Como o Gerente Deve Recompensar as Equipes? Como Estabelecer e Delegar as Metas aos Colaboradores?
Especialistas em Gestão Empresarial vêm afirmando que o Gerente moderno deve aprender a desenvolver sua equipe, encarando essa tarefa como um verdadeiro “modo de vida”. Para eles, as equipes aumentam a unidade e o sentimento de luta pelo objetivo organizacional comum. E o trabalho em equipe acaba oferecendo maior censo de identidade entre os colaboradores e um orgulho coletivo e contagiante, em relação a seu desempenho.
As pessoas se sentem gratificadas e recompensadas quando são membros de equipes vencedoras. Sendo assim, veremos abaixo algumas regras básicas que certamente ajudarão o Gerente moderno a desenvolver equipes eficazes:
- Estabeleça metas como uma equipe: esse enfoque coletivo assegura que todos aceitem e apóiem as decisões do grupo. As pessoas sentem que têm um interesse e um compromisso pessoal com as metas que ajudaram a estabelecer. Quanto mais precisa for a meta melhor os membros acompanharão e avaliarão o progresso .
- Recompense o desempenho do grupo e não o desempenho individual: as recompensas ao grupo encorajam os membros a fiscalizarem-se uns aos outros, sedimentam as lealdades e motivam cada um a não se tornar um elo fraco da corrente. O sistema de recompensa em grupo inclui freqüentes feedback’s sobre o desempenho da equipe, para que seus membros possam acompanhar seu progresso coletivo e agir corrigindo rumos. Essas recompensas podem ser elogios públicos, bonificação compartilhada pelos membros ou um troféu rotativo, por exemplo.
- Faça o treinamento multifuncional dos membros da equipe sempre que possível: isso permitirá que os membros troquem suas responsabilidades, reduzindo o tédio e a monotonia.
- Torne-se uma caixa de ressonância, um crítico construtivo e um conselheiro: alguns Gerentes têm dificuldades em aceitar que não são mais “o chefe”, mas isso é vital para o sucesso da equipe. O Gerente moderno deve se transformar em um “facilitador”, assegurando-se que cada equipe tenha todas as informações e recursos que precisar para realizar sua missão. O Gerente não controla mais o grupo porque todos se tornaram responsáveis por resultados; e o Gerente se torna um orientador de grupo, um sábio no centro das atenções.
- Não deixe que as equipes fiquem isoladas umas das outras: Certifique-se que elas sincronizam seus esforços com outras áreas e grupos, dentro e fora de seu departamento. Dessa forma, um sentimento de unidade contagiará não apenas os membros da equipe, mas se espalhará entre todas as equipes da organização.
- Mantenha as equipes relativamente pequenas: elas apresentam menores problemas de coordenação e comunicação, consegue-se a concordância e o consenso mais facilmente e interligam seus membros.
- Incentive a identidade da equipe: distintivos, bonés, jaquetas, boton’s, ou outras insígnias encorajam a coesão e o sentimento de objetivos comuns.
- Selecione membros que tenham pontos de vista e capacidades complementares, e que se harmonizem mutuamente: isso pode significar a combinação de pessoas de mente aberta, positiva, e de pessoas céticas, inovadoras e de pragmáticos, sonhadores e realizadores. Tal mistura proporciona à equipe um sistema de verificações e compensações sobre as ações e decisões de seus membros
- Proporcione treinamento: esteja atento à necessidade de treinamento da equipe em áreas como : tomada de decisões / evitar o pensamento grupal (a tendência de alguns de se curvarem à opinião da maioria, em vez de desafiar suas posições) / reconhecer e respeitar os pontos de vista opostos / aceitar diferenças entre os membros, na experiência, nas personalidades e outros fatores que podem desviar da missão da equipe.
- Seja paciente: leva tempo para uma equipe transformar-se numa unidade produtiva e auto gerenciável.
Sobre o autor:
Julio Cesar S. Santos: Professor, Consultor, Palestrante e Co-Autor do Livro: “Trabalho e Vida Pessoal – 50 Contos Selecionados”. Graduado em Administração com MBA em Marketing. Elaborou o curso de “Gestão Empresarial” e atualmente ministra Palestras e Treinamentos Sobre Marketing, Administração, Técnicas de Atendimento ao Cliente, Secretariado e Recursos Humanos.
site: www.profigestao.blogspot.com
e-mail: jcss_sc@click21.com.br
Nas afirmações do colega Júlio Cesar, principalmente ao citar o feedback, senti falta da quebra da meta em objetivos intermediários, do acompanhamento e da forma de se corrigir os rumos quando estes tendem à falha.
O Júlio Cesar foi muito feliz ao constatar que todos gostam e se orgulham de fazer parte de uma equipe vencedora, contudo, existem aqueles que se destacam pela liderança, comprometimento ou carisma, estas tem o reconhecimento dos colegas e, normalmente se sentem desestimuladas quando não recebem destaque, que devo fazer com elas? Tirá-la da equipe ainda que seja a artilheira ou a armadora, ficaria apenas com os integrantes medianos?
No último item não ficou claro, na eventualidade da equipe demorar a tornar-se auto gerenciável, quanto devo ser paciente, antes que a empresa ou eu mesmo tenha os resultados comprometidos, como agir nestes casos.
Apesar da excelência do texto do colega Júlio César, a quem parabenizo, gostaria de propor a discussão adicional destes pontos.
Abraços,