O QUE A BOCA CALA, O CORPO FALA

Júlio Correia Neto

Muitas pessoas possuem uma necessidade enorme de buscar aceitação, por parte de terceiros, em tudo o que fazem ou dizem. Quantos de vocês não conhecem aqueles que após fazerem alguma coisa ficam ‘mergulhados no arrependimento’ (vitimismo) de o terem feito, não esperando uma confirmação do equívoco, mas, exatamente, o contrário: de que fizeram o certo? Pessoas inseguras, carentes de atenção, o medo da rejeição (de não ser aceito) e/ou com ego elevado. Isso mesmo: vaidade elevada, pois precisam se sentirem bons, superiores, perfeitos o tempo todo. Aquelas que necessitam terem seus ‘egos massageados’. O que a boca cala, o corpo fala, na forma de sintomas físicos. Estamos cercados de pessoas doentes emocionalmente, manifestadas de diferentes formas: alguns rotulam como inteligentes e/ou excepcionais acima da média, acelerados, workaholics…..mas, na verdade, portadores de disfunções que precisam de algum tipo de tratamento.  Caso contrário, a vida pode ‘gritar’ em algum momento. Portanto, a estampa, o ‘eu externo’ cintiloso, pode estar encobrindo um ser (eu interno) que vive em processo constante de fuga da realidade, mergulhado no medo, em fantasias, na angústia. Sem perceber, projetamos no mundo nossas fraquezas mais sutis, através de expressões não verbais (pelo corpo, pela face). Procure não demonstrar aquilo que você não é, falar aquilo que você não acredita, demonstrar sentimentos que não transparecem uma realidade. É tão bisonho, quando vemos alguém tentando encenar um papel que não lhe pertence. Acreditar piamente que está ‘abafando’, quando na verdade está se sabotando. Seja original. Valorize as características positivas e trabalhe as desenvolver. A humanidade lhe agradecerá com louvor.

O texto visa provocar uma reflexão sobre o quanto nos despimos por meio de nossas expressões não verbais. O quão abertas ficam nossas feridas internas perante terceiros.

Sobre o Autor:

JÚLIO CORREIA NETO – Contador e Business Coach com especializações nas áreas de negócios, liderança, empreendedorismo e humanas. Experiência em posições de liderança em empresas nacionais e multinacionais, tendo conduzido processos críticos de gestão compartilhada de mudança organizacional, utilizando metodologia que integra aspectos técnicos e humanos para atingir os resultados de forma rápida e consistente.

E-mail: juliocorreianeto@hotmail.com

Compartilhar Este Post

Uma Resposta para "O QUE A BOCA CALA, O CORPO FALA"

  1. Concordo: “…A vida pode gritar em algum momento…”. Infelizmente, este grito vem como doença psicossomada por vítimas de profissionais arrogantes, com a soberba lá em cima, que se dizem defensores de fracos e de causas humanitárias, mas que na prática realizam nos bastidores O OPOSTO.
    Postam-se como heróis para encobrir a realidade da prática. Normalmente são profissionais com distúrbios emocionais, que defendem a idéia de que as vítimas são os loucos.

    Felizmente, muitos destes causadores DA dor, uma hora a dor lhes volta com fúria- psicossomando assim até doenças que matam e rápido. Aqui se faz, aqui se paga- já dizia a minha avó.

    Não existe ação sem reação. Vivemos em um ecossistema CHEIO de efeitos “butterfly”, e as ondas de pressão destes efeitos atingem a TODOS, inclusive aos causadores de dor. Pura física, e s/ “plasma”.

Postar Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.