É inegável que qualquer profissional, ao deixar de ser um técnico operador para se tornar um Gerente vai trabalhar com equipe, por menor que seja. E sabe que o resultado do trabalho dessa equipe vai influenciar a sua própria avaliação de desempenho.
Todavia, alguns gestores têm dificuldade para delegar, ferramenta importante que permite transferir certas tarefas para outros, especialmente as mais estruturadas, definidas ou repetitivas.
Gerente inseguro costuma ter essa dificuldade. Medo de que o subordinado erre e isso lhe prejudique. Ou medo de que o colaborador aprenda “tudo” e ele se torne supérfluo, substituível…. como se nós todos não fôssemos, mesmo. Nem tudo pode ser delegado. O Gestor tem funções estratégicas e típicas de comando, controles e assim cada um deve avaliar sua rotina e definir com calma aquilo que outros poderão absorver.
A atividade de Comando é abrangente e por vezes complexa, trata de antagonismos, interesses difusos, metas ambiciosas. Pressupõe cabeça livre para pensar, trabalhar indicadores, analisar e apontar soluções, ter paciência para não “explodir” e causar problemas e prejuízos. Assim, a delegação programada é necessária, após treinar o subordinado para novas responsabilidades e não apenas largando aquelas mais desagradáveis.
Gestor que não consegue delegar, que segura e guarda tudo se prejudica com a falta crônica de tempo, stress e trabalha mais horas que o necessário. E acaba tendo um time de colaboradores infelizes, que não vislumbram ares de crescimento profissional.
O líder centralizador tem dificuldade para gozar férias, se ausentar por doença, etc., e isso preocupa a alta administração que, modernamente costuma avaliar com restrições os profissionais com esse perfil, apesar da contrapartida da dedicação incomum. Reflitam!
Sobre o Autor:
Celso Gagliardo – profissional de RH, Gestão e Liderança.
e-Mail: gagliardo.celsoluis@gmail.com