Processo Seletivo: Dinâmica

Fran Winandy

Participar de processos seletivos nunca foi fácil, porém, com a pressão da crise, as inseguranças na forma de agir para se sair bem têm aumentado bastante. Falamos anteriormente sobre as fases de candidatura e entrevista; hoje o tema é dinâmica de grupo.

O assunto é polêmico, pois a maioria odeia participar desta atividade: em uma dinâmica, é preciso ser muito seguro de si para sentir-se confortável.

Trata-se de uma atividade onde várias pessoas (o número varia, pois muita gente confirma e não aparece) são convidadas a interagir em situações diversas para que os observadores possam inferir como elas agiriam em situações reais de trabalho. Assim, costuma-se ter uma fase inicial de “aquecimento” para que as pessoas se soltem e consigam integrar-se rapidamente ao grupo: em geral alguma brincadeira ou atividade mais leve, na qual as pessoas se apresentam de forma inusitada.

A fórmula nem sempre é igual, mas em geral há uma atividade em pequenos grupos, para que os indivíduos possam ser observados de perto, uma atividade em grupos maiores e uma de fechamento, na qual muitas vezes há uma amarração entre as atividades.

O importante aqui não é o como, mas o porque.  Em geral, faz se uma dinâmica para avaliar as competências comportamentais dos candidatos: potencial de liderança, senso de oportunidade, trabalho em equipe.

Mesmo que você seja uma pessoa tímida, uma dinâmica bem estruturada conseguirá avaliar os aspectos necessários. Com ela, fica mais fácil perceber questões subjetivas como o quanto o seu perfil se encaixa com o perfil da área e da cultura da empresa, como deverá ser a sua velocidade de aprendizado e crescimento, que tipo de supervisão será necessária.

Mas por que não avaliar isso em uma entrevista? Porque em uma dinâmica é possível avaliar 30 pessoas em uma manhã!

Este artigo aborda com leveza a etapa de dinâmica de grupo, atividade em geral pouco confortável para os candidatos, mas muito prática para os avaliadores, que, num curto prazo de tempo, conseguem enxergar características pessoais dos profissionais. A dica em uma dinâmica é participar, para mostrar o seu perfil para os observadores. Mas não exagere: seja você mesmo!

Sobre a Autora:

Fran Winandy é Psicóloga com MBA em RH e Mestrado em Gestão Humana e Social  nas Organizações. Com 30 anos de experiência na área de RH, é sócia de Consultoria, professora de Pós Graduação e especialista no tema Diversidade Etária.

Contato: https://br.linkedin.com/in/franacalantis/pt

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