Vivemos tempos de mudanças exponenciais. São mudanças sociais, políticas e econômicas acontecendo num ritmo frenético nos desafiando não só a mudar, mas, mudar rapidamente e com eficácia. A ciência e a tecnologia avançam a passos largos e em curto espaço de tempo, influenciando a vida de todos nós.
Mas, por que alguns aspectos evoluem tão lentamente? Mudanças que fazem parte da nossa condição humana, do nosso comportamento as quais ocorrem em velocidade infinitamente mais lenta do que as demais, nos condenando a viver de modo precário nossas experiências humanas nas relações de trabalho.
Quanto mais me dedico aos processos de coaching nas empresas, mas me enfronho no intrincado mundo das demandas sutis dos gestores que na incumbência de liderar pessoas vivem a agonia das demandas interpessoais.
Cada investigação revela nuances distintas, mas, o diagnóstico final não foge à regra. O centro das questões abordadas é sempre o mesmo: entraves relacionais. Contrastes imperativos da condição humana com os quais não conseguimos lidar e imputamos ao outro terceirizando-os ao invés de resolvê-los.
Resgatando a genialidade de Einstein na constatação do que deveria ser óbvio, mas, não é: “É insano alguém fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”. Para viver um novo ciclo é preciso desprender-se de velhos padrões arraigados e ultrapassar fronteiras emocionais e afetivas.
Não cabe mais nas novas estruturas organizacionais a liderança tacanha ao estilo do “quem pode manda”. Liderar deve ser sinônimo de compartilhar, criar vínculo, colaborar, integrar e construir junto no entendimento de que um líder não precisa exigir quando exerce a liderança por vocação e lealdade ao propósito.
O líder arregimenta pela autenticidade dos próprios valores. No reconhecimento da espiritualidade como compreensão do todo, no equilíbrio como justa medida, agregando valor pela mestria de liderar pelo exemplo, na certeza de que toda mudança depende da dedicação à reforma interior para ser consistente e convencer pelo que é, e não pela força do título.
Mudanças significativas requerem alterações comportamentais, clareza da direção e energia de realização na percepção de um sentido que sustente a decisão de fazer diferente. Líderes que fazem acontecer não reproduzem a história, seguem novos caminhos e constroem novas direções, certos de que para mobilizar pessoas é preciso primeiro mobilizar a si mesmo.
Sobre a autora:
Waleska Farias Coach e Consultora de Gestão de Carreira e Imagem: desenvolve treinamentos, workshops, palestras e cursos de formação de valores e padrões de conduta, com foco nos aspectos comportamentais das relações humanas, através da abordagem de conceitos essenciais, no que tange ao desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, que agreguem valor e contribuam para a criação de um diferencial competitivo no processo de construção de carreira e formação de imagem. Pós-graduada em teoria psicanalítica (UVA). Graduada em comunicação social com especialização em relações públicas e marketing. Formação em Coaching Integrado pelo ICI Integrated Coaching Institute, Mater Avatar® Internacional, Programação Neurolinguística (INAP). Diretora do Núcleo de Formação Comportamental do Instituto Diamante; Consultora Convidada da FGV/MMURAD. Colunista da Seção de Carreira & Imagem nos jornais e revistas: Revista da ESPM, Revista Versatille, A Gazeta, Estado de Minas, Correio Braziliense, Diário de Pernambuco, Folha de Londrina, O Imparcial, O Popular.