Um dos problemas que mais afeta o resultado de uma empresa é a falta de motivação dos empregados. Empresas que têm o quadro de profissionais desmotivados geralmente têm problemas para obter os resultados planejados, sejam eles financeiros, de qualidade, de produtividade etc. Afinal, de nada vale a tecnologia, o capital, os processos se as pessoas que fazem acontecer não estão motivadas e comprometidas com o resultado planejado.
Quando se fala em motivação a primeira coisa que aparece na nossa mente é salário. Esse é um erro grave de qualquer gestor que pense dessa maneira. Motivação tem várias razões para estar alta ou baixa.
Ela tem a ver com a satisfação das necessidades. Necessidade é diferente para cada pessoa, em cada momento, em cada situação.
Nas empresas, geralmente, o maior problema da falta de motivação está relacionado com as relações de comando. Profissionais mal preparados, que não sabem lidar com os comandados, que utilizam uma relação de chefia e não de liderança, geralmente são os maiores causadores desse problema. Esse problema se torna maior ainda quando os comandados são do “chão de fábrica“ como costumamos dizer.
É óbvio que esse não é o único fator, mas é um dos mais comumente conhecidos.
Também, falta de motivação pode se dar devido a uma má administração salarial, pela falta de cumprimento das obrigações financeiras nos devidos prazos, pela falta de oportunidade de crescimento dentro da empresa, pelas condições do ambiente de trabalho, pela carência de benefícios básicos como alimentação e saúde, pelo grau de respeito no tratamento dos funcionários dentre outras necessidades não observadas e não supridas.
Qual o papel e a responsabilidade do RH nesse processo?
È de extrema importância o RH acompanhar o clima da empresa, observar o grau de comprometimento dos empregados, analisar os impactos que ele está trazendo para os resultados e propor planos de trabalho para trabalhar a motivação quando ela está baixa.
Geralmente o RH erroneamente não se sente responsável por essa situação, alegando que a empresa é assim mesmo, que não adianta fazer nada, que é problema da diretoria, que as chefias (e não a liderança) são duras e desse jeito mesmo etc.
Resolver problema de motivação não exige necessariamente grandes investimentos, mas, antes de tudo, força de vontade e dedicação. É descobrir o foco do problema, analisar as causas e, dentro das condições da empresa, buscar soluções adequadas. Necessariamente não é preciso resolver todos os problemas de uma única vez, até mesmo porque geralmente não tem um único, mas é dar um início e manter o processo em constante desenvolvimento.
Funcionários do chão de fábrica, geralmente, exigem mais atenção e acompanhamento constante. Um sistema de comunicação, como, por exemplo, uma caixa de sugestões pode funcionar bem para detectar a causa e contribuir para o tratamento do problema; porém, desde que trabalhado corretamente. Não adianta fazer um programa `caixa de sugestões` e não dar o devido tratamento às questões colocadas. Essa atitude inadequada pode contribuir ainda mais para baixar a motivação do que para a melhoria dela. Se for bem trabalhada pode elevar a motivação, porque os empregados passam a ter um canal com a empresa para se expressar sem medo ou receio e passam a ser informados do andamento das soluções dos problemas apresentados. Também, não se deve prometer o que não se pode cumprir. É preferível dizer um não quando se tem que dizer do que deixar de fazer a devolução das respostas aos envolvidos. Eu, pessoalmente, acredito ser uma ferramenta bastante prática para tratar dessa questão nesse nível de funcionários.
RH também deve ficar atento preventivamente à algumas questões básicas, pertinentes à essa população. Deve analisar as condições de salários e benefícios frente ao mercado e aos concorrentes, bem como observar constantemente as relações de comando.
Observar somente também não resolve nada; é necessário agir, propor planos de trabalho quando necessário e colocá-los em prática.
Sendo o RH também responsável pelo resultado da empresa, através das pessoas, a questão da motivação também é, em primeiro lugar, da sua responsabilidade antes de ser da empresa.
Sobre o autor:
Lélio Reinaldo Tocchio é Profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH. Especialista no segmento de serviços. Presta consultoria a empresas em desenvolvimento e gestão de pessoas.
e-mail: leliotocchio@uol.com.br
😉 😆
Olá Lélio,
Bastante interessante sua explanação sobre o assunto, motivação, desmotivação, e penso que a falta de informação detalhada pode desmotivar, ou num primeiro momento causar um impacto positivo mas posteriormente perder o sentido.
As sugestões são uma forma de obter o retorno e dar uma resposta a estas sugestões ou questionamentos, muito bom.
Obrigada!
😛 😛 muito bom o conteúdo
😉 ❗ ❗ ❗
Boa tarde Lélio, achei muito propicio o seu artigo mediante ao momento que estou passando em uma metalúgica, na qual presto consultoria em RH.
É a primeira vez que faço esse papel e também não tenho experiência no ramo metalurgico o que talvez possa atrasar um pouco o resultado que espero.Concordo plenamente que só o fato de investimentos salariais não são suficientes, aqui estou aplicando uma pesquisa de clima, para entender com cada colaborador o que o desmotiva e o que o motiva. Penso em fazer premiações com destaque aos funcionários mediante aos demais, como melhor funcionário ou melhor equipe do mês, o que acha?
grande agraço
Olá Lelio, fui gestora de RH na Brasilwagen, lembra-se? Há 5 meses, estou na Bunzl ProtCap, uma empresa de um grupo Ingles que aqui na Brasil comercializa equipamentos de proteção individual. Segue fone coml 2090-3453.
Ah! já ia me esquecendo, parabens pelo artigo, muito bom!
😉