Chega um tempo em que tentar não pensar no sentido de realização profissional é impossível. As portas parecem fechar-se as distâncias ficam mais longas e a incompreensão e o descontentamento se tornam uma constante.
Esvai-se o significado de tudo e fica difícil avaliar até que ponto escolhemos ou fomos plasmados pela nossa configuração profissional. As rédeas da nossa vida decididamente não estão em nossas mãos. Tornamos-nos o cavalo, já não somos mais o cavaleiro. Vivemos reféns do modo automático.
Procuramos culpados, terceirizamos responsabilidades, salário e benefícios já não fazem valer o custo/benefício da equação, adotamos o “ponto reclamatório” e adoecemos com frequência. É preciso estar atento aos sinais para perceber quando a crise se revela e enfrentá-la com discernimento.
E nesse contexto já não mais surpreende quando a pesquisa da Gallup ilustrada pelo consultor e professor da universidade Harvard Raj Sisodia aponta que 72% das pessoas não gostam do próprio trabalho e que desse total 18% a 20% estão “completamente desengajadas” – o equivalente a uma em cada cinco pessoas. (Valor Econômico – 08/05/2013)
Diante do insustentável da situação somos obrigados a sair da posição de observador e assumir como protagonista a responsabilidade de legitimar o descompasso e questionar a si mesmo: Esta relação de trabalho tem a minha justa medida?
É fato que a despeito de tentarmos efetuar as mudanças necessárias, muitas vezes não conseguimos passar da intenção para a ação. Existe a vontade, mas falta a determinação e disciplina e nos frustramos frente ao desejo não realizado, tendo de lidar com as consequências. Mas, faz parte da maturidade encarar o desafio de mudar como uma constante.
As circunstâncias não podem determinar nossos atos. Entre o estímulo e a resposta temos a liberdade de escolher nossa resposta ao estímulo. Precisamos ser proativos, trabalhar sempre com um propósito em mente, priorizar o que para nós é relevante, sustentar nossa independência e renovar nossos posicionamentos.
Entre escolhas e consequências comprometer-se com o verdadeiro querer na construção da visão de futuro que viceja dentro de si e recobrar o senso de direção. Afinal, vivemos todos as consequências das escolhas do que decidimos ser.
Estamos juntos!
Sobre a autora:
Waleska Farias Coach e Consultora de Gestão de Carreira e Imagem: desenvolve treinamentos, workshops, palestras e cursos de formação de valores e padrões de conduta, com foco nos aspectos comportamentais das relações humanas, através da abordagem de conceitos essenciais, no que tange ao desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, que agreguem valor e contribuam para a criação de um diferencial competitivo no processo de construção de carreira e formação de imagem. Pós-graduada em teoria psicanalítica (UVA). Graduada em comunicação social com especialização em relações públicas e marketing. Formação em Coaching Integrado pelo ICI Integrated Coaching Institute, Mater Avatar® Internacional, Programação Neurolinguística (INAP). Diretora do Núcleo de Formação Comportamental do Instituto Diamante; Consultora Convidada da FGV/MMURAD. Colunista da Seção de Carreira & Imagem nos jornais e revistas: Revista da ESPM, Revista Versatille, A Gazeta, Estado de Minas, Correio Braziliense, Diário de Pernambuco, Folha de Londrina, O Imparcial, O Popular.
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