DANIELA OLIVARES · Editar

    Intrigante mesmo este tema de aplicação da grafologia, em diferentes frentes este é um assunto que ainda vai gerar muitas discussões a respeito, deixarei minha opinião voltada ao lado jurídico, já que esta é minha área.
    O Conselho Federal de Psicologia proíbe a emissão de laudos psicológicos (apenas por psicólogos neste conselho inscritos) embasados apenas na ferramenta GRAFOLOGIA, no entanto a Justiça não proíbe e se quer condena, quando devidamente aplicada (veja decisão na integra da ação publicada recentemente).
    Alias neste sentido cumpre ressaltar que legalmente a utilização da ferramenta não está restrita aos inscritos no CFP ou a qualquer categoria profissional. Como advogada, especializada na área de RH posso dizer que sempre que indagada por meus clientes a respeito da utilização da grafologia ou de qualquer outra ferramenta que permita traçar uma analise de perfil comportamental, esta seja sempre muito bem trabalhada. Qualquer ferramenta utilizada de forma errada pode gerar danos, daí chove mesmo ações de indenização, hoje em dia muito comum na Justiça do Trabalho.
    Isso acontece quando o profissional mal preparado não sabe utilizar a ferramenta e/ou faz isso para si e não para o outro que se emprestou e no final nada levou (no caso da seleção coitado, nem o feedback nem a vaga).

    No âmbito da justiça do trabalho, a analise é mais profunda e os juízes e tribunais já vem pautando o que é legítimo, não pela ferramenta mas pela conduta de sua aplicação. Desta forma, vemos 3 aspectos judicialmente balizados na aplicação da seleção profissional com qualquer ferramenta.

    1. Transparência – o candidato deve saber que será submetido a um exame (seja físico, químico, psicológico entre outros).
    2. Anuência – o candidato deve estar de prévio acordo com a sua aplicação.
    3. Privacidade – o resultado deve ser mantido em sigilo e revelado apenas e tão somente as partes envolvidas (empresa e candidato).

    E o mesmo pode ser aplicado no T&D, treinamentos comportamentais dentro das empresas podem causar verdadeiras revoluções quando mal aplicados. É claro a pessoa se dispõe a cumprir o programa e muitas vezes pode acabar exposta e rotulada, não é pra menos a insatisfação, não é mesmo?!?

    Na minha opinião só faltou um complemento, que na verdade não precisa mesmo ser regulamentado por que é escolha e sabemos que a tomada de consciência não nasce só na lei (do contrário não teríamos leis que “não pegam”) que é dar o feedback corretamente, porque eu nunca vi uma pessoa satisfeita processar outra!
    Veja também artigo jurídico sobre o tema no site Migalhas.
    Parabéns ao editor pelo espaço, parabéns a autora pela colocação de temas alternativos como este que vem ganhando grande espaço no mercado, aos comentaristas que sempre enriquecem o tema, evitando distorções ou percepções próprias sobre a opinião dos demais!

