É unanimidade entre os especialistas, que algumas práticas relativamente simples no dia-a-dia, podem tornar o trabalho mais prazeroso, menos estressante e mais produtivo.
Dentre essas práticas encontra-se a siesta, também conhecida com “cochilinho após o almoço” ou “power nap” em inglês.
Pensando nisso, criativos arquitetos gregos do StudioNL desenvolveram uma mesa de escritório que pode virar em poucos segundos uma cama de repouso.
Basta alguns movimentos para que a mesa antes uma base para computador, agenda e documentos, se torne um local para um rápido cochilo.
Os Estados Unidos e alguns países do Norte Europeu já aderiram à prática da siesta no ambiente de trabalho, pois descobriram através de estudos científicos que essa prática aumenta a produtividade no trabalho.
A empresa americana Metronaps pratica o power naps desde o ano de 2004. Nike, British Airways e Pizza Hut também já aderiram à prática, reservando espaços silenciosos para seus empregados tirarem o “cochilinho”.
Segundo um levantamento feito pela Academia Americana de Neurologia há alguns anos, a Alemanha é o país da Europa onde mais se pratica a siesta. Cerca de 22% dos entrevistados fazem isso até três vezes na semana. Na Espanha apenas 7%. Entre os americanos, um terço da população adulta tira dois power naps por semana.
Para quem se interessar, indica-se o livro de Sara Mednick, do Salk Institute, da Califórnia, Take a Nap. Change Your Life.
Essa iniciativa nos faz pensar que quantidade de trabalho nada tem a ver com qualidade.
O ideal não é trabalhar muito, mas trabalhar com qualidade. O trabalho não deve ser um algoz, mas um parceiro para a felicidade.
Para isso, boas condições físicas e mentais dos trabalhadores, aliada a boas condições ergonômicas e de clima organizacional são ferramentas indispensáveis para a boa qualidade e produtividade.
Estudos demonstram por exemplo, que a má iluminação no ambiente de trabalho pode reduzir consideravelmente a produtividade.
Labor em horas extras freqüentes, cobranças exageradas por metas cada vez mais rigorosas e o odioso assédio moral no ambiente de trabalho, são o caminho para a discórdia, para acidentes e para a má qualidade dos serviços.
Não podemos nos esquecer que as estratégias empresariais dependem das pessoas e estas precisam estar bem física e mentalmente para se envolverem com os objetivos do empregador.
Viva a siesta !
Sobre o autor:
Sérgio Paulo Gerim é Advogado, mestre em direito e professor universitário. Colaborador do laboratório de saúde mental e trabalho da Unicamp. Sócio de Gerim – Advogados Associados.
site: www.gerim.adv.br
e-mail: sgerim@uol.com.br