Quando falamos de recrutamento executivo, para empresas de diversos portes e origens, para que os processos sejam realmente bem conduzidos, é fundamental que, cada vez mais, eles tenham o foco em resultados. Ou seja, que não sejam criados apenas para o preenchimento de determinada posição, mas que a contratação do profissional seja considerada em conjunto com o crescimento do negócio, tendo como objetivo o desenvolvimento do executivo de acordo com as suas entregas.
As empresas dirigidas a partir desse olhar fazem não só a avaliação do profissional considerando as atribuições, metas e resultados do executivo na posição inicial, como também avaliam o potencial de crescimento dele na organização, dando apoio integral às necessidades de desenvolvimento do novo líder. Um bom exemplo disso é o processo de seleção de gerente que não vise apenas a posição gerencial, mas uma futura integração em um plano de sucessão de diretores e até mesmo para a posição de presidente. Assim, as empresas brasileiras têm alinhado seus métodos de recrutamento em vários aspectos, fazendo com que sejam mais assertivos na contratação e na formação dos futuros líderes. Para que isso aconteça, todos os envolvidos no processo devem estar engajados e treinados de tal forma que possam, desde o primeiro contato e em todas as etapas que antecedem a contratação, observar o profissional não apenas na “vaga”, mas também avaliar o potencial do candidato a longo prazo e desenhar planos de desenvolvimento que apoiem o executivo em toda a trajetória na organização
Outra realidade nos processos das organizações brasileiras é a construção de programas de desenvolvimento de lideranças que correlacionam metas de melhoria de competências com resultados práticos de negócio, como rentabilidade, turnover/engajamento de equipe e atendimento ao cliente. São programas validados cientificamente através de pesquisas globais que avaliaram as principais competências de líderes de sucesso, e seus resultados, com base na máxima “os melhores líderes entregam os melhores resultados”.
Como os líderes não são criados a partir de uma mesma origem, eles podem se desenvolver, crescer e apresentar resultados ainda melhores. Quando a empresa consegue voltar esse olhar ao processo de recrutamento e alinhá-lo ao desenvolvimento desse líder recrutado, conseguimos com que ele, a cada nova missão, entregue resultados ainda melhores. Líderes mais eficientes são focados em aperfeiçoar suas fortalezas e não apenas em corrigir fraquezas. Como desenvolvimento não anda separado das responsabilidades diárias, as análises das atividades de um líder se constituem na base perfeita para o desenvolvimento.
Em algumas organizações as coisas vão acontecendo de forma sutil. As metas são entregues, os times produzem, e os resultados, no geral, vão bem. Mas, a chegada de um novo líder pode mudar tudo rapidamente para melhor, a partir do aumento do nível de energia de todos, do crescimento do orgulho de pertencimento, do crescimento do esforço e da dedicação dos profissionais, da definição de novas e mais ambiciosas metas, que rapidamente são aceitas por todos. O oposto também costuma acontecer em organizações que vão bem e, de repente, são surpreendidas com resultados que desabam após mudanças na gestão, começando pela saída dos principais talentos.
A verdade é que os executivos da área de Recursos Humanos estão cada vez mais engajados em acrescentar ao negócio resultados práticos e menos subjetivos. Em um cenário ideal, eles precisam construir organizações onde todos assumem responsabilidade para a obtenção de bons resultados, todos possuem um olhar pelo autodesenvolvimento, um ambiente onde as pessoas têm senso de propriedade e há pouco o que corrigir quando as coisas não saem como o planejado. Ou seja, a construção da cultura organizacional passa não apenas pela missão do CEO e do número um de Recursos Humanos, mas por todo o profissional que faz parte da organização.
Assim, na vanguarda de seus setores, empresas que estabelecem programas de desenvolvimento baseados em resultados, incrementam o negócio, através de mudanças de comportamento de seus principais executivos, os resultados, estando à frente em seus mercados, com entregas extraordinárias para seus acionistas.
Sobre o Autor:
Gustavo Costa é sócio-fundador da Unique Group Defining Leaders