  5. Psicólogo Marcelo Morandi · Editar

    Entrei agora em contato com o CRP 5ª região, aqui no Rio de Janeiro, e conversei sobre o tema que está em questão nesse artigo, apenas para confirmar certos pontos. E em conversa com funcionária do atendimento a psicólogos a resposta dada foi a que eu imaginava. A lei libera sim o trabalho de grafologia, porém com nós psicólogos funciona assim: nós podemos aplicá-la como ferramenta complementar em processos seletivos. Enquanto outros testes, em isolado, são capazes de fornecer traços da personalidade de um indivíduo, sempre amparados pela entrevista psicológica, a grafologia não é considerada pelo CFP um teste psicológico capaz de, sozinho, “diagnósticar” traços da personalidade da pessoa. Para a psicologia ele carece de fundamentação teórica e pesquisas empíricas que comprovem sua validade. Quero deixar claro que assim é como enxerga a área da psicologia, não afirmando com isso nenhuma verdade absoluta que deva ser estendida para outras áreas. Tanto que nenhuma informação avaliada na grafologia poderá constar de laudos psicológicos como resultados psicométricos da avaliação da pessoa. Exemplo: se um juiz de direito pede a um psicólogo um laudo que aponte o perfil psicológico de um detento, esse mesmo psicólogo jamais poderá traçar essas informações através do uso de grafologia e apresentá-las em laudos, isso porque, a nível de diagnóstico, essa não é considerada, por nós psicólogos, ferramenta de medição de personalidade teórica e tecnicamente fundamentada. Podemos sim aplicá-la como complemento para confirmar, ou não, aquilo que outros testes já apontaram. Porém seus achados não podem constar em laudos psicológicos. De qualquer forma, se não podemos questionar esses achados nos valendo da grafologia, por que usá-la então? Dispomos de tantos outros testes, aprovados pelo CFP, que a grafolofia se torna, pelo menos na área de seleção e avaliação diagnóstica, uma grande perda de tempo! De qualquer forma, não é só porque existe uma lei que libere seu uso que ela vai se tornar válida para todos os profissionais. A lei libera seu uso, mas não leva em consideração sua real validade. Esses deputados, com certeza, não devem ter feito uma avaliação de validade para liberar tal ferramenta. Pura politicagem.

    Enfim, muito boa toda essa discussão, pois só assim crescemos e aprendemos cada vez mais. Só devemos tomar cuidado para não entender uma crítica como uma agressão, como foi entendida pela autora Ines Cozzo, que discursou em sua resposta logo acima de forma defensiva e um pouquinho agressiva. Isso se percebe em alguns pontos, entre eles quando ela “debocha” do CFP quando diz que o mercado é bem maior que ele. Claro que é! Mas é ele quem direciona o trabalho ético dos psicólogos no país, e o direcionamento ético e moral deve ser maior que qualquer mercado de trabalho. Outro ponto é quando ela responde a uma comentarista dizendo: “Muitas outras ferramentas virão e já imagino que te desagradarão. Se ajuda, sinto muito por você.” Vamos lá pessoal, isso aqui é um site sério e de gente adulta, não é nenhum site de relacionamento de pessoas na fase da adolescência.

    Parabéns Odair Fantoni por nos proporcionar discussões tão saudáveis que enriquecem nossas ideias e direcionam nossas metas. Sinto-me muito feliz e honrado em fazer parte da equipe de colaboradores.

    Psicólogo Marcelo Morandi.

  6. Odair Rocha Fantoni · Editar

    Caros Leitores,

    Apenas com finalidade informativa, a RHevista RH esclarece que respeita a opinião de todos os seus colaboradores, parceiros e principalmente leitores, não sendo nossa função julgar este ou aquele pensamento. Pelo contrário, acreditamos que a diversidade de opinião é que leva ao crescimento em todas as áreas da vida.
    Neste contexto, queremos levar ao conhecimento de todos os Projetos de Lei 2781/08, do ex-deputado Walter Brito Neto, e 3733/08, da deputada Ana Arraes (PSB-PE), já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara do Deputados em 14/07/2010, que regulamenta o exercício profissional de grafologia.

    Link: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/744901.pdf

    Atenciosamente,

    Odair Fantoni

  7. Psicólogo Marcelo Morandi · Editar

    Opa, discordo da autora da matéria. Não quero questionar se ela usa ou não essa ferramenta. Apenas quero falar sobre dois pontos por ela colocados. Ela diz: “o mercado é maior que o CFP”. Isso não é novidade alguma, porém é o CFP que direciona os caminhos éticos pelos quais nós psicólogos devemos seguir. E esse mesmo CFP proíbe psicólogos utilizarem a grafologia como ferramenta que resulte em uma palavra final. Podemos, sim, nos valer da grafologia apenas como complemento de certas investigações. Porém, sob hipótese alguma podemos colocar resultados observados na grafologia em um laudo psicológico. O CFP não liberou, para nós psicólogos, essa ferramenta. Por isso discordo da autora quando ela afirma generalizando: “a Grafologia é uma das consideradas válidas e usuais.” Pelo menos para nós psicólogos ela não é considerada 100% válida. Ainda é muito questionada na nossa área. Não podemos assinar embaixo.

  8. Prezada Maria Clara,

    Me parece importante esclarecer alguns pontos sobre seu comentário; então, vamos à eles.

    Em primeiro lugar, não sou psicóloga. Estudei Psicologia. Há uma enorme diferença. Sou uma profissional especializada em Processos de Neuroaprendizagem, Neuropsicologia e Neurobusiness.

    Em segundo lugar, eu não utilizo a grafologia como ferramenta para nada. Apenas como colunista de uma sessão chamada “Abordagens Alternativas”, entendo como minha obrigação levar ao leitor da revista o que o mercado está fazendo e/ou validando. Para o melhor ou para o pior, o mercado é maior que o CFP, não é mesmo?

    Não cabe a mim indicar nem criticar. Apenas informar. Foi o que fiz no artigo. Sobre esta e muitas outras ferramentas, aliás. A do mês passado foi o Outdoor trainning. Muitas outras virão e já imagino que te desagradarão. Se ajuda, sinto muito por você.

    O fato é que algumas, hoje, ainda são consideradas ferramentas controversas, outras já são consideradas comuns e usuais. Diga-se de passagem, independentemente da nossa opinião, a Grafologia é uma das consideradas válidas e usuais.

    Concluindo: Eu não aponto direções; informo as que existem. Cada profissional segue a direção que lhe parecer melhor. O importante é a democracia; o exercício da pluralidade, você não acha? O que seria dos especialistas em testes psicológicos, se TODOS os empresários acreditassem que isso é coisa pra descobrir quem é doido e proibissem seu uso nas empresas? Seja como for, repito o que disse ao editor da revista: Que Deus nos livre do retorno à censura prévia. Como disse Simone de Beauvoir, Escritora francesa (1908-1986)

    “Que nada nos limite.
    Que nada nos defina.
    Que nada nos sujeite.
    Que a liberdade seja a nossa própria substância.”

    Paz e felicidade
    Inês Cozzo Olivares
    (11) 9942-4146 (para o caso de você desejar conversar a respeito…)

  9. maria lucia carneiro de souza lima · Editar

    A GRAFOLOGIA É UMA FERRAMENTA EFICAZ E DEVE SIM SER USADO . PRECISA ESPECIALIZAR MAIS PESSOAS ,

  10. COM TANTAS OUTRAS EXCELENTES FERRAMENTAS PARA SE FAZER PROCESSOS SELETIVOS E TREINAMENTOS, ME SURPREENDE UMA PROFISSIONAL QUE AINDA UTILIZA UMA TÉCNICA TÃO CONTROVÉRSA, INESPECÍFICA E AINDA MUITO CARENTE DE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. QUERO LEMBRAR QUE PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA SÃO PROIBÍDOS, POR ORDEM DO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, DE UTILIZAR GRAFOLOGIA COMO CRITÉRIOS DE ADMISSÃO EM PROCESSOS SELETIVOS. O CFP FEZ UMA REAVALIAÇÃO DE TESTES PSICOLÓGICOS, E A GRAFOLOGIA FOI TERMINANTEMENTE VEDADA. EXISTEM MUITOS OUTROS MÉTODOS E TESTES FÁCEIS E FIDEDIGNOS DE SE TRABALHAR, LIBERADOS PELO CFP. GRAFOLOGIA ATÉ PODE SER USADA EM TREINAMENTOS, MAS POR QUE SE VALER DE MÉTODOS COMPROVADAMENTE TÃO INCONSISTENTES??? PÉSSIMA DIREÇÃO APONTADA POR ESSA PROFISSIONAL.

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