Afirmou Amyr Klink: “O perfeccionismo às vezes é perigoso. Tenho amigos que estão há anos preparando um barco para fazer a volta ao mundo. Eles nunca vão fazer. Chega um momento em que você tem que parar de planejar. Tem que fazer acontecer, executar. Metade do que estava escrito no meu projeto não aconteceu. Ainda bem! E por que ele foi importante? Porque era uma referência. Mas não foi suficiente, não garantiria a viagem”.
Grande verdade empresarial, não é mesmo?
Passa-se enorme tempo no planejamento, em reuniões, em decisões em cima de decisões e quando vamos a execução precisamos de mais decisões, pois o cenário já mudou, posto que ficamos muito tempo longe da realidade apenas no papel.
Obviamente não afirmo que não há necessidade de planejamento. Bem pelo contrário, o planejamento é onde tudo inicia. Contudo, ficar no planejamento sem lampejos de prática incessantes pode nos tirar da realidade dos fatos em poucos instantes.
O mercado muda em dias, horas e as vezes em semanas e meses. Antigamente, podíamos planejar 5, 10, 20 anos e ter sucesso em boa parte da nossa visão. Hoje, acertar 5 anos é uma dádiva. Quase uma loteria.
Planejamentos reais devem conceber 1 ano até no máximo 3, com regras de manutenção de no máximo de 6 em 6 meses. Muito acontece em 6 meses.
Pense comigo: Há 6 meses atrás, no final do ano passado, como estava o seu departamento jurídico e como ele está hoje?
Mudanças de pessoas, cenário econômico, cobranças, prazos, verdades da empresa e tantas outras realidades mudaram neste tempo que o planejamento de Outubro/Novembro de 2014 hoje não teria foco algum na prática diária atual, não é mesmo?
Precisamos acordar para esta realidade: A mudança é que é a regra. E nas previsões que temos projetado para 2015/2016, mudar é mais do que necessário, é imperioso.
Sejamos mais Amyr Klink, façamos nosso próprio barco, elaboremos nosso planejamento e vamos colocar ele em prática desde já, num exercício de mudança e de continuidade do desenvolvimento de maneira sustentável e principalmente prática.
A teoria somente é útil como se pensa a tecnologia: Se tiver alguma utilidade prática.
Sobre o autor:
Gustavo Rocha: Advogado Pós-Graduado em Direito Empresarial com mais de 10 anos de vivência no âmbito jurídico. Atuou como gerente de escritórios de advocacia por mais de 4 anos. Experiência nos estados do RS, SC, PR e SP. Presta exclusivamente consultoria nas áreas de gestão, tecnologia e qualidade para escritórios de advocacia, mantendo sua OAB atualizada como ferramenta de luta nos interesses da classe junto a OAB e Tribunais, através das comissões da OAB. Possui publicação em livro pela OAB/SC no livro OAB em Movimento, OAB editora, além de diversos artigos publicados em revistas e periódicos físicos e eletrônicos. Atua também como palestrante em diversos eventos nacionais e ministra treinamentos in company de gestão e tecnologia.
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