Quando dizemos “vou bater o ponto”, mesmo as empresas usando sistemas eletrônico ou digital, sequer imaginamos que nossos antepassados já conheciam a prática do uso das horas.
Entre 1950 a.C. e 539 a.C. o povo babilônio criou o relógio de sol. Foi fundamental terem percebido que a sombra formada pelo Sol desaparecia – era o momento que o astro rei estava a pino no céu e não projetava nenhuma sombra, era o meio do dia ou, meio-dia. A partir daí dividiram o curso da sombra em 6 partes antes do “meio do dia”, a manhã e 6 depois, a tarde. Acabavam de criar o dia de 24 horas – uma metade era o dia e outra metade a noite.
Entre os séculos 16 e 17 o tempo foi percebido de forma diferente na Europa Ocidental. O galo que sempre tinha sido o “relógio da natureza” começou a perder espaço para o relógio de ponteiros, criado no século 14 e popularizado a partir do século 17.
O galo, considerado por todos, inclusive em nossa cultura, como o “relógio da natureza”, passou a ser “questionado” uma vez que o tempo da natureza e o tempo do relógio estavam ficando descompassados pelas necessidades dos homens em relação ao seu trabalho.
A humanidade que tinha usado estrelas, ampulhetas, o badalar dos sinos e até cera derretida para contar os minutos, passa a se render aos singelos e meigos ponteiros do relógio mecânico da época.
Assim, da sincronia e aparente ociosidade do homem no campo e nas marés de pesca, passamos à sincronia do horário marcado, da agenda controlada, da administração do tempo no trabalho.
Mas no meio de toda essa correria do dia a dia, surge o “ócio produtivo”, o homem se entende integral e une toda a dedicação e comprometimento com o seu trabalho com o amor a sua família, o culto ao seu Deus e o expressar dos seus dons de vida e prazer, deixando tudo em seu devido lugar e cada qual no seu momento.
É o cuidar de si, com a grandeza de quem nos ama, acolhe e respeita, principalmente no ambiente de trabalho onde depositamos toda nossa vivência e competências técnicas. É na forma de trabalho organizado, limpo, sem desperdícios e com qualidade, que definimos toda a forma e o uso do tempo que nos é dado – tempo é mais que dinheiro que se ganha outro, tempo é vida que não retorna mais.
Sobre o Autor:
Luiz Alberto Borcsik, Consultor, palestrante e professor em cursos de graduação e pós-graduação. Atuou por mais de 30 anos na área de Recursos Humanos em empresas de destaque nacionais e multinacionais, dedicado aos processos de gestão de pessoas, revisão de estruturas e processos organizacionais. Psicólogo e pós-graduado em Gestão de Pessoas.
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