Somente um líder empreendedor é capaz de fazer com que seus colaboradores
se comprometam consigo mesmos e com os valores da organização.
Paulo Paiva
Você sabe o que significa “temporariedade”? Pouco conhecida, mas diariamente vivida, essa expressão anda lado a lado com as constantes mudanças no cenário corporativo, e significa a necessidade que as empresas têm em obter respostas rápidas, que atendam a demanda de seus clientes com eficácia e excelência, que consigam lidar com as adversidades externas e internas e sejam capazes de buscar métodos capazes de solucionar as questões que surgem referentes ao contínuo processo de transformação.
Na “contemporaneidade” os novos comportamentos sociais e os avanços tecnológicos se combinam, tornando imprescindível que as empresas sejam flexíveis para conseguirem sobreviver. O resultado disso é que tanto os empregados quanto os dirigentes trabalham em um clima que pode ser definido como temporário, porém de alto aprendizado, construção de conhecimento e interatividade.
Os empregados vêm sendo continuamente redesenhados, as tarefas sendo realizadas cada vez mais por equipes multifuncionais e flexíveis, e as grandes necessidades de mudança são entendidas como projetos. Os trabalhadores que pretendem manter sua empregabilidade têm buscado continuamente atualizar seus conhecimentos e habilidades para atender as novas exigências do mercado de trabalho. Segundo o filósofo Heráclito, tudo na vida é composto de fenômenos, valores ou tendências totalmente opostos, mas complementares.
Se alguém diz, por exemplo, que o copo de água está meio vazio, enquanto outro afirma que está meio cheio, estão falando sobre o mesmo copo, e não sobre dois. Outro exemplo é a estrada que tem uma subida e uma descida, mas que mesmo assim, é uma estrada só, e não duas. Em ambos os casos, o copo e a estrada são os mesmos. O que muda são as percepções opostas a seu respeito que, por mais que pareçam, não são contraditórias, e sim complementares.
O correto é exercitarmos sempre nossa capacidade de percepção, que é a primeira de nossas virtudes, pois ela permite a compreensão e a adaptação ao meio.
Por esse motivo, proponho a todos os gestores, líderes ou qualquer pessoa que esteja à frente de uma empresa, independente do seu porte, a refletir sobre a necessidade de se desenvolver um trabalho interno que gere aprendizado e um clima de cooperação, no qual as pessoas participem efetivamente do negócio assumindo compromissos maiores, possibilitando e comprometendo cada funcionário com o crescimento contínuo, com o objetivo de melhorar os processos, utilizar melhor a tecnologia e manter um clima saudável e produtivo nas empresas.
Líderes, aproximem-se das pessoas, ajude-as a descobrir suas capacidades e a desenvolvê-las. Somente você é capaz de fazer com que elas se comprometam consigo mesmas e com os valores da organização. Estimule cada uma delas a trabalhar em equipe, somando as diferenças de cada um em busca de um único objetivo: ser um só, e assim como o copo e a estrada, terem percepções não contraditórias, mas sim complementares.
Sobre o autor:
Paulo Paiva é Psicanalista, Palestrante e Coach. Especialista em Gestão de Pessoas, Paulo impulsiona as pessoas a alcançar resultados em suas carreiras, trabalhar em equipe, vencer desafios e solucionar problemas, tornando-as melhor a cada dia e compreendendo o seu verdadeiro papel diante do universo.