Os seniores podem, sim, ser inovadores, ágeis, criativos, e ainda lançar mão de sua experiência pessoal e profissional
Em “Um Senhor Estagiário” Robert De Niro interpreta Ben Whitaker, um aposentado que encontra sua chance de voltar à ativa no programa de estágio para seniores aberto por um e-commerce. Spoilers à parte, o filme revela de maneira sensível e bem-humorada que um profissional mais velho, aparentemente desconectado de um mercado de trabalho cada vez mais digital, ainda pode ter muito a oferecer e a ensinar aos mais jovens.
Na vida real não só temos muitos Ben Whitakers por aí como também empresas que estão se dando conta de que em seus programas de diversidade a inclusão dos mais maduros é fundamental.
“Visão sistêmica do negócio, paciência para negociar, capacidade para lidar com conflitos e prazos são algumas das características mais desenvolvidas nos profissionais 50+ e de extrema importância para empresas de qualquer segmento”, lembra Silvia Spessotto, especialista em RH e fundadora da consultoria Evolluir. “Os clientes podem ser de diversas etnias e ter condições socioeconômicas diferentes, mas todos possuem algo em comum: vão envelhecer. E quem melhor para compreender as necessidades e dores desse processo do que os profissionais seniores?”.
Além disso, com a crescente tendência de aumento da expectativa de vida, as empresas vêm percebendo que se não incluírem em seus projetos trabalhadores acima de 50 anos, em breve poderão enfrentar uma nova crise de mão de obra. No Brasil, o IBGE estima que a população acima de 60 anos, que atualmente é de 28 milhões de pessoas, dobre nas próximas décadas.
“Mas antes de se aventurar em um programa de inclusão para essa faixa etária a empresa deve se preparar: estudar sua cultura, pesquisar o tipo de profissional que precisa e analisar muito bem seu mercado consumidor e o ambiente de negócios como um todo”, alerta Silvia.
Para quem tem 55+ e está à procura de uma recolocação profissional, ou mesmo deseja empreender ou mudar de ramo, segue o conselho já cantado por Roberto Carlos: “não dê ouvidos à maldade alheia e creia”. Os mais velhos podem, sim, ser inovadores, ágeis e criativos e ainda lançar mão de sua experiência pessoal e profissional. Afinal, boa parte das startups ao redor do mundo é comandada por “jovens executivos de 45 anos”. E você sabe como é: de 45 anos para 60 é um pulo. Tudo passa rápido demais.
Sobre a Evolluir
A Evolluir surgiu para estimular o desenvolvimento de pessoas e de organizações. Sua fundadora, Silvia Spessotto, foi executiva de RH em grandes empresas, como Itaú, Grupo Santander, Natura, MetLife e Odebrecht. Em mais de 30 anos de carreira, Silvia acumula experiência na estruturação, direção e implantação de estratégias de RH, além de consistente vivência em processos de fusão, internacionalização, reestruturação organizacional e gestão da mudança. Saiba mais em: www.evolluir.com.br.