Nestes tempos em que todos nós sentimos falta de virtudes morais e que a justiça vem sendo tão chamada a participar de nossa vida no Brasil, pensei ser hora de revisitar as virtudes, que sempre começam pela justiça. A personificação da justiça que equilibra os dois pratos numa balança remonta às divindades gregas Thémis e sua filha Diké. Mas foi na Roma Antiga que se adotou a imagem que vemos hoje, de uma deusa que se chamou de Iustitia representada carregando uma balança e uma espada e usando uma venda nos olhos. A balança simboliza o equilíbrio, a prudência e o comportamento correto. A balança representa a pesagem das ações e a aplicação equilibrada da lei; os olhos vendados representam a imparcialidade e a espada na outra mão faz referência ao poder e rigor com que as decisões da justiça devem ser executadas.
A justiça é uma das quatro virtudes cardeais (que vem de cardo que em latim significa “eixo”) em torno das quais todas as demais virtudes humanas giram. Essas virtudes são: a Justiça, a Fortaleza (domínio da vontade), a Prudência e a Temperança (ou moderação). E como virtude é definida como uma disposição habitual e firme para fazer o bem, a lista das virtudes humanas ou morais é grande.
No seu polêmico livro “Religião para Ateus”, o filósofo suíço Alain de Botton faz uma relação das “10 virtudes para ser uma pessoa completa”. Segundo ele essas virtudes são:
- Resiliência: A capacidade de não desistir frente aos obstáculos da vida;
- Empatia: A capacidade de se colocar no lugar do outro e olhar para si mesmo honestamente;
- Paciência: A capacidade de aceitar o que não podemos mudar e de saber que as coisas nem sempre são como nós queremos;
- Sacrifício: Desenvolver em nós a capacidade de esquecer nossos interesses pessoais e nos sacrificar por outra pessoa ou por uma causa;
- Boas maneiras: Compreender que boas maneiras e educação são uma regra necessária para qualquer civilização e estão intimamente associados com a tolerância: a capacidade de conviver com pessoas com quem nunca iremos concordar;
- Senso de humor: Saber rir de si mesmo e das dificuldades;
- A consciência de si: A capacidade de assumir seus erros e problemas e não fazer os outros responsáveis por nossos problemas ou alterações de humor;
- Perdão: Saber perdoar;
- Esperança: Acreditar que o bem prevalecerá e agir em conformidade com essa crença;
- Confiança: Confiança não é arrogância, mas a consciência de que não podemos viver sós e que temos capacidade de vencer.
Assim, é preciso revisitar as virtudes nestes tempos tão difíceis e nos juntar àquelas pessoas que ainda têm a disposição habitual e firme de fazer o bem.
Pense nisso. Sucesso!
Sobre o autor:
Prof. Luiz Marins: Antropólogo, professor e consultor de empresas no Brasil e no exterior, o Prof. Marins tem 25 livros (também disponível em vários países da América Latina e Europa) e mais de 300 vídeos e DVDs publicados; Empresário de sucesso nos ramos de agronegócio, educação, comunicação e marketing. Seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência no Brasil. Segundo a imprensa especializada e consultorias, o Prof. Marins está entre os mais requisitados palestrantes do país.
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