Um dos pré-requisitos para muitas empresas na contratação de profissionais é a experiência que ele possui em sua área de atuação ou até mesmo na vida como um todo. Mas afinal de contas, como definimos se uma pessoa é experiente o suficiente para ocupar uma posição e alcançar os resultados esperados? O que conta nesse caso: o tempo de experiência, o conhecimento adquirido, as empresas nas quais passou? Ou será que o potencial de adquirir experiência também conta?
Para analisar esse conceito, é imprescindível, antes de tudo, eliminar qualquer tipo de preconceito, que pode estar relacionado à aparência, a idade ou a origem de um indivíduo. Falo isso porque nem sempre um jovem de 25 ou 27 anos que tem pouco tempo de atuação no mercado de trabalho, tampouco um indivíduo de roupas ou cabelo mais modernos pode ser rotulado como desleixado e, assim, despreparado para ocupar uma posição de grande responsabilidade. Por outro lado, não significa que um profissional alinhado de terno e gravata com uma boa comunicação e com 15 anos de experiência numa multinacional vai gerar os resultados esperados.
Experiência é bem diferente de tempo de experiência, ou seja, experiência é o quanto se aprende com o que se vive. Tem pessoas que passam anos fazendo a mesma coisa, enquanto outras passam o mesmo tempo realizando mais atividades, conhecendo culturas diferentes e empregando seus talentos estrategicamente para fazer a diferença por meio do aprendizado diário. Obviamente, que o tempo de experiência pode ser um facilitador, mas como as mudanças são cada vez mais aceleradas, a capacidade de aprender e se adequar as mudanças passa a ser mais importantes que a experiência do passado que nos servirá apenas como base e referência.
Nosso desafio é usar a experiência, explorar as oportunidades no presente para aprender incessantemente com o foco em resultados.
Um exemplo claro de que a idade não representa experiência é Bill Gates. Com apenas 19 anos, ele e Paul Allen fundaram a Microsoft, hoje a maior empresa de softwares do mundo. Nesse empreendimento, Gates demonstrou não só conhecimentos técnicos e científicos extraordinários, mas visão de futuro e teve uma estratégia para fazer do negócio uma fonte de lucro extraordinária. Essas características, portanto, não são privilégio apenas daqueles que possuem mais tempo de vida, mas daqueles que atuam de forma pró-ativa e são caçadores de oportunidades.
Sobre o autor:
Carlos Cruz com seu estilo dinâmico, prático e motivador está entre os Conferencistas mais requisitados do país. Coach e Diretor da UP Treinamentos & Consultoria, coordenou integralmente treinamentos para mais de 20 mil pessoas com foco em resultados, apoiando equipes e líderes a desenvolverem competências para alcançarem suas metas estratégicas.
site: www.carloscruz.com.br
e-mail: imprensa@carloscruz.com.br
As experiências que vivemos no trabalho, em casa, nas nossas escolhas são fundamentais pra determinar o tipo de profissionais que somos ou estamos buscando ser. Ontem respondi um questionamento no Linkedin sobre aceitar uma proposta de trabalho na Amazônia. Pra muitos parece algo impossível, exótico. Outros enxergam como uma grande possibilidade de crescimento profissional, principalmente se vier aliado de uma boa remuneração e altos cargos. Concordo em partes, uma vez que estamos sempre em busca de crescimento e vantagens profissionais, mas precisamos entender que a experiência vivida na Amazônia enriquece muito um CV. Mas o texto acima não fala da Amazônia [ é porque eu sou mesmo uma apaixonada por essa região, confesso], e sim de outras experiências e isso faz eu reforçar a ideia de que ‘a vida é uma grande escola. Basta querer aprender’. Pergunto: será que empresas valorizam essas experiências? Se sim, como reforçar isso nas entrevistas de recrutamento ou no CV?