4 Critérios para Qualidade do Software

Gustavo Rocha
Gustavo Rocha

Departamento jurídico, quatro horas da tarde.

O dia corre como nunca, diretor estressado, reuniões a mil, advogados e assistentes quase loucos com tanto trabalho… E o sistema para. Simplesmente, para.

Liga pra TI. Liga pro suporte. Nada.

Depois de muitas ligações, esperas e desespero geral, vem a notícia: O sistema do jurídico entrou em conflito com o outro ERP da empresa, então tivemos que parar o jurídico, senão parava toda a empresa.

Situação tragicômica, se não pudesse acontecer em inúmeras empresas pelo país.

Contrata-se software como se contrata serviço de água, basta olhar se tem água e está bom.

Sempre afirmo e repito: A solução está na gestão. Sistemas e computadores somente fazem o que a inteligência humana diz para ser feito.

Sem gestão na implantação e nos processos internos o que temos é uma tecnologia cega.

Por óbvio, cada empresa tem situações únicas a serem analisadas, mas pelo menos 4 dicas podemos observar no momento de aquisição da tecnologia:

1. Alcance:

deve ser capaz de lidar com várias tecnologias. A maioria dos aplicativos modernos contém vários idiomas e sistemas que são ligados entre si de forma complexa.

2. Profundidade:

deve ser capaz de gerar mapas completos e detalhados da arquitetura do aplicativo, do Graphical User Interface (GUI), da ferramenta de captura, do processamento e da análise de imagem, do banco de dados. Sem essa detalhada arquitetura, seria impossível obter contextualização da aplicação.

3. Tornar o conhecimento de engenharia de software explícito:

deve ser capaz de verificar a aplicação inteira contra centenas de padrões de implementação que codificam as melhores práticas de engenharia.

4. Métricas acionáveis:

as métricas de qualidade não devem apenas informar, mas também orientar sobre como realizar a melhoria da qualidade do software, mostrando o que fazer primeiro, como fazê-lo, próximos passos etc.

Fonte: http://cio.com.br/tecnologia/2014/03/17/quatro-criterios-para-medir-a-qualidade-do-software/

Parece somente técnico, não é mesmo?

Vamos analisar no foco da gestão:

1. Alcance:

O sistema deve conversar, deve se comunicar com outros sistemas da empresa, senão o retrabalho, erros por lançamento e diversas outras possibilidades podem ocorrer.

2. Profundidade:

O sistema deve saber medir a ele mesmo, demonstrando a TI e consequentemente ao jurídico, se ele ocupa muito do servidor, se o banco de dados está estruturado para o crescimento, etc.

3. Tornar o conhecimento de engenharia de software explícito:

A TI deve dar suporte do sistema, conhecer o software, para que nem tudo dependa do fornecedor, a exemplo de criar um usuário, por exemplo.

4. Métricas acionáveis:

O sistema não pode ter apenas as métricas do próprio sistema. Ele deve ter indicadores e métricas da gestão interna, para espelhar e fornecer dados e informações adequadas a tomada de decisão.

Enfim,

Diante desta realidade, como anda o seu sistema?

E melhor ainda: Como anda a sua gestão?

É somente através dela que a mudança pode acontecer.

Pense Nisto

Sobre o autor:

Gustavo Rocha: Advogado Pós-Graduado em Direito Empresarial com mais de 10 anos de vivência no âmbito jurídico. Atuou como gerente de escritórios de advocacia por mais de 4 anos. Experiência nos estados do RS, SC, PR e SP. Presta exclusivamente consultoria nas áreas de gestão, tecnologia e qualidade para escritórios de advocacia, mantendo sua OAB atualizada como ferramenta de luta nos interesses da classe junto a OAB e Tribunais, através das comissões da OAB. Possui publicação em livro pela OAB/SC no livro OAB em Movimento, OAB editora, além de diversos artigos publicados em revistas e periódicos físicos e eletrônicos. Atua também como palestrante em diversos eventos nacionais e ministra treinamentos in company de gestão e tecnologia.

site: www.gestao.adv.br

e-mail: gustavo@gestao.adv.br

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