Cercado de lendas e curiosidades, o mundo mágico do circo desperta nas pessoas o sublime da fantasia, mesmo com desencontros dos pesquisadores sobre o início da atividade circense, o que chama a atenção é a similaridade com o ambiente corporativo.
Na Era do imperador chinês Wu (220-206 Ac.), um torneio de treinamento de combate chamado Pai-Hsi, juntou tantas apresentações acrobáticas surpreendentes que o imperador decidiu que, a partir dali, todos os anos, seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua. De ano a ano, os programas foram enriquecidos com novos números: equilíbrio na corda bamba, jogo de pelota (futebol <http://eureca.no.sapo.pt/futebol.htm>), dança da espada, magia, engolir fogo e inúmeras outras ainda hoje apresentadas em espetáculos circenses.
Partindo das necessidades de treinamento para a guerra e a motivação para lutar dos soldados chineses, criou-se uma estruturação de trabalho com os talentos da época que, ao longo do tempo, transformou-se em um empreendimento lucrativo, com a missão de entreter e oferecer momentos de alegria para as pessoas – o circo.
As empresas, finalmente, compreenderam que para ter sucesso não basta desenvolver bons produtos ou serviços e satisfazer as necessidades dos clientes. Está muito claro que, o retorno do investimento nas pessoas, pela dualidade do treinamento e motivação, será a construção de uma base sólida para o resultado sustentável do negócio, sempre lembrando da importância do papel do líder em buscar a pessoa certa para o lugar certo, facilitando e incentivando o profissional para colocar em prática suas características e pontos fortes a trabalho do bom resultado, e conseqüentemente a fidelização e o encantamento do cliente.
Para chegar a esse resultado é necessário um bom lideramento. A palavra LIDERAMENTO é a junção das palavras: liderança e gerenciamento. É comum, ainda haver confusão no entendimento da diferença entre liderar e gerenciar, no cenário empresarial.
Equivocadamente alguns profissionais compreendem que, gerenciar e liderar são sinônimos da ação de liderança. Porém existe uma enorme diferença entre essas duas ações. A ação de gerenciar está intimamente ligada aos processos, sistemas, cronogramas, tarefas, metas e projetos, ou seja, gerenciamos coisas. Mas a ação de liderança está atada às pessoas, ou seja, lideramos pessoas. De uma forma simples podemos explicar que a diferença é que: gerenciamos coisa e lideramos pessoas.
Se observarmos cuidadosamente a gestão e os artistas de um circo, veremos que a prática do lideramento está intrínseca no seu dia-a-dia, oferecendo diversas lições para nossa reflexão. Vejamos:
- Contorcionista, com sua flexibilidade, demonstra as diversas possibilidades humanas de transformar e adaptar-se às mudanças, constantemente exigidas pelo mercado;
- Domador, com suas técnicas de treinamento, traduz a importância do elogio e do feedback, para um bom desenvolvimento e desempenho de uma equipe. O tratamento carinhoso, atencioso e participativo com as pessoas, constrói a base da conquista respeitosa de um verdadeiro líder;
- Equilibrista e o trapezista, com suas habilidades de controle, orientam para os cuidados no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, para a qualidade de vida e a importância de manter claro o foco para o sucesso;
- Mágico, com suas habilidades de inovação, coloca a serviço do resultado toda sua criatividade e genialidade, para diferenciar e aumentar a competitividade da empresa no mercado globalizado;
- Palhaço, com seu contagiante entusiasmo, oferece a mensagem de que as pessoas podem rir de tudo: rir da sua situação atual, rir dos erros e principalmente rir de si mesmos. Com alegria no coração fica mais fácil construir a harmonia e o engajamento dos colaboradores para a missão e visão da empresa.
Incontestavelmente o Cirque du Soleil, companhia canadense que hoje é um ícone de sucesso no mundo corporativo, conseguiu multiplicar seu faturamento por 22 em dez anos, combinando arte com práticas avançadas de lideramento, obtendo um faturamento anual de US$ 600 milhões e despertando o interesse das universidades, como a Harvard Business School e a Insead, para ser estudada, em sala de aula, na tentativa de descobrir o segredo desse negócio único no mundo.
Investir nas pessoas e no lideramento de sua empresa poderá fazer muita diferença no resultado final de cada mês. Está errado pensar que o colaborador que acabou de ser treinado poderá debandar para o concorrente, e por isso sua empresa, algumas vezes, desiste de investir em treinamento, motivação e liderança. A decisão é sua: você pode escolher correr o risco de ter colaboradores treinados e motivados em sua empresa, ou ter a conseqüência de ficar com profissionais despreparados, desqualificados e desmotivados. Qual será a sua decisão de lideramento?
Faça, Aconteça e Mereça.
Sobre o autor:
Jefferson Leonardo é Graduado em Administração de Empresas, Pós-Graduado em Recursos Humanos pela USM-SP, Mestrado em Engenharia de Produção pela UFSM-RS, é Educador Universitário de Graduação, Pós-Graduação e MBA em SP e RS, Autor de vídeo motivacional, Diretor-Sócio da INOVATIVA Consultoria, Vice Presidente de Expansão e Conselheiro da ABRH-RS, Conferencista e palestrante. É escritor do livro “Fazer Acontecer e Fazer por Merecer”
site: : www.jeffersonleonardo.com.br
e-mail: jleonardo@gramadosite.com.br