Nos países do primeiro mundo observamos já há muito tempo, uma atenção muito grande aos Seres Humanos de suas Organizações, tanto governamentais, quanto privadas. Além de treinamento específico em cada área técnica, eles oferecem o desenvolvimento do profissional como indivíduo, através de exercícios diversos. É a valorização do papel fundamental da área de Recursos Humanos.
Em cada grupo social encontramos pessoas com as mais variadas tendências de personalidade, com seus pensamentos e sentimentos influenciados, formados muitas vezes por educação inadequada. Aí estão as “pessoas-problema”, os “funcionários-problema”, que precisam muitas vezes de um apoio psicológico para expressarem e desenvolverem seus potenciais. Entram nesse processo a tecnologia, a ciência e a arte das relações humanas.
Está na hora de o Brasil entrar nesse mundo e mostrar uma nova cara. O momento é oportuno. Precisamos sair desse mar de incompetência, desqualificação da própria natureza humana. Estamos tão mal preparados para a gestão pessoal, como indivíduo, muitas vezes como maridos, pais e vizinhos, quanto mais de uma empresa a qual tem a missão de servir a comunidade e atender às necessidades de sobrevivência e desenvolvimento dos seus colaboradores/seres humanos como nós, com os mesmos direitos e deveres, talvez em níveis diferentes apenas.
A Psicologia ocidental coloca em nossas mãos técnicas diversas para melhorar e desenvolver o relacionamento dos seres humanos em seus diversos ramos da sociedade. A Ciência moderna revela inúmeras descobertas fantásticas sobre essa mesma relação humana e vai mais longe: apresenta a relação muito antiga entre o Ser Humano, a Natureza e o Universo. A Psicologia milenar do oriente oferece métodos práticos da arte de se relacionar de forma positiva, fraterna e verdadeira, utilizando toda a sensibilidade e potencialidade interior contida no Ser.
Essas três escolas nos mostram que temos dentro de nós uma potência muitas vezes velada, mas que consciente, subconsciente ou até mesmo inconscientemente quer despertar, se realizar. É nos mostrado que temos apenas cinco por cento (5%) de nossa capacidade física desenvolvida, menos de dez por cento (10%) da mente está sendo utilizada e temos ainda uma capacidade psíquica que está ausente, apagada, bloqueada. Ainda estamos muito atrasados e perdidos no tempo e no espaço. Queremos dominar o tempo e conquistar o espaço, mas não sabemos ainda dominar e conquistar a nós mesmos. Por isso, vemos tantas bombas e armas (químicas, físicas, biológicas e mentais).
A empresa tem um papel fundamental na recomposição social por que passamos no momento. Temos tudo para revolucionarmos pacificamente esta terra e nos colocarmos entre os grandes países, as grandes nações. O Brasil é um grande país e completamente privilegiado. Precisamos agora cuidar, reorientar, reconduzir os brasileiros.
Vemos os mais variados níveis de pessoas. Cada qual traz em si uma capacidade, um potencial, uma função. Precisamos despertar em cada uma a consciência dessa função e fazer cumpri-la bem. Temos a impressão que precisamos enganar a todo mundo para que façam as coisas, para que as coisas aconteçam. Está errado! Se fosse verdade estaríamos vivendo em um paraíso. Precisamos auxiliar as pessoas a ocuparem e realizarem corretamente seus serviços. A Natureza é sábia; coloca a pessoa certa no lugar certo. O homem é que faz a coisa errada.
Falamos em nova era, novo tempo. Nós, empresários, precisamos perceber que esse novo tempo pede atenção aos seres humanos, que são a força-mor das Organizações: o bom servente, para deixar limpo o local de trabalho; o bom contínuo, para que as correspondências cheguem ao seu destino corretamente; a boa secretária, para que os compromissos possam ser cumpridos adequadamente; os bons técnicos, para que realizem os serviços conforme programa de ação; os bons gerentes no comando correto de suas funções etc. Mais importante do que produzir é produzir bem e quem produz é o ser humano. Quanto melhor ele estiver, melhor e maior será sua produtividade.
Desenvolvida a força individual, com a devida qualificação profissional, torna-se importante a integração dos grupos e da empresa como um todo para o seu pleno funcionamento. Assim, livre de choques de relações e sem estresse negativo, o empresário vê sua Organização caminhando para seu devido lugar: a liderança do mercado. Com isso, ele pode viver de forma mais saudável e feliz e desfrutar dos resultados de sua competência e inteligência.
Mas, como capacitar o indivíduo, os grupos e a própria empresa em toda a sua hierarquia, do presidente ao servente? Reunindo e aplicando as técnicas certas para cada caso, como treinamento adequado para funções específicas, tais como serventes, secretárias, gerentes etc, programas de capacitação profissional, visando posicionar o profissional para atender aos objetivos de sua função na empresa, utilização de exercícios, jogos e vivências, programas anti-estresse, para evitar o desgaste da organização, devido a presença de agentes de estresse. Existem infindáveis possibilidades de se elevar o nível de relacionamento humano na empresa, permitindo com isso mais qualidade, produtividade, lucratividade, satisfação e realização, diminuindo o desperdício, a rotatividade, os acidentes e elevando a qualidade de vida global.
Portanto, investir na vida e nas relações humanas, gerando uma nova dinâmica empresarial, com mais eficiência, competência e segurança, o principal papel do empresário do século XXI. A nova era é Seres Humanos!
Sobre o autor:
Fernando Hartmann é Administrador de Empresas, com especialização em Relações Humanas e com formação paralela em Artes e Terapias Orientais e Holísticas (Yoga, Meditação, Massagem e Reiki). Conta com 30 anos de atuação em Assessoria e Consultoria a Pessoas Físicas e Jurídicas, desde 1991 como consultor nacional independente. Conta com mais de duzentas (200) matérias e entrevistas nos principais veículos de comunicação. Entre os mais de mil (1000) seminários e palestras, cursos e workshops e eventos realizados, atingiu um público de aproximadamente quinze mil (15.000) pessoas participantes.
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