Processo Seletivo: A Entrevista

Fran Winandy

Participar de processos seletivos nunca foi fácil, porém, com a pressão da crise, as inseguranças na forma de agir para se sair bem têm aumentado significativamente. Falamos anteriormente sobre a fase de candidatura a uma vaga; hoje o assunto é entrevista.

Durante o processo seletivo, pode haver uma ou diversas entrevistas. Pode ser individual, coletiva, com uma agência, consultoria, profissional de recursos humanos, psicólogo, gestor, enfim, cada empresa tem seu modelo. Algumas fazem uma inicial por telefone; outras começam por uma dinâmica de grupo. A conclusão é a de que por mais que você tente, nunca estará preparado! São muitos elementos subjetivos: ter a experiência necessária é só um deles!

Conhecer a cultura da empresa pode ajudar a avaliar se o seu perfil se enquadra a ela, mas será que basta? Vamos refletir sobre os aspectos invisíveis para quem está de fora.

A empresa vai mudar de São Paulo para Recife, informação ainda confidencial. Você diz na entrevista que quer trabalhar nela porque é perto de casa.

A vaga não oferece perspectivas de crescimento no curto médio prazo e você diz que quer ser diretor em dois anos.

Você é questionadora e crítica: o gestor da vaga é autoritário e não dá abertura para sua equipe, o que tem sido causa dos últimos desligamentos na área. Ele é um dos sócios da empresa.

Isso pode justificar o fato de acharmos que nos saímos bem em uma entrevista e sermos reprovados nesta etapa, sem maiores explicações. Claro que nem sempre é assim!

Às vezes as entrevistas são superficiais e somos mal avaliados, o que gera uma sensação de impotência. Em outras, somos reprovados, seja porque não atendemos as qualificações técnicas ou comportamentais demandadas, seja porque o entrevistador não teve empatia por nós. Em outros casos, há um candidato melhor!

A crise tem trazido inúmeras inseguranças relacionadas à nossa participação em processos de seleção. Este artigo aborda com leveza a etapa de entrevista e procura mostrar que existem fatores que fogem ao nosso controle. Faça a sua parte: prepare-se, vista-se adequadamente, chegue no horário, desligue o celular! Mas saiba que tudo não depende só de você!

Sobre a Autora:

Fran Winandy é Psicóloga com MBA em RH e Mestrado em Gestão Humana e Social  nas Organizações. Com 30 anos de experiência na área de RH, é sócia de Consultoria, professora de Pós Graduação e especialista no tema Diversidade Etária.

Contato: https://br.linkedin.com/in/franacalantis/pt

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