Um dos mais atuais temas de gestão é a agilidade.
Há inúmeros livros recentes sobre o tema em todo o mundo e um dos que mais gostei é o de Stephen Denning chamado “The Age of Agile – Como empresas inteligentes estão transformando a forma de como o trabalho é feito”, publicado em edição especial em fevereiro de 2018 e até esta data não traduzido para o português no Brasil.
Neste livro, Denning relata experiências de empresas que conseguiram resultados espetaculares em tempo recorde através de times ágeis, focados em apresentar soluções simples e criativas.
O livro descreve dez práticas comuns dos times ágeis nas empresas:
- O trabalho é dividido em pequenos lotes;
- Os times são pequenos e multifuncionais;
- Poucas tarefas de cada vez;
- Os times têm muita autonomia;
- Dividem a tarefa em ciclos e vão até o fim de cada ciclo;
- Os times trabalham sem serem interrompidos;
- Fazem reuniões rápidas diárias de avaliação;
- Transparência total;
- Obtém feedback dos clientes interessados a cada ciclo;
- Fazem revisões constantes.
Em novembro de 2016 em um dos principais congressos de gestão do mundo – o Drucker Forum em Viena, Áustria – o conceito de agilidade surge a partir de Julian Birkinshaw, professor de Estratégia e Empreendedorismo na London Business School e diretor do Instituto Deloitte de Inovação e Empreendedorismo, quando ele declarou, provocativamente, que estamos vivendo na “Era da Agilidade”. Nesse congresso, foi muito discutido o conceito de adhocracia ou adocracia (que vem de Ad Hoc em latim que quer dizer “temporário”, “para o momento”) – termo cunhado por Warren Benis e usado por Alvin Toffler como um “sistema variável temporário e adaptativo, organizado em torno de problemas que podem ser resolvidos por um grupo de pessoas com habilidade e profissões diversas e complementares” em contraposição a um sistema baseado em hierarquia e departamentalização das empresas. Assim, Adocracia é uma forma não hierárquica de organização focada em capturar oportunidades, resolver problemas e obter resultados de forma rápida e eficaz.
Assim, vários termos da moda em administração – Adocracia, Agilidade e “Design Thinking” fazem parte da mesma família, juntamente com o pensamento “Lean Startup”.
Esses termos todos querem chamar a atenção para o tempo em que a empresa deve ser leve, ágil, trabalhar como se fosse uma “startup”, como pouca burocracia e muito foco em resultados através do desenvolvimento de inovações simples, frugais e de alto impacto no mercado.
O que hoje se discute é que temos que ir além da era da informação e do conhecimento teórico para algo que poderíamos chamar de “uma era ágil” – diminuir drasticamente a burocracia; ir além da própria adocracia, quando discutimos muito e agimos pouco; além da meritocracia, que muitas vezes é voltada para premiar boas ideias – e partimos para a AÇÃO, para fazer as coisas acontecerem de fato e com a velocidade que o nosso tempo exige.
Para que isso seja possível temos que formar, em nossas empresas, times pequenos, ágeis, multidisciplinares que possam focar num tema específico e com muita liberdade e recursos para que possam propor soluções inovadoras.
Essa é a base da Era da Agilidade, onde só os mais ágeis vencerão.
Pense nisso. Sucesso!
Sobre o Autor:
Prof. Luiz Marins: Antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior, o Prof. Marins tem 25 livros (também disponível em vários países da América Latina e Europa) e mais de 300 vídeos e DVDs publicados; Empresário de sucesso nos ramos de agronegócio, educação, comunicação e marketing. Seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência no Brasil. Segundo a imprensa especializada e consultorias, o Prof. Marins está entre os mais requisitados palestrantes do país.
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