“Um homem de bom senso saberá criar melhores oportunidades do que aquelas que se lhe deparam.”
(Francis Bacon)
O bom senso é a peça fundamental em qualquer tomada de decisão. Quando se tem bom senso, o administrador realiza análise de diversas variáveis, tanto internas quanto externas, antes da tomada de decisão, visualizando e ponderando importantes variáveis; assim, além de deter maior controle sobre a situação vivida, possui maior chance de realizar uma tomada de decisão acertada.
Insta manifestar que, como no mundo dos negócios a vida não permite ensaios, torna-se de suma importância que o administrador tenha bom senso antes de agir, pois é sabido que toda e qualquer tomada de decisão poderá contribuir tanto para a ascensão, quanto para a submersão de qualquer empresa; portanto, toda cautela, serenidade e ponderação devem ser levadas em conta.
É importante tratar toda e qualquer tomada de decisão com o cuidado devido, e o bom senso faz parte deste cuidado, uma vez que, além de agregar valor, contribui no que tange ao alcance da eficiência e eficácia no resultado.
Sob esta ótica, é importante afirmar que, quando se tem bom senso, o administrador possui sólidos princípios, além de uma capacidade de agir baseada não somente nos conhecimentos, mas de agir de forma a avaliar a situação vivida levando em consideração valores éticos, com bastante inteligência, ponderação, sensatez, juízo claro, verdade, confiança, responsabilidade, discrição, cautela e serenidade, o que o permite enfrentar o mercado com bastante “pulso”, direcionando a empresa rumo ao sucesso.
É nesta vertente que hoje o mercado exige que o gestor não somente seja um grande líder. Além de saber liderar, deverá saber lidar com pessoas. Saber conviver e se relacionar com as pessoas é fator sine qua non no mundo dos negócios. Sabemos que cada ser humano é único, com culturas, valores e princípios diferenciados, que devem ser respeitados.
Neste diapasão ponderamos, por oportuno, dizer que quando se tem respeito verifica-se que se tem nitidamente conhecimento de seus limites e assim não há invasão dos limites de outrem.
Contudo, devemos observar que uma boa convivência exige que tenhamos, além do respeito pelo outro, uma boa educação, muita paciência, empatia, ética e muito bom senso em tudo o que nos propusermos a fazer.
No contexto mercadológico torna-se de fundamental importância perceber que a falta de bom senso na tomada de decisão poderá levar a empresa a um verdadeiro caos. Sem bom senso, o gestor analisará os fatos de “olhos vendados”, sem fazer uma investigação detalhada e profunda dos mesmos e, por conseqüência, sem “medir” e/ou “pesar” cada fato de forma devida. De “olhos vendados” ele agirá sem estudar e sem avaliar os prós e os contras de cada caso, o que o impedirá de enxergar os problemas e/ou fatos de forma segmentada, dimensionando suas consequências em todos os envolvidos, o que, além de dificultar e muito uma tomada de decisão acertada, comprometerá a sua integridade.
Vê-se, portanto, que na falta do bom senso, o gestor preocupa somente em levar vantagens em toda e qualquer situação, não se interessando, não se incomodando e/ou não se preocupando se sua decisão prejudicará em demasia o outro e/ou até mesmo a própria empresa.
Em meio ao mercado em que vivemos, altamente competitivo e exigente, atitude e comportamento constituem dois grandes pilares que dão sustentação a qualquer profissional no mercado. O que se observa é que, quando há falta de bom senso, o gestor parece não enxergar, não se preocupar e não considerar tais pilares, o que poderá ser considerado um agravante certeiro em sua carreira profissional.
Por esta razão, o gestor será sempre muito visível, além de visado. Valores morais e princípios de conduta dos gestores são vistos com “binóculos” por toda a “platéia”; portanto, toda cautela é pouca, pois a mais ínfima falha poderá ser fatal, comprometendo não somente sua vida profissional, mas a vida organizacional.
Neste sentido, preocupar-se em agir com muito bom senso, permeado sempre pela conduta ética, torna-se de suma importância, pois o bom senso poderá ser considerado a mola propulsora que o conduzirá a grandes subidas.
Por fim, percebe-se claramente que o gestor que possui bom senso, além de ser um profissional bastante reconhecido – e, por consequência, valorizado – é recheado de equilíbrio, além de ser conhecedor de seus limites. Ele sabe aonde quer chegar, por isso é centrado e procura manter sempre o foco em direção ao alvo a ser perseguido. Ele sabe que “estrada” trilhar e quais as ferramentas e estratégias utilizar. Assim, este profissional com bom senso, só tende a ganhar.
Sobre a autora:
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG.
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e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br