Novo cenário exige profissionais especializados com objetivo de ampliar e potencializar as ações voltadas para a área da humanização plena nas práticas do cuidado com o trabalhador.
São Paulo (SP). Com o cenário mundial em constante mudança, a saúde do trabalhador tem se tornado um assunto de grande atenção para as organizações. Muitos profissionais que atuam nas áreas de coordenação de pessoas, promoção da saúde, bem-estar, qualidade de vida e recursos humanos procuram apresentar soluções e consideram importante desenvolver programas de conscientização, incluindo a realização de campanhas e medidas preventivas de estilo de vida.
Por outro lado, o profissional do setor precisa estender sua visão para um cenário global, considerando a seriedade envolvida em se cuidar da saúde do empregado e reconhecendo o impacto que seu nível de conhecimento e suas ações podem ter na vida das pessoas.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em torno de 6.500 pessoas morrem diariamente de doenças ocupacionais e cerca de 1 mil morrem em acidentes ocupacionais fatais. As maiores causas de mortalidade são doenças circulatórias (31%), câncer relacionado ao trabalho (26%) e doenças respiratórias (17%).
Para Sâmia Simurro, vice-presidente da ABQV e coordenadora do curso de pós-graduação de Gestão de Promoção de Saúde nas Organizações da UCA*, existe esta nova demanda no segmento e as organizações precisam estar preparadas para isso. “São muitos fatores que fazem com que o setor da saúde ocupacional precise cada vez mais de profissionais que estejam especializados e capacitados para lidar com os repentinos acontecimentos. Um deles é o cuidado e alerta em face a uma epidemia local ou global, além de outras necessidades que a modernidade nos impõe, como jornadas de trabalho extensas, stress e doenças”.
Adquirir visão, atuação sistêmica e ser capaz de olhar o contexto de forma integral são capacitações que irão diferenciar o profissional. “Ao implementar programas de qualidade de vida na empresa esse profissional terá uma visão generalista, porém ancorada em sua especialidade. O novo mercado exige além da experiência profissional, quer profissionais que se diferenciem e isso se conquista com a busca de novos conhecimentos, participação em programas de especialização e atualização”, ressalta Sâmia.
Desta forma pode-se entender que a capacitação de diretores, gerentes, gestores de pessoas, líderes, consultores e coordenadores das áreas de qualidade de vida, saúde e recursos humanos, tem por objetivo ampliar e potencializar as ações voltadas para a área da humanização plena nas práticas do cuidado com o trabalhador. Também, está relacionado o compromisso profissional em propor e criar novas condições que promovam o bem-estar, a proteção e a saúde das pessoas.
*Universidade Corporativa Abramge – https://abramge-uca.com.br/
Sobre a ABQV – Fundada em 1995, a ABQV – Associação Brasileira de Qualidade de Vida, é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular ações e programas de qualidade de vida em ambientes corporativos, bem como desenvolver parcerias e convênios com importantes entidades da sociedade brasileira. Tem como foco desenvolver e integrar profissionais para atuação em Qualidade de Vida e influenciar processos de transformação organizacionais e sociais. Para atingir tal meta, oferece subsídios atualizados e relevantes a profissionais que desejam ampliar seus conhecimentos na área, e atuar como multiplicadores de uma rotina que alie harmoniosamente trabalho e bem-estar. Atua em âmbito nacional e possui empresas associadas em todo o Brasil.
A ABQV é parceira do Global Healthy Workplace Awards (GHWA), premiação internacional que reúne os principais líderes em saúde e bem-estar do mundo, idealizada com o objetivo de reconhecer os programas de promoção da saúde no ambiente de trabalho que se destacam globalmente, que também estejam de acordo com o Modelo de Ambiente de Trabalho Saudável estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). www.abqv.org.br