Durante muito tempo se afirmou categoricamente: Informação é poder. Algo que muitos acreditam sem questionar.
Ocorre que hoje em dia temos pontos críticos em relação a informação:
O que é, verdadeiramente, informação?
Qual é a relevância de determinada informação?
O que realmente se quer com determinada informação?
Para responder estas perguntas, temos que primeiramente compreender o contexto de hoje.
Estamos numa sociedade que brota informações por todos seus poros. Temos sites, jornais televisivos e na internet, temos rádio, temos boca a boca, temos redes sociais, temos blogs, enfim, todos parecem BERRAR informações o tempo todo.
O ponto onde penso ser o cerne desta gritaria é a fonte. A fonte da informação deve ser confiável. Se a fonte é confiável, geramos uma informação em cadeia, pois republicamos esta informação nas redes sociais, em blogs, etc. Se a dita fonte confiável errar, muitas pessoas erram e pior, como na internet as coisas publicadas se perpetuam, podemos ter erros publicados como verdades.
Vamos analisar então os pontos críticos:
O que é, verdadeiramente, informação?
Informação pode ser um emaranhado de coisas, mas se direcionada é algo dito sobre algo ou alguém, não é mesmo? Através das informações é que geramos nossos conceitos de certo e errado, opinamos sobre determinados assuntos, criamos nossas verdades.
Se é assim, é mais do que fundamental sabermos as fontes desta informação e principalmente termos um senso crítico daquilo que estamos recebendo como verdade. Lembre-se, a verdade para um pode não ser para outro.
Se você receber alguns dados informativos, processar perante suas verdades e concluir algo, ao retransmitir a sua conclusão você estará retransmitindo mais do que apenas informação, estará distribuindo opinião.
Fica a pergunta: Você gera informação ou opinião?
Neste ponto, se você gera opinião, você tem seguidores, certo? Se você gera informação, tem no máximo leitores, não é mesmo?
Qual é a relevância de determinada informação?
A relevância está intimamente ligada a quem recebe a informação. Para ser ou não relevante, necessita o interesse de quem busca a informação.
Uma informação sobre prazos suspensos num determinado tribunal será utilíssima para advogados, mas inútil ou desprezível para um pedreiro, por exemplo.
Se a relevância depende de quem recebe a informação, qual o papel de quem retransmite ou cria opinião sobre informações?
O de fazê-lo sob o prisma de um determinado assunto/tema/nicho, para que pessoas daquele tipo de interesse sejam seguidores ou leitores.
Você quer ter relevância? Opinie, expresse suas verdades em primeiro lugar. Tenha foco nas publicações e na informação prestada. Já é um excelente início.
O que realmente se quer com determinada informação?
Talvez a mais difícil das perguntas, não pela resposta em si, mas porque muitas pessoas não estão acostumadas a pensar no porque das coisas.
Vamos dar um exemplo hipotético: Uma informação dita pelo Willian Bonner no Jornal Nacional dizendo que determinado tipo de produto está esgotado ou em escassez. Temos uma mídia forte, com alta credibilidade entre a maioria da população dando uma informação que pode gerar corre corre em lojas para estocar um produto, frente a possível escassez… Uma informação bem colocada numa mídia de credibilidade gera mais mídia.
Neste mesmo exemplo dado, muitos retransmitirão esta notícia como sendo verdadeira, pois foi dada num canal com alta credibilidade. Ao fazerem isto, darão mais eco ainda a notícia.
Percebem o poder disto?
Enfim: Informação é poder?
Depende. Se a informação tem relevância, vem por canais de credibilidade e tem fins certos e determinados, mais do que poder, informação pode ser usada como manobra de massas.
Cuidado com o que escreve, diz, afirma ou conclui. Sua opinião com as informações erradas podem gerar um perfil de alguém fraco, fadado ao insucesso.
Quer o poder que a informação traz? Associe-se a credibilidade de informações precisas, com foco e opiniões suas e diretas.
Pense nisto e opine a respeito!
Sobre o autor:
Gustavo Rocha: Advogado Pós-Graduado em Direito Empresarial com mais de 10 anos de vivência no âmbito jurídico. Atuou como gerente de escritórios de advocacia por mais de 4 anos. Experiência nos estados do RS, SC, PR e SP. Presta exclusivamente consultoria nas áreas de gestão, tecnologia e qualidade para escritórios de advocacia, mantendo sua OAB atualizada como ferramenta de luta nos interesses da classe junto a OAB e Tribunais, através das comissões da OAB. Possui publicação em livro pela OAB/SC no livro OAB em Movimento, OAB editora, além de diversos artigos publicados em revistas e periódicos físicos e eletrônicos. Atua também como palestrante em diversos eventos nacionais e ministra treinamentos in company de gestão e tecnologia.
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