Há pessoas que confundem trabalhar, dedicar-se à empresa, aos clientes, ao mercado, à marca, com “dar sangue…” pela empresa. Essas pessoas são as chamadas “ativistas”. Matam um leão por dia como elas próprias dizem, trabalham, trabalham, trabalham. São muito “ativas”, vivem correndo para cima e para baixo.
A pergunta é a seguinte: Será que o que essas pessoas demasiadamente “ativas” estão fazendo é o que elas deveriam estar fazendo? Será que o que elas estão fazendo está criando a empresa de amanhã, aumentando a fidelização de clientes à marca? Será que o que elas estão fazendo está agregando valor para os clientes da empresa? Será que o que elas estão fazendo não é apenas uma grande “poeira” para que todos vejam e que não tem eficácia alguma? Será que o elas estão fazendo não é simplesmente atormentar a vida de todos?
Empresa não é vampiro. Ela não precisa do “sangue” dos seus funcionários para sobreviver. Ela precisa muito mais da inteligência, do comprometimento, da participação, da atenção aos detalhes. Uma empresa precisa de funcionários que realmente reinventem as relações empresa-mercado-marca-clientes.
É claro que funcionários dedicados e sempre presentes são avaliados positivamente. É claro que funcionários que trabalham muito são valorizados. Porém, é preciso que tenhamos uma preocupação genuína com a qualidade de utilização de nosso tempo. Não basta ficar 12 horas na empresa fazendo coisas irrelevantes para o sucesso da empresa e seu mercado.
Sempre desconfiei de pessoas que dizem “dar sangue” pela empresa. Sempre desconfiei de pessoas que nunca tiram férias. Sempre desconfiei de funcionários que se acham insubstituíveis.
Gostaria de sugerir que você fizesse uma análise das suas atividades e visse se você anda fazendo coisas realmente relevantes para o sucesso da sua empresa. Veja se o que você faz realmente agrega valor para a marca, para o mercado, para os clientes. Não use este texto como desculpa para trabalhar menos, para se comprometer menos. Pelo contrário. A mensagem é de comprometimento total e para que isso seja realidade é preciso que demos à empresa muito mais nossa inteligência e vontade do que nosso “sangue”.
Pense nisso. Sucesso!
Sobre o autor:
Prof. Luiz Marins: Antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior, o Prof. Marins tem 25 livros (também disponível em vários países da América Latina e Europa) e mais de 300 vídeos e DVDs publicados; Empresário de sucesso nos ramos de agronegócio, educação, comunicação e marketing. Seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência no Brasil. Segundo a imprensa especializada e consultorias, o Prof. Marins está entre os mais requisitados palestrantes do país.
site: www.marins.com.br
e-mail: diretoria@marins.com.br
Não somente achei o artigo provocador como apreciei as 10 dicas do professor para se viver com entusiasmo, citadas no Programa do Jô, na época em que ainda era transmitido pelo SBT:
1) Afastar-se de fatos e de pessoas negativas e negadoras;
2) Aceitar e valorizar os “insights” positivos;
3) Não reclamar e falar mal dos outros;
4) Cultivar a alegria, o riso e o bom humor;
5) Iluminar mais o ambiente de trabalho e a sua casa. A escuridão traz depressão;
6) Ser alguém pronto a colaborar;
7) Surpreender as pessoas com momentos mágicos;
8) Fazer tudo com sentimento de perfeição prestando atenção aos detalhes;
9) Andar sempre bem vestido, limpo e perfumado e gostar da sua imagem;
10) Agir prontamente.
O que uma coisa tem a ver com a outra? Acredito que tudo pois um comportamento adequado evita sentimento de abuso ou falsa impressão de “dar o sangue pela empresa”. No entanto, não é garantia. Se a cultura da empresa não valoriza o tempo de reflexão do gestor e que a sua atuação se resume ao operacional, entendo que há um desencontro de expectativas e valores.