Soft skills + Hard skills + Reskilling: a fórmula para o sucesso profissional

Gladis Costa

A primeira vez que ouvi falar em soft skills e hard skills foi no universo do suporte técnico. Como instrutora do HDI – Help Desk Institute, fazia parte do treinamento explicar porque certificações técnicas sozinhas não garantiam a satisfação do usuário. Não é produtivo interagir com um gênio de TI que não entende nossa ansiedade, não explica como resolveu um problema e não tem a sensibilidade necessária para compreender nosso desespero quando o computador decide não funcionar como deveria, no meio de um trabalho urgente, claro. Ficamos enfurecidos, frustrados, nosso mundo cai, porém, quando conversamos com um profissional com habilidades de soft skill, o intervalo entre o desespero e alívio total é mais rápido e tranquilo. Basicamente, não é o que se fala, mas como se fala.

O profissional que apresenta habilidades como empatia, comunicação, interesse em solucionar conflitos, tem pensamento criativo, é sociável, mostra flexibilidade, proatividade ou autoconfiança, para citar algumas, tem a maturidade necessária para resolver problemas – não só de TI, mas outros desafios. Estas características comportamentais fazem parte de um set de habilidades conhecidas como soft skills – não são habilidades técnicas, aquelas obtidas através de certificações profissionais, educação formal, etc. São mais difíceis de serem ensinadas e portanto, muito valiosas e estratégicas aos olhos dos recrutadores.

Diferente das soft skills, as hard skills são mais fáceis de serem visualizadas num Curriculum:  são tangíveis, possuem nome, data e local, como por exemplo, uma graduação em determinada universidade durante um certo período. Certificações técnicas, proficiência em idiomas, mestrados e intercâmbios também fazem parte deste conjunto.

Mas o que soft ou hard skills tem a ver com reskilling? Reskilling significa requalificação – é a habilidade essencial de adaptação à era da inovação, disrupção, inteligência artificial e outros impactos, ou seja, é atualização consistente e contínua do conhecimento, de modo que sua capacidade permanece em sincronia com as demandas do segmento em que a empresa atua.  É adquirir fluência digital, por exemplo, se você trabalha numa empresa em que TI é a ferramenta básica para viabilização dos negócios.  Além disso, o reskilling aumenta o grau de empregabilidade, cada vez mais necessária num momento em que os empregos são escassos e as vagas requerem perfis cada vez mais antenados.

O reskilling demonstra o quanto o profissional pode agregar em termos de inovação e criatividade a uma equipe ou empresa. Ganha quem chegar mais rápido ao mercado e só os bons conseguem! Nesse contexto, soft skills, hard skills e reskilling parecem ser a receita para o sucesso na carreira.

Abraços

Sobre a Autora:

Gladis Costa é profissional de Marketing e Comunicações e fundadora do “Mulheres de Negócios”, grupo criado em 2009, que já conta com mais de 7000 associadas. É colunista em vários sites onde publica artigos sobre marketing, serviços, comportamento, carreira e cultura. É formada em Letras pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo, Comunicação Social e especialização em Tecnologia e Negócios pela PUC-SP. Em 2005 lançou seu primeiro livro de crônicas, “O homem que entendia as Mulheres”.

Compartilhar Este Post

Postar Comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.