Focada na orientação para o uso correto do plano de saúde, a consultoria Safecare reduz os gastos das empresas com assistência médica corporativa
O alto custo do plano de saúde corporativo está constantemente em análise dentro das grandes corporações, uma vez que representa o segundo maior gasto das companhias, atrás apenas da folha de pagamento. Diante de um cenário que exige melhor administração dos recursos financeiros, muitas empresas jogam pelo ‘ralo’ milhões de reais com a má gestão dos planos oferecidos como benefícios.
Além do desperdício financeiro, a empresa perde recursos com a falta de produtividade do colaborador, que muitas vezes precisa se ausentar de forma desnecessária para ir a uma consulta médica, com a carência de suporte nos procedimentos de internação hospitalar dos funcionários e até mesmo quando não têm programas estruturados para gerenciamento de grupos de risco, como diabéticos, hipertensos, obesos, entre outros, os quais costumam ser os usuários de maior custo para os planos de saúde.
Kátia de Boer, sócia-diretora da Safe Care, corretora especializada em saúde corporativa, explica que o uso inadequado do plano de saúde corporativo, que envolve, por exemplo, realização de exames repetitivos e desnecessários, idas excessivas a consultas médicas e hospitais, é o principal problema enfrentado pelas corporações.
A Safe Care, que administra 100 mil vidas e realiza mais de 600 mil atendimentos por ano, é um bom exemplo de gestão eficaz da assistência médica corporativa. Para detectar falhas no uso do benefício e garantir economia, a corretora criou um sistema integrado de gestão de saúde. Um dos principais resultados alcançados com o uso ferramenta foi detectar abusos na utilização do plano por parte de funcionários de uma empresa e consequentemente um elevado grau de absenteísmo.
Os colaboradores apresentavam de forma recorrente atestados de consulta particular na área de ortopedia, mesmo tendo o benefício saúde concedido pela corporação. Na auditoria feita pela Safecare foram identificados mais de 1.500 dias de atestados, gerando cerca de R$ 500 mil de prejuízo à empresa, provocado pela ausência do funcionário e, consequentemente, pela falta de produtividade.
A maioria dos casos era de funcionários que tentavam ‘ganhar’ períodos de descanso usando a rede médica particular. O problema foi resolvido graças ao trabalho da equipe médica da Safecare, que fez uma triagem dos casos, identificando as ocorrências que realmente eram verdadeiras e precisavam de acompanhamento de médico ortopedista e separando os casos que eram ‘fraudes’.
Dados do setor
Uma pesquisa da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), realizada entre maio e junho, em parceria com a ASAP (Aliança para Saúde Populacional), aponta que os custos com saúde cresceram acima da inflação dos últimos 12 meses para 81% das empresas do Brasil, sendo que em 55% o valor atingiu mais que o dobro da inflação e 83% das empresas acreditam que os custos não devem baixar.