Indicadores são informações quantitativas, úteis para a tomada de decisões.
Indicadores medem e avaliam aspectos principais de processos e produtos e permitem mostrar a trajetória dos resultados através do tempo.
Podem ser utilizados para avaliar, controlar e aperfeiçoar,mas, para serem eficientes, precisam ser analisados com periodicidade.
Quando falamos sobre gestão estratégica de benefícios percebemos que levantar, analisar e acompanhar indicadores não faz parte da realidade da maioria das empresas. Indicadores de produção e financeiros são imprescindíveis, mas, em benefícios, não são vistos como prioridade.
A rotina geralmente absorve as áreas de RH de tal maneira que não sobra tempo algum para uma análise mais profunda do momento em que estão vivendo, nem tão pouco para se construir cenários futuros ou promover ajustes.
O dia a dia passa a ser marcado por uma série de processos muitas vezes sem sentido e a gestão se torna puramente intuitiva.
Onde você pensa que vai chegar assim?
Com uma boa dose de sorte será possível manter os processos sob controle e até obter ótimos resultados por algum tempo, mas, não se engane. O seu campo de visão é limitado e dificuldades aparecerão em breve. Nesse tipo de gestão a prioridade é dar cabo dos problemas que vão surgindo e torcer para que eles estejam sob controle.
Você pode ter certeza de que em outro momento os prejuízos e dissabores farão parte do domínio público, medidas comprometedoras terão de ser adotadas e o pior de tudo: a sua performance estará comprometida.
Quando você se planeja e aprende a extrair indicadores dos processos e ferramentas que gerencia sua visão é ampliada, sua forma de gestão alcança outro patamar em objetividade, foco e resultados. A análise periódica desses indicadores permite uma compreensão verdadeira dos fatos e uma avaliação profunda dos erros, acertos, pontos vulneráveis, ajustes e cenários futuros.
A partir daí você começa a entender os processos e resultados com mais profundidade e deixa de navegar sem rota definida. Você sai do piloto automático e passa a ter pleno conhecimento do seu destino.
A gestão através de indicadores também impacta no lado profissional, pois a sua visão a respeito do trabalho, responsabilidades, objetivos e prioridades, muda. Você amadurece como especialista, ganha credibilidade e a sua equipe cresce com você.
Agora vem a parte difícil: levantar e analisar indicadores requer planejamento, disciplina, sensibilidade e, principalmente, comprometimento. Existem diversas maneiras de extrair indicadores desde as mais elaboradas, como sistemas, softwares e processos padronizados até relatórios mais caseiros e não menos eficientes. O mais importante é que o levantamento e a análise ocorram com periodicidade e obviamente com o envolvimento dos gestores.
Não se engane, só existe um caminho para a alta performance na gestão de benefícios e ele passa pelo levantamento e análise periódica dos indicadores e todo o planejamento de ações e ajustes que serão gerados a partir dele. Lembre-se que estamos falando de uma atuação constante, não somente em momentos de crise, mas ao longo do tempo, a fim de garantir resultados consistentes, total domínio das informações e da rota a seguir.
Feliz 2012!
Sobre a autora:
Débora Carrera Maia, é Diretora de Expansão, Novos Negócios e Qualidade de Vida da 4Health – Inteligência em Saúde e Benefícios e atua a 22 anos na área de Benefícios em RH.