Especialista defende mudança de mindset de gerentes e colaboradores em relação a profissionais seniores.
Em 2060, 25% da população no país terá 65 anos ou mais
A inclusão social nas empresas ainda está longe do ideal em relação a diversos grupos, entre eles o de pessoas de mais idade. No Mapeamento do Ecossistema de Startups, produzido pela ABStartups com apoio da Deloitte, 97% das empresas participantes disseram apoiar a diversidade. No entanto, mais de 60% não possuem processo seletivo voltado à inclusão de grupos minoritários e 62,3% não incluem idosos em seus quadros. O cenário é preocupante quando levamos em conta que, até 2029, ao menos um terço da população do país terá 50 anos ou mais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2060, pessoas com 65 anos ou mais devem ser 25% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A exclusão e a precariedade de idosos e de profissionais sêniores no mercado precisa ser trabalhada pelas empresas. É urgente incluir pessoas com idade avançada nas políticas de diversidade e realizar ações concretas nesse sentido. Essa inclusão é vantajosa para os dois lados, pois agrega o expertise desses profissionais, tornando-se uma vantagem competitiva, e contribui para que eles envelheçam de forma ativa e produtiva”, defende Ricardo Kudla, CEO da Colaborativa, plataforma que integra todas as informações de uma corporação em um ambiente semelhante a uma rede social, facilitando a navegação do usuário e acelerando a informação e o saber nas empresas.
Não basta contratar, é preciso incluir
Kudla reforça que a contratação de pessoas com mais idade é o primeiro passo para a diversidade, mas que as empresas precisam definir ações e estratégias para ir além da contratação e promover uma real inclusão desse público. “Primeiramente, é preciso oferecer funções e cargos à altura do conhecimento desses profissionais, permitindo que eles de fato contribuam com o crescimento da organização. Além disso, é fundamental provocar uma mudança de mindset dos gestores e colaboradores para a construção de um ambiente colaborativo e acolhedor”.
Outro cuidado apontado pelo CEO é quebrar barreiras nos processos de educação e treinamento. “As mudanças tecnológicas são um desafio até mesmo para os mais jovens, que costumam ter mais intimidade com o assunto, então podem ser uma dificuldade para o profissional mais sênior. As empresas precisam garantir que essas barreiras sejam quebradas e para isso devem oferecer treinamentos de qualidade para o colaborador que dependa desses recursos em sua função, oferecendo a ele todas as condições para que possa desempenhar seu papel de forma plena, alcançando seus melhores resultados”, finaliza Kudla.
Sobre a Colaborativa:
A Colaborativa é uma ferramenta de comunicação interna e base de conhecimento com inteligência artificial, multiplataforma, em formato de rede social, que aprende por meio da interação dos usuários com os conteúdos através do seu machine learning, desenvolvendo, assim, um novo modelo para acelerar o processo da informação e do saber, auxiliar as empresas nos processos de comunicação interna e otimizar o dia a dia dos funcionários.