Todos os cidadãos podem ser líderes em Saúde e Segurança, acredita a autora Andreza Araujo, executiva de empresa multinacional líder em bens de consumo. A obra, lançada neste dia 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, traz conceitos e reflexões sobre o tema e preconiza que todos os acidentes podem ser evitados.
“Faça a Diferença – Seja líder em Saúde e Segurança” é o resultado de uma bagagem de mais de dez anos da executiva Andreza Araujo, que dedica sua carreira ao bem-estar de trabalhadores da América Latina e à sustentabilidade. Normalmente tratado em ambientes corporativos, o tema ganha nova abordagem na obra, que considera todos os cidadãos como potenciais líderes no tema em todos os momentos. Trata-se de uma reflexão sobre o papel da área de Saúde e Segurança na agenda corporativa e no cotidiano das pessoas e do respeito à vida como uma questão fundamental para a existência e perpetuação dos negócios.
Para Andreza, o assunto merece o olhar de empresas de todo o mundo, por tratar do capital humano, o mais importante em qualquer ramo de negócio. Dona de uma personalidade inquieta e parte de uma geração socialmente responsável, que procura fazer a diferença no mundo, a executiva lança seu primeiro livro pela editora Nelpa, em São Paulo, neste dia 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, na Livraria da Vila do Shopping JK, em São Paulo, a partir das 18 horas.
A obra está dividida em cinco capítulos. O primeiro envolve temas relacionados à liderança, apresentando com clareza o papel e a importância de pessoas que possuem essa característica inata ou desenvolvida. A abordagem procura facilitar o entendimento de suas motivações, valorizar o trabalho em grupo, fomentar o engajamento, entre outros aspectos voltados à construção de uma consistente cultura em Saúde e Segurança.
A segunda parte apresenta tópicos importantes sobre a necessidade humana e fundamental de estabelecer uma comunicação saudável entre colegas de trabalho, além de todas as pessoas com as quais se convive. O capítulo também traz teorias atuais sobre o ato de se comunicar e traça um panorama sobre conceitos e fundamentos, que podem auxiliar a troca de experiências entre todas as pessoas atuantes em um determinado grupo.
Criar, modificar, promover e manter a cultura organizacional de uma empresa é o assunto tratado na terceira parte deste livro. Além da teoria, ela demonstra as características culturais de uma corporação e sugere elementos fundamentais para as mudanças necessárias, a fim de se chegar a uma cultura empresarial sólida e preparada para a competição desse mercado repleto de ineditismo. Entre outros tópicos, esse capítulo também apresenta reflexões sobre o caráter essencial de se possuir uma cultura sustentável em Saúde e Segurança.
No quarto capítulo, uma coleção de experiências produtivas com base no sistema de gestão, focando na prevenção de acidentes, na atuação efetiva e clara do líder. O exemplo a ser dado e seguido, como mais uma ferramenta de gestão, é destaque desse tópico. Nele, o líder pode conhecer exemplos de benchmarking em Saúde e Segurança, a importância da Agenda Estratégica e dos Planos de Ação em todo o processo.
Já na quinta parte, as intervenções que alavancam o ser, o fazer e o saber em Saúde em Segurança estão traduzidas nos projetos e planos criados para fazer a diferença dentro de qualquer ambiente corporativo, assim como na vida das pessoas. É o momento de contato do leitor com ações que promovem a Saúde e Segurança de forma prática dentro de uma gigante de bens de consumo.
Para a autora, a qualidade de vida e a satisfação no trabalho estão intimamente relacionadas ao desenvolvimento sustentável de uma companhia, em razão de sua ligação direta com o desempenho e a produtividade. “Acredito neste livro como uma poderosa ferramenta de auxílio para a reflexão e concretização de iniciativas pela excelência em Saúde e Segurança. Trata-se de uma questão de sustentabilidade, todos nós podemos ser líderes em Saúde e Segurança e cuidar do bem-estar social. Para isso, precisamos renovar nossas concepções e conhecimentos, relembrando o que temos de criar, o que precisamos mudar e o que devemos continuar aperfeiçoando para a perpetuação dos negócios”, comenta Andreza Araujo, também professora de alunos de MBA em sustentabilidade na região sul do Brasil.
As Estatísticas e o Dia 28 de Abril
Um estudo conduzido pelo Banco Inter-Americano de Desenvolvimento para a América Latina aponta que 20 a 27 milhões de acidentes de trabalho ocorrem anualmente na região, sendo 90 mil fatais. A pesquisa constata que 250 pessoas morrem por dia e que acontecem 40 a 50 acidentes por minuto em ambientes de trabalho.
Já as estatísticas divulgadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no início do segundo semestre de 2013, demonstram que aproximadamente 86% dos óbitos anuais em todo o mundo em ambientes laborais são causados por doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Acredita-se que esse índice contabiliza a média anual de mais 2 milhões de trabalhadores e que as mortes diárias atinjam a marca de 6,3 mil, considerando que desse número quase 5,5 mil pessoas são vítimas de doenças relacionadas ao trabalho.
Foi justamente em memória a todas estas vítimas que a OIT instituiu a data de 28 de Abril como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Esta data foi escolhida para o lançamento do livro como reforço à importância do tema. “Os números são alarmantes e cada um deles representa um pai, uma mãe, um filho que não se senta mais à mesa para jantar com a família. Estamos falando de pessoas. Eis aí minha grande inspiração nesta obra”, pondera Andreza.
Sobre Andreza Araujo
Desenvolve há mais de uma década sua carreira em sustentabilidade, meio ambiente, saúde e segurança em empresas multinacionais de bens de consumo, sempre focada no bem-estar das pessoas na América Latina e na sustentabilidade dos negócios.
Sua bagagem profissional incorpora uma série de iniciativas voltadas à sustentabilidade em toda a cadeia produtiva dos mais diversos produtos, desde o campo até a chegada às mãos do consumidor. O conjunto de iniciativas em agrossustentabilidade capitaneado por Andreza integra a base de dados do Private Sector Initiative (PSI) da Organização das Nações Unidas, que apresenta as boas práticas das empresas privadas para adaptação às alterações climáticas.
É diplomata ambiental pela Universidade de Genebra e formada em engenharia civil. Tem pós-graduação em engenharia de segurança pela Universidade de Campinas, com especialização em base de dados em sustentabilidade para a indústria pela Universidade de São Paulo.
Como experiência internacional na área de sustentabilidade, a brasileira acumula participações em diversos programas voltados ao tema, como The Conference Board Health and Safety Leadership Academy – em Bruxelas; One Planet Leaders, da IMD Executive Education – na Suíça; Programa New Earth Leaders – na Holanda, África do Sul e Brasil (Bahia); Programa Sustainability Leadership – da Universidade do Oregon, Estados Unidos; além da Formação de Especialistas Brasileiros para o Meio Ambiente – em Baden Wurttemberg/Alemanha.
Andreza faz parte das chamadas gerações Milênio ou Y (nascidas entre 1980 e 1993). Para a maioria dessas pessoas, uma das grandes preocupações é fazer uma diferença positiva no mundo. Elas estão mais focadas em trabalhar com algo que contribui para a civilização do que com o reconhecimento como profissional no ambiente de trabalho.