Sua Carreira: Hora de Fazer o Balanço de Fim de Ano

Gladis Costa
Gladis Costa

“Escolha um trabalho que você goste e não terá que trabalhar um único dia em sua vida”

(Confúcio)

Além dos planos de frequentar uma academia, retomar o curso de inglês, fazer uma pós-graduação, ou mudar de casa, sem dúvida pensar na carreira é uma importante questão para esta época do ano. Para isso, algumas questões precisam ser avaliadas cuidadosamente: “O que exatamente estamos procurando – mais dinheiro, reconhecimento ou qualidade de vida? Queremos ser um líder visionário ou liderar pessoas? O que estamos fazendo hoje que realmente nos dá prazer? Há muitas coisas que não gostamos de fazer em nosso trabalho? Nosso trabalho agrega valor para a empresa?”.

A carreira é um portfólio de experiências. Precisamos ter certeza de que estas vivências nos tornam únicos e “muito bons” no que fazemos. Temos que fazer a diferença no ambiente – e aqui, vale uma pergunta: será que estamos usando todo o nosso potencial  ou nos sentimos subutilizados? Também precisamos nos questionar sobre quais são nossos valores e objetivos de carreira, pois existem fatores tangíveis (localização geográfica, remuneração, cargo, perfil da empresa, vínculo empregatício) e intangíveis (cultura da empresa, estilo gerencial, tipo de chefe, ambiente organizacional, clima de trabalho, etc.).

É imprescindível dar uma avaliada no tipo de atividade que queremos realizar. Há pessoas, por exemplo, que gostam de fazer parte de uma equipe formal; outras preferem trabalhar como consultores e há as que escolhem gerir um negócio próprio. Nos três modelos precisamos considerar os aspectos favoráveis e desfavoráveis.  No caso do trabalho formal, por exemplo, um aspecto positivo seria contar com um rendimento fixo, que garanta uma situação econômica estável. Uma ameaça, por exemplo, seria trabalhar numa empresa requer fluência em inglês e você não é proficiente no idioma, ou haver um excesso de profissionais no mercado com seu perfil. De novo, voltamos à questão do diferencial.

Se você quer ser um consultor, um dos aspectos favoráveis é que muitas empresas adotam a estratégia de terceirizar várias áreas e você, de posse de uma valiosa rede de contatos, pode ter muito sucesso nesse caminho. Porém, analisando o outro lado da moeda, é preciso ter um excelente conhecimento do segmento escolhido, pois espera-se que um consultor esteja extremamente atualizado em sua área de atuação (leia-se cursos e certificações – um investimento contínuo na carreira). Também é preciso pensar no aspecto da negociação: como vender (e cobrar adequadamente) seu serviço? Como ter fôlego financeiro para digamos, 12 ou 18 meses? Lembre-se: amigos e parentes adoram usar estes serviços sem pagar por eles. Como proceder?

Se você opta por ter um negócio próprio, ter autonomia é ótimo. Você pode ser dono de um estabelecimento comercial em que o nível de sofisticação representa um belo diferencial em relação à concorrência. Mas como você se vê no aspecto comercial ou na gestão de pessoas? Pense: como é ser hóspede de uma pousada numa praia maravilhosa no verão e ser dono desta mesma pousada durante o inverno, por exemplo. Como contratar e reter seus funcionários? Como saber gerenciar os pontos fracos e fortes de sua atividade?

Estas são apenas algumas questões que devemos analisar quando ou se decidimos mudar de carreira. O cenário parece propício para mudanças porque você quer crescer, ser feliz e fazer algo que gosta e estes objetivos representam os melhores motivos para sair deste lugar agora e começar o ano fazendo algo diferente e muito gratificante.

 

Sobre a autora:

Gladis Costa, Gerente de Marketing e Comunicação da PTC para a América Latina. A PTC é  líder no segmento de soluções para o gerenciamento do ciclo de vida do produto. Em março de 2009 criou o grupo “Mulheres de Negócios”, maior rede feminina de negócios do portal LinkedIn com mais de 4600 associadas. É colunista em vários sites onde publica artigos sobre marketing, serviços, comportamento, carreira e cultura. É formada em Letras pela Unesp,  com pós-graduação em Jornalismo, Comunicação Social e especialização em Tecnologia e Negócios pela PUC-SP. Em 2005 lançou seu primeiro livro de crônicas, “O homem que entendia as Mulheres”.

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