São Paulo, Setembro/2017 – Diante da dificuldade em contratar aprendizes, empresas de São Paulo encontram no Camp Oeste uma excelente opção para cumprir a cota legal determinada pelo governo.
Para entender um pouco mais sobre a atuação do Camp Oeste, e como esta entidade pode auxiliar as empresas, a RHevista RH esteve em sua sede, onde, conversou com seu atual presidente, Sr. Roberto Uria Mendèz.
Com sede no bairro da Lapa, o Camp Oeste, segundo Mendéz, tem como objetivo a promoção e a valorização da pessoa humana, por intermédio de sua missão de investir na cidadania e fortalecer a pessoa e a comunidade.
Fundada em 1983, a entidade sem fins lucrativos Centro de Assistência e Motivação de Pessoas – Camp Oeste é administrada por membros do Rotary Club São Paulo Sumaré, Oeste e Lapa.
Durante os 33 anos de existência do Camp Oeste mais de 23 mil jovens de baixa renda foram atendidos, os quais receberam formação básica e ampliaram as possibilidades de inserção no mercado de trabalho.
Mendéz explica que “este tipo de aprendizagem contextualizada cria oportunidades tanto para o aprendiz quanto para as empresas, pois capacita o jovem para desempenhar atividades profissionais e desenvolve nele o discernimento necessário para lidar com diferentes situações no mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, permite às empresas formarem mão de obra qualificada, cada vez mais necessária em um cenário econômico em permanente evolução tecnológica”.
Vejamos outros pontos abordados durante a entrevista:
RHevista RH – Hoje em dia, quais cursos o Camp Oeste oferece para os jovens desassistidos e quais os requisitos para o curso?
Roberto Uria Mendéz – São três os pilares da atuação da instituição: formação básica para o mundo do trabalho e programa jovem aprendiz. Nossa instituição tem prioridade por encaminhar os jovens que fizeram o curso básico, a fim de acompanhar sua evolução desde antes do mercado de trabalho. Para ingressar na formação básica, o jovem deve ter de 15 á 17 anos e 11 meses e estar cursando ou já ter concluído o ensino médio. O programa de aprendizagem contempla áreas como mecânica, estoque, administrativo e contabilidade. Esse programa é exclusivo para os jovens que estão nas empresas.
RHevista RH – Como o jovem fica sabendo do trabalho da instituição?
Roberto Uria Mendéz – Além da divulgação feita por ex-alunos e boca-a-boca, há pouco mais de 2 anos a instituição está mais ativa nas mídias sociais (facebook, instagram, youtube). A porta de entrada para a instituição é a formação básica para o mundo do trabalho, que abre inscrições para turmas trimestrais em datas específicas.
RHevista RH – Após a formação básica, quando o jovem já está empregado, como funciona esse processo?
Roberto Uria Mendéz – Após a formação básica, o perfil do jovem fica disponível em nosso banco de dados. Eles são encaminhados para as empresas de acordo com o perfil, localização e disponibilidade e, existem duas modalidades de contratação: 4 ou 6 horas. Quando o jovem é absorvido pela empresa, segundo a lei da aprendizagem, ele deve fazer 4 dias de atividades práticas na empresa e um dia de atividade teórica na instituição formadora, no caso, Camp Oeste.
O contrato do jovem aprendiz deve ter duração máxima de 11 meses, se contratado com jornada de 6 horas diária ou, 15 meses, se contratado com jornada de 4 horas diária. Em ambos os casos, não existe a possibilidade de prorrogação do contrato.
RHevista RH – E qual é o impacto dessa formação na vida do jovem? Impacta também a família?
Roberto Uria Mendéz – O Camp Oeste objetiva investir na cidadania, fortalecendo a pessoa e a comunidade. Com este princípio, vê na empregabilidade uma forma de transformação social, gerando no jovem uma nova perspectiva de vida que reflete no meio em que vive. Diretamente, o programa, em 2016, beneficiou 1044 jovens. Porém, através de um simples exercício matemático, multiplicando a quantidade de beneficiários diretos pela quantidade estimada básica de 5 pessoas por família (pai, mãe, irmãos) teremos, aproximadamente, 5.220 pessoas atendidas indiretamente, gerando um grande impacto social na comunidade em que o jovem está inserido, uma vez que, passam a ser exemplo na comunidade que vivem, sendo agente multiplicador do conhecimento adquirido no programa.
RHevista RH – Existe mais unidades do Camp Oeste? Se sim, onde estão localizadas?
Roberto Uria Mendéz – Sim. Existem diversos Camp’s espalhados por São Paulo. Mas cada um tem uma administração distinta. Hoje, o Camp Oeste, que está sob tutela dos Rotary Clubes Lapa, Oeste e Sumaré, conta com duas unidades. A sede que está localizado no bairro da Lapa em São Paulo – SP e, outra unidade que está localizada na cidade de Guarulhos – SP.
RHevista RH – O Sr. Tem algum recado para os jovens?
Roberto Uria Mendéz – Que mundo seria este sem a juventude? Sem a jovialidade das pessoas e das coisas? Seria um planeta calado, surdo e quieto!
São os jovens que praticam a mudança, que dão o exemplo ao presente através dos seus ideais de futuro. É na juventude que qualquer nada vira razão, que todo pouco cresce até ao infinito da existência. Jovens, o melhor que o mundo tem!
O mercado de trabalho cada vez mais busca por candidatos preparados e habilitados para assumir cargos aos quais desenvolvam suas habilidades na organização e, o Camp Oeste é um trampolim para o início, mas a busca incessante pelo conhecimento é individual e contínua.
O Desenvolvimento Pessoal é a qualidade da renovação. É ela que nos possibilita crescer, fazendo-nos sentir mais eficientes, nos dá autoconfiança, nos possibilita administrar e planejar melhor a nossa vida pessoal e, consequentemente, a vida profissional.
Eloísa Fagundes para RHevista RH
Serviço:
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