A importância do vínculo com sua equipe

Renato Lopes
Renato Lopes

Um dos principais pilares da relação entre o líder e sua equipe é o vínculo que existe entre eles. Sem vínculo não existe confiança, sinergia, troca. Portanto, se você, líder, quer que sua equipe realmente te siga, aconselho a pensar no que iremos falar nos próximos parágrafos.

Muitos líderes confundem as atitudes de sua equipe, acreditando que eles realmente têm um vínculo, quando na verdade o que existe é uma conveniência. É o caso do colaborador que até te obedece, mesmo estando contrariado ou com receio de discordar de você. Apesar do estímulo cada dia maior à liberdade de pensamento e criatividade dos colaboradores, muitos deles preferem obedecer por comodismo, falta de estímulo (seja ele motivacional ou financeiro) ou, dependendo da geração que esse colaborador pertencer, até pela ideia da hierarquia piramidal que ele faz questão de “respeitar”. Mas acredite: esse tipo de liderança é um castelo de areia, onde sua destruição é apenas questão de tempo.

Por mais que muitos discordem, acredito que a falta de vínculo é responsabilidade do líder, afinal, ele é o responsável por fazer com que todos estejam no mesmo barco e seguindo o mesmo rumo. Mas, como fazer para fomentar esse vínculo entre você e sua equipe?

O primeiro passo para isso é colocar-se ao lado da equipe – nem acima, nem abaixo –, mostrando que não há nada mandatório, mas sim colaborativo. Escute sua equipe e compartilhe informações. A discussão deve ser saudável e construtiva para que o líder também possa aprender, afinal, o vínculo é uma construção diária.

Um segundo passo é colocar-se como mediador ao invés de porta voz da equipe. Isso faz toda a diferença.

Mas o desafio não termina aqui. Após criado o vínculo, o líder deve lançar mão de algumas ferramentas para manter esse pilar vivo.

Uma dessas ferramentas é cumprir os acordos firmados, sejam eles de convivência ou de trabalho. Esses acordos irão nortear o dia a dia da equipe e revitalizar o vínculo, sendo que a própria equipe pode se auto-observar para que os acordos sejam cumpridos. É óbvio que essas regras são mais fortes para o líder, já que ele deve dar o exemplo, mas o que mantém o vínculo vivo é a confiança que, uma vez quebrada, dificilmente se reconstrói. Por isso dentro das regras deve haver sempre a verdade acima de tudo, pois a equipe e o líder devem estar juntos nos acertos e nos erros.

É fato que o líder precisa ter empatia, mas isso nem sempre é fácil ou se consegue criar. Aqui, uma dica valiosa é trazer a equipe para soluções democráticas, ou seja, colocar na mesa os problemas e deixar que a equipe traga as soluções. O papel do líder nesse caso é ser um mediador para que a equipe não fuja do objetivo. E uma dica fundamental: nunca fale na primeira pessoa. Quando se está em equipe, sempre fale NÓS e nunca EU. Essa é uma das ações mais comuns em que os líderes se boicotam.

Apesar de trabalhoso, criar um vínculo com sua equipe traz benefícios a longo prazo, como o autogerenciamento. Dessa maneira, cabe ao líder apenas estar próximo como apoiador de necessidades e de bem-estar, não focado na tarefa em si, pois é isso que você, como líder, precisa: saber sobre o andamento e o status dos projetos e tarefas para ter tempo de se concentrar nos afazeres estratégicos.

Sobre o autor:

Renato Lopes, é Gestor da área de TI e acredita que a humanização dessa área é a chave para conquistar equipes de alta performance e auto gerenciáveis. Palestrante e Professor Universitário, Renato busca compartilhar técnicas e soluções para formar times vencedores e entusiastas, buscando a qualidade de vida junto à satisfação do trabalho. 

site: www.renatolopespalestrante.com.br

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