Com todo este frenesi sobre a vinda do Papa ao Brasil e mais ainda por ser a sua primeira visita, muito tem se debatido sobre sua postura, atitude e principalmente seus ensinamentos a uma legião de católicos pelo mundo.
Além da simbologia do sucessor de Pedro, temos que o Papa, independente da crença que possamos ter, é um líder de uma religião, uma pessoa que está conectada a milhares de outras e com seus ensinamentos tutela, dirige e comanda a todos.
Divido com vocês uma história, que desconheço se é ou não verídica, mas que traz um belíssimo ensinamento sobre liderança e pelo que já pude perceber do Papa Francisco, se não for verídica era algo que com certeza poderia ter sido.
Vamos a história do Papa
Uma das últimas cadeiras da igreja é ocupada pelo Papa. Ele está a celebrar uma Missa muito peculiar: os convidados são os jardineiros e o pessoal de limpeza do Vaticano. Num momento da celebração o Papa pede a todos que orem em silêncio, cada um pelo que o seu coração deseja. Nesse instante, ele levanta-se da sua cadeira presidencial que está na frente e vai sentar-se numa das últimas cadeiras para fazer a sua própria oração. Dá a impressão de que este chefe preferiu que todos se centrem em ver de frente a verdadeira razão da sua existência, esse Cristo crucificado que está ali presente e não em que o vejam a ele, o seu chefe, que não é mais que um homem que falhou e continuará a falhar, e a quem hoje todos chamamos o Papa Francisco.
A famosa diferença entre chefe e líder é absoluta. O chefe sempre se emproa, pondo-se à frente para que todos o vejam e lhe obedeçam, enquanto que o líder sabe quando se deve sentar atrás, não incomoda, acompanha, facilita o caminho para que os outros consigam os seus propósitos; o líder é capaz de desaparecer no momento oportuno, para que os seus companheiros cresçam e se centrem no que é verdadeiramente importante. O líder não teme perder o seu lugar, porque sabe que, muito para além do “seu lugar”, trata-se de ajudar aqueles que se encontrem no seu caminho. (autor desconhecido)
A reflexão
Que tipo de liderança você exerce?
Você é capaz de deixar seus liderados terem liberdade para fazerem seus próprios afazeres? Ou está sempre cobrando como se todos fossem incompetentes?
Aliás, se são incompetentes, porque não os demite?
Que tipo de liderança convive com os que não servem as suas atividades?
Você precisa dar sempre ordens? E a criatividade?
Na hora da verdade, do vamos ver, do pega pra capar, de que lado você está? Da sua equipe?
Você é admirado por ser quem é ou apenas pelo título que ostenta?
Você não sabe como liderar?
Está na hora de aprender, pois até o Papa sabe… que com humildade, aproximação, diálogo e carinho como troca de verdade entre os ensinamentos e as tarefas a serem feitas há muito o que se fazer, dizer, sentir e viver.
Sobre o autor:
Gustavo Rocha: Advogado Pós-Graduado em Direito Empresarial com mais de 10 anos de vivência no âmbito jurídico. Atuou como gerente de escritórios de advocacia por mais de 4 anos. Experiência nos estados do RS, SC, PR e SP. Presta exclusivamente consultoria nas áreas de gestão, tecnologia e qualidade para escritórios de advocacia, mantendo sua OAB atualizada como ferramenta de luta nos interesses da classe junto a OAB e Tribunais, através das comissões da OAB. Possui publicação em livro pela OAB/SC no livro OAB em Movimento, OAB editora, além de diversos artigos publicados em revistas e periódicos físicos e eletrônicos. Atua também como palestrante em diversos eventos nacionais e ministra treinamentos in company de gestão e tecnologia.
site: www.gestao.adv.br
e-mail: gustavo@gestao.adv.br
Bem bacana o seu texto Gustavo Rocha. Sem dúvidas, o papa Francisco tem dado exemplos belíssimos de sua boa liderança.
O Papa Francisco transparece humildade, isso faz dele um líder e não um chefe. Além disso, ele prefere agir do que ficar só falando… tem dado belíssimos exemplos de liderança e humildade na prática.
Realmente temos o que aprender com ele.
Abraços,
Daniele Besseler
É isso mesmo, dr. Gustavo. Verdadeira história, ou não, o que importa é o ensinamento que encerra, ou seja, a Liderança sutil edificante, e não o ranço do autoritarismo. Realmente, hoje a figura do Papa nos passa ensinamentos de Liderança. Comunicação direta, linguagem e postura simples, tratando de assuntos complexos como se estivesse no fundo de um quintal, sentado sobre um caixão de venda popular, sorrindo, aproximando as pessoas, construindo pontes invisíveis e levando a sua mensagem. O bom líder comanda pela boa mensagem, pelo convincente. Ser Líder, missão difícil quanto edificante!