Quando falamos em desenvolvimento de pessoas nas organizações, automaticamente pensamos em cursos técnicos, palestras, programas de formação educacional e idiomas, entre outros. Nesses aspectos, as empresas tem maior facilidade em acompanhar e mensurar se o investimento impactou ou não no desempenho do colaborador e nos resultados que apresenta, facilitando a tomada de decisões.
A questão é desenvolver as pessoas nos aspectos comportamentais, o desafio é grande para as áreas de T&D das organizações. Trabalhar comportamento exige mudança e “ninguém muda ninguém”! Particularmente, acredito que as mudanças verdadeiras acontecem de dentro para fora e não de fora para dentro.
Sendo assim, a decisão de mudar está diretamente ligada á pessoa, ficando as empresas com o papel de facilitadoras desse processo. Porém, o investimento é grande e como todo investimento se espera um retorno, e se esse não acontece, as empresas em muitas vezes são levadas á demissões. Sabemos de grandes executivos, excelentes tecnicamente, que foram demitidos das empresas por conta de comportamento inadequado.
A chave é direcionar os programas de desenvolvimento para o caminho da reflexão, contribuindo para que o colaborador perceba que ele é o principal agente de mudança nas empresas. Tratar de pontos como: respeito, saber ouvir, julgamento, autoconsciência, autocontrole, comunicação e relacionamento interpessoal são primordiais para gerar reflexões e viabilizar mudanças de atitude.
O cuidado que as áreas de T&D das organizações devem ter é de não tornar um processo terapêutico, ainda que envolvam vários aspectos de conteúdo emocional. O acompanhamento é de extrema importância por parte daqueles que fazem gestão, que nos momentos de avaliação e feedback não podem deixar de levar em consideração o ser humano que vem imbuído de experiências e de uma história de vida.
Vivemos em uma época de grandes mudanças e transformações de minuto a minuto, todo dia, toda hora. Algumas pessoas sentem-se ameaçadas pelas mudanças, outras sentem-se abençoadas pelas oportunidades que as mudanças trazem. Ter respeito a próximo, autocontrole, saber ouvir, ser empático, comunicar-se de forma clara e objetiva, são competências essenciais para viabilizar nosso crescimento pessoal e profissional, acompanhar as mudanças e manter relacionamentos.
Sobre a Autora:
Patricia Moreno Vitelli, 20 anos de experiência em RH, atuando nos processos de captação, retenção e desenvolvimento de pessoas, em empresas de médio e grande porte no ramo de prestação de serviços e indústria. Psicóloga e Pós graduada em Consultoria Interna de RH. Formada em Life Coaching pela Sociedade Latino Americana de Coaching. Atua na área clinica em atendimento psicoterapêutico e orientação vocacional.
e-Mail: patyvitelli@hotmail.com
