Será que a Comunicação é Sempre a Chave do Problema?

Antes de desenvolver planos de comunicação mirabolantes é preciso investigar a raiz do problema

Ultimamente tenho estudado muito sobre redes sociais e comunicação digital, mas todo esse estudo me leva as origens da comunicação e me faz revisar uma série de teorias aprendidas na faculdade.  Ao começar esse resgate de informações, me deparei com muitas teorias que me fizeram refletir sobre o comportamento humano, antropologia, sociologia, psicologia e o mais interessante é que quanto mais eu me aprofundo nessas análises, mais eu me dou conta de que o profissional de comunicação tem que não apenas excercer o seu papel de Relações Públicas, Publicitário, Jornalista, etc ele precisa entender qual a real necessidade que existe por trás de determinada demanda de trabalho. No entanto, acho que isso não é uma verdade exclusiva para comunicólogos, eu acredito que os profissionais de hoje, independente da área de atuação, precisam extrapolar sua especialidade e focar na humanização dos relacionamentos.

Mas, voltando ao tópico principal do artigo, quantas solicitações não recebemos dos nossos clientes e quase sempre elas são, de acordo com o porta voz, resultado de uma falha no processo de comunicação. Com essas informações em mãos, saímos em busca de soluções, desenvolvemos campanhas, abrimos novos canais, estabelecemos meios para engajar o público-alvo e assim vamos.

Nos dois primeiros meses vemos uma movimentação, as pessoas comentam sobre a campanha, participam, mas depois que a novidade passa, as coisas parecem voltar para o mesmo ponto de onde partimos, será que isso aconteceu por que não soubemos administrar a campanha, será que ela foi pouco atrativa? Depois de algum tempo, comecei a perceber que a falha nem sempre é a comunicação, você deve estar perguntando, mas se não é a comunicação, então, qual será a chave do problema?

Na última semana de agosto participei de um curso na empresa em que trabalho e um dos consultores disse uma frase que responde a pergunta acima: “Nós temos a mania de tentar achar culpados para tudo. Gostamos de dizer que foi a ansiedade, ou que a culpa é de fulano, mas não conseguimos enxergar o óbvio. Na maior parte das vezes, o problema está no processo. Na forma com que fazemos as atividades, e parece piada mas muitas vezes fazemos determinada atividade do jeito X ou Y por que algum dia alguém chegou ali e disse que aquele era o jeito de fazer e assim permaneceu”.

O meu maior objetivo nesse artigo é fazer com que cada um de nós reflita sobre o seguinte aspecto: Sabe aquele desafio que você está enfrentando no trabalho atualmente e que você acha que não está tendo o resultado necessário, pois a comunicação está falha? Será que o problema é mesmo a comunicação? Faça uma análise, será que não precisamos rever algumas etapas do processo e se for necessário mudar a forma com que aquela atividade é realizada?

Depois que fizer essa análise e souber a origem do problema, busque suporte na comunicação. Com certeza a forma de comunicar irá impactar o grau de engajamento dos envolvidos e além disso, quando desenvolvemos qualquer atividade é essencial compreender qual é o nosso papel no todo.

E o mais importante é fazer com que o que eu faço tenha significado para mim e para organização onde estou, caso contrário o meu grau de comprometimento estará muito aquém do esperado. Sendo assim sem sombra de dúvidas, nessa etapa a comunicação é essencial.

Já começou a fazer essa reflexão?

Sobre a Autora:

Gabriela Petrin, Graduada em Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero e Pós-graduada em Administração de Empresas pelo Insper. Atualmente, trabalha na comunicação de uma multinacional B2B sendo responsável pela Comunicação Interna, Mídias Sociais e atividades de marketing da área de motores e acionamentos. Ao longo do desenvolvimento se sua carreira foi responsável pelo desenvolvimento de campanhas voltadas para o público interno, atividades de responsabilidade social, planejamento de mídia e WEB.

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