Segundo o dicionário etimológico – dicionarioetimologico.com.br – A palavra tragédia vem do grego tragoedia, sendo tragos, bode, e oidé, ode, canção. Ou seja; tragédia é a canção do bode! Na Grécia antiga, quando se celebravam heróis e deuses como Dionísio, antes da costumeira representação de peças de autores famosos, exibiam-se cantores que usavam os pés de cabra ou bode, tal como se imaginava fossem as divindades que habitavam os bosques. Nessas cerimônias em honra ao deus, além das vestimentas de aspecto caprino, o canto era acompanhado pelo sacrifício de um bode.
Mas por que isso? Porque, como o bode devastava as videiras, seria também inimigo de Dionísio, o deus grego do vinho, e, por conseguinte, deveria ser sacrificado.
Entre nós, modernos, a palavra tragédia tornou-se uma aplicação costumeira para designar um acontecimento doloroso, catastrófico, acompanhado de muitas vítimas”.
Assistimos há poucas semanas uma tragédia em Brumadinho, MG, dado ao rompimento de uma barragem.
Mas além da origem da palavra, de onde vêm as tragédias?
Segundo estudiosos de análise de riscos, boa parte das tragédias como a que assistimos há pouco, vêm da falta de planejamento, da falta de cuidado, da falta de manutenção, da desculpa da falta de recursos, da falta de pessoas qualificadas, da falta de punição quando ocorrem e, acima de tudo, da falta de respeito com as pessoas e, principalmente, da falta de vergonha dos que deveriam cumprir seu dever e não cumprem.
Sempre que tragédias ocorrem sobram explicações e falta vergonha a quem deveria assumir total responsabilidade pelas vidas perdidas que não voltam mais; pelos danos ambientais irreversíveis; pela história representada em patrimônios devastados tanto das pessoas quanto históricos de uma nação. É sempre assim.
É claro que há tragédias causadas pela força da natureza. Dessas devemos nos proteger sempre que possível.
A indignação, porém, se dá com tragédias causadas pelo descaso humano, pelo descumprimento do dever, pela ausência de responsabilidade e da total impunidade aos responsáveis.
A pergunta que fica é: qual será o próximo bode?
Pense nisso?
Sobre o Autor:
Prof. Luiz Marins: Antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior, o Prof. Marins tem 25 livros (também disponível em vários países da América Latina e Europa) e mais de 300 vídeos e DVDs publicados; Empresário de sucesso nos ramos de agronegócio, educação, comunicação e marketing. Seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência no Brasil. Segundo a imprensa especializada e consultorias, o Prof. Marins está entre os mais requisitados palestrantes do país.
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PENSE NISSO:
- Você e sua empresa têm consciência dos riscos que estão correndo?
- Você e sua empresa fazem constantes estudos e análises de riscos e tomam medidas sérias para evitar uma tragédia?
- Você e sua empresa correm riscos desnecessários, acreditando na sorte ou nas baixas probabilidades?
- Você cuida da sua segurança e de seus colegas de trabalho?
- Você utiliza os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e denuncia a falta do uso por seus colegas?