A segurança psicológica é o ato de gerar um ambiente de trabalho em que as pessoas se sintam confortáveis e seguras para serem elas mesmas.
A psicóloga e CEO da Eleve Consulting Shana Wajntraub ressalta que a segurança psicológica, diz respeito a um ambiente organizacional onde as pessoas se sentem confortáveis para falarem as suas opiniões, compartilharem experiências e ideias sem serem tolhidos ou retaliados.
Qual a vantagem?
A segurança psicológica no trabalho é o principal alicerce das equipes de alto desempenho, e não é um fim em si; na verdade, é o ingrediente necessário que permite que uma equipe aprenda. E quando uma equipe é capaz de aprender, seu desempenho continuará melhorando.
Como medir a segurança psicológica no trabalho?
Os recursos mais utilizados para aferir o nível de percepção dos colaboradores quanto a segurança psicológica seriam pesquisas e feedbacks. A área de Gestão de Pessoas pode, portanto, rodar um questionário com algumas perguntas que visam analisar esse aspecto dentro da organização.
Confira algumas ideias de perguntas que podem ser feitas e ajustadas a cada realidade organizacional:
- Você se sente confortável para expor ideias e fazer perguntas, mesmo que possam lhe parecer “bobas”, frente aos outros colaboradores?
- Você se sente à vontade para colocar a sua opinião em uma reunião, mesmo que ela seja diferente do que todos estão falando?
- Você acredita que seja seguro assumir riscos e inovar no dia a dia?
- Se você cometer um erro, sente que será julgado ou diminuído?
- Você se sente confortável para pedir ajuda, seja para o seu líder ou outros membros da equipe?
- Você sente que outros colaboradores poderiam sabotá-lo de alguma forma?
- Você e os membros do seu time se tratam com respeito?
- Você sente que os colaboradores rejeitam pessoas que possam ser consideradas “diferentes”?
- O papel dos líderes na manutenção da segurança psicológica?
- O perfil de liderança existente na organização também pode ter um impacto importante quando o assunto é criar um ambiente com segurança psicológica.
Nos perfis existentes de líderes podemos entender que quanto maior a liberdade que um colaborador terá, maior será a sensação de liberdade para expor o que ele pensa. Um líder autocrático, por exemplo, é aquele que toma todas as decisões, centraliza informações e o time simplesmente segue o seu comando.
Assim, nesse modelo de liderança, as pessoas têm menos espaço para contribuir com ideias e, muitas vezes, nem se sentem à vontade para falar. Um líder democrático incentiva a participação de todos os membros da equipe, estimulando que compartilhem ideias, problemas e sejam criativos o tempo todo.
“Com essas 2 definições já é possível prever com qual dos 2 perfis o colaborador se sentirá mais seguro para falar, com certeza a liderança que exerce a sua função com maior participação da equipe.” finaliza Shana Wajntraub.
Mais Sobre Shana Wajntraub:
Entusiasta da educação e do desenvolvimento humano. Capacita pessoas em Comunicação Corporativa, Negociação, Inteligência Emocional, Produtividade, Construção de times e Liderança nas 70 das 100 maiores empresas do Brasil.
Psicóloga, Neurocientista, com MBA em Gestão de Pessoas, Mestranda em comunicação, análise do comportamento e credibilidade pela MMU no Reino Unido. (Paul Ekman)
Atua há mais de 20 anos no Brasil e em países da América Latina, tendo capacitado mais de 500 mil pessoas.
Curadora e Mentora dos palestrantes do Tedx Speaker Campo Grande, além de ter sido TedxSpeaker.
Possui mais de 10 formações em temas comportamentais.
Co-autora de 3 livros: Bolsa Blindada 2, Segredos do Sucesso I e Segredos do Sucesso II.