Não é a toa que a cada dia, mais e mais pessoas encontram-se doentes, seja fisicamente, como emocionalmente. Então:
- RESULTADO não se mede, necessariamente, por tempo de empresa. Quantos profissionais ficam 2 anos em um lugar com performance extraordinária, enquanto outros com 20, sem saírem da mesma posição? Desta forma, passar por vários lugares PODE significar maior jogo de cintura, flexibilidade, visão ampla de negócios, experiência diversificada, network diversificado, e não INSTABILIDADE como muitos RHs julgam sem ao menos conhecer o candidato. Cada caso é um caso e deve ser tratado como tal
- TEMPERANÇA não significa baixar a cabeça para tudo que se é ordenado, incluindo as práticas erradas, desrespeitos, agressões, assédios, etc. Isto é ser SUBMISSO. Muitas das vezes percebo que muitas corporações arrotam discursos de que anseiam profissionais com pró-atividade, engajados e inovadores, mas, na verdade, querem pessoas que não questionam, passivas, pois muitos gestores tem MEDO de trabalharem com profissionais com este perfil: são ameaças. Então é mais fácil criar estereótipos
- ROTULAÇÕES são um das maiores aberrações que vejo por ai. Atrelada a ela, forçar a barra sobre pensamentos únicos do tipo: ‘obedece quem tem juízo. Eu sou chefe, portanto, faça o que estou mandando sem questionar’
Fora do Brasil, o papel do RH já vem sendo bastante questionado, inclusive, já preveem a sua extinção. Ai você me pergunta: e o DP? Não precisa de estar ligado ao RH, até porque, vejo inúmeros profissionais que fogem deste setor pela (i) burocracia e complexidade e (ii) por desconhecerem de fato a rotina.
Processos de motivação são estratégicos e não precisam, necessariamente, de um RH interno. Existem muitas empresas sérias de hunting, treinamento, mentoring, coaching, recrutamento e seleção, de mapeamento de cargos e salários, que esvaziam o papel desta área internamente.
O texto visa provocar, uma reflexão sobre o verdadeiro papel do RH no universo corporativo contemporâneo, de forma prática e direta, salientando que o ato de gostar de gente pressupõem, antes de mais nada e, em primeiro lugar, gostar de si próprio.
Sobre o Autor:
JÚLIO CORREIA NETO, é Contador e Business Coach com especializações nas áreas de negócios, liderança, empreendedorismo e humanas. Experiência em posições de liderança em empresas nacionais e multinacionais, tendo conduzido processos críticos de gestão compartilhada de mudança organizacional, utilizando metodologia que integra aspectos técnicos e humanos para atingir os resultados de forma rápida e consistente.
e-Mail: juliocorreianeto@hotmail.com