Administrar Pessoas

Celso Gagliardo
Celso Gagliardo

Existem empresas onde a gestão de pessoas ainda segue como nau sem rumo, vai ao sabor das emoções do dirigente maior, ora paternalista, ora excessivamente duro ou tirano.

À medida que as organizações crescem vão surgindo lideranças intermediárias, chamadas Líderes, Encarregados, Supervisores, Coordenadores, Facilitadores, etc. São gestores, com delegação informal ou formal do acionista para administrar e, como tal, atingir resultados, cumprir metas.

Para isso, o gestor recebe os recursos – financeiros, de materiais, de máquinas e equipamentos, de métodos e processos e também de mão-de-obra. O gerenciamento ótimo de todos esses recursos leva ao atingimento de resultados, que faz o negócio prosperar, reinvestir, e assim gerar ainda mais riquezas.

Nenhum gestor vai ter sucesso se cuidar muito bem somente dos aspectos técnicos, das máquinas, de como fazer (processos e procedimentos) e dos materiais.

Ao mesmo tempo em que tanto se fala que gente é o grande diferencial, ou o grande patrimônio das organizações, muito se vê de força de trabalho mal administrada, que não recebe os “in puts” necessários para melhorar a performance ou a integração, ou para alavancar as mudanças necessárias num mundo competitivo e nada estático.

Temos dito que o sucesso da supervisão moderna está na sua capacidade de lidar com pessoas, de ter paciência para relacionar-se bem, ter inteligência emocional para colocar-se no lugar do outro, refletir sobre como abordar quaisquer assuntos com habilidade, transparência, cuidado e convencimento.

Na correria do dia-a-dia o foco maior vai para a técnica e o fazer, esquece-se da atenção ao “recurso” humano não apenas pela falta de tempo, mas também porque essa tarefa não é agradável para muitos que, assim, preferem investir onde não exista o subjetivismo do ser humano, e assim fugindo das diferenças individuais, dos estados da motivação, das suscetibilidades e questiúnculas pessoais.

Por isso é que reafirmamos que nas posições de comando precisamos de gente que goste de gente. Pessoas focadas na melhoria do ser humano, que possam servir de mestre, facilitador, multiplicador de conhecimentos e modificador de comportamentos. Tarefas indelegáveis que o gestor tem que assumir enquanto precisar de pessoas na sua equipe. Afinal, ele vai ser avaliado pelo resultado do trabalho delas!

Atualmente uma das competências mais apreciadas nos ocupantes de cargos de comando é o perfil didático de bom comunicador, aquele que dissemina conhecimentos e faz times vencedores. 

 

Sobre o autor:

Celso Gagliardo é profissional de Recursos Humanos e Comunicações, graduado em Direito e especializado em Recursos Humanos, habilitado consultor de Pequenas e Médias Empresas. Prestou serviços como técnico, executivo e consultor em várias empresas nacionais. Foi redator de jornal, é palestrante e treinador. Fundador e membro de Grupos de Recursos Humanos (atual CEPRHA), e diretor da PH – Patrimônio Humano, Consultoria e Serviços. Atualmente é gestor corporativo de RH do Grupo Estrutural.

e-mail: gagliardo@vivax.com.br

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