O que é preciso para se adaptar ao eSocial – obrigatório para todas as empresas a partir de 2018 – de forma transparente e com o menor impacto possível na operação? Esta é uma pergunta que muitos líderes organizacionais têm feito ao longo dos últimos meses e é possível dizer que a resposta consiste em um conjunto de fatores que, se bem articulados e executados, resultarão em uma transição sem percalços.
O eSocial, projeto do Governo Federal para unificar o envio de informações sobre os trabalhadores pelo empregador, foi lançado em 2015 e, desde então, tem impactado as empresas, promovendo mudanças, adaptações e integrações para que a implantação ocorra.
Não por acaso, já dá para encontrar no mercado muitas soluções tecnológicas cujo objetivo é facilitar a vida das empresas durante o período de implantação das rotinas do eSocial. Em suma, são ferramentas que auditam o banco de dados da empresa de forma minuciosa e com os mesmos critérios estabelecidos pelo eSocial, facilitando o processo de integração e gestão do eSocial nas empresas. Tais softwares validam as informações requeridas e apontam todos os dados que estão faltando e/ou divirjam dos dados existentes. Desta forma, o saneamento dos dados cadastrais é feito de forma mais rápida.
No entanto, conforme apontado no post “Cultura do eSocial”, a implantação do eSocial está longe de ser totalmente resolvida apenas com soluções tecnológicas, por mais adequadas que estas sejam. É preciso dar um passo atrás e trabalhar a questão cultural.
A partir daí, é inegável que um dos principais desafios do eSocial é o saneamento das informações no banco de dados dos trabalhadores. Houve um acréscimo considerável de dados para atender à grande quantidade de eventos do eSocial e, em caso de respostas inadequadas ou incompletas, o empregador poderá sofrer penalidades e o trabalhador poderá ter seus direitos prejudicados.
Os softwares podem ajudar, sem dúvida, mas é preciso contar com dados de qualidade para que tudo transcorra dentro do esperado pelas empresas.
Sobre o Autor:
Formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo – USP, Dimas de Melo Pimenta III é CEO da DIMEP Sistemas e há 17 anos desenvolve pessoas e soluções para otimizar a gestão da força de trabalho, o controle de acesso e a segurança das empresas. É também presidente da ABREP (Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Equipamentos de Registo de Ponto Eletrônico) e diretor da FIESP desde 2009.